Recebeu o Nobel da Paz de 1951. Foi presidente
do Comité Internacional do Conselho Europeu, membro do conselho
da Organização Internacional do Trabalho, delegado junto das Nações
Unidas.
O pai de Jouhaux trabalhou numa fábrica de fósforos em
Aubervilliers. Teve que parar o curso secundário quando o seu pai foi demitido durante
uma greve. Conseguiu um emprego na fábrica, aos dezasseis anos e, imediatamente,
se tornou parte importante da organização dos operários.
Em 1900, Jouhaux organizou uma greve contra o uso do
fósforo branco, que cegara seu pai. Foi demitido e trabalhou em vários empregos
até que, devido à sua influência no movimento, foi reintegrado na direcção
sindical.
Em 1906, foi eleito pelo sindicato, como representante
na Confédération Générale du Travail, onde subiu rapidamente na
hierarquia da central operária.
Em 1909, tornou-se tesoureiro interino e, pouco depois,
secretário-geral da organização, cargo que ocupou até 1947.
Lutava pelas bandeiras iniciais do movimento sindical
- jornada de oito horas, direito à representação sindical e negociação colectiva,
férias.
Na época do governo da Frente Popular, o Acordo
Matignon de 1936, do qual foi um dos signatários, concedeu muitos destes
direitos aos trabalhadores franceses.
Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial,
Jouhaux organizou vários protestos de massa contra a guerra. Contudo, uma vez
começada a guerra, Jouhaux apoiou a França e acreditava que uma vitória da
Alemanha nazi levaria à destruição da democracia na Europa. Durante a guerra,
foi preso e encarcerado no campo de concentração de Buchenwald.
Após a guerra, Jouhaux desligou-se da CGT para
formar a CGT-FO social-democrata.
Em 1951, foi laureado com o Nobel da Paz. Num
contexto internacional, o seu trabalho foi fundamental na criação da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), e foi eleito para altos cargos em
organismos sindicais internacionais, incluindo a Federação Internacional dos
Sindicatos e seu seguimento no pós-guerra, a Federação Mundial dos
Sindicatos, até à sua morte.
Léon Jouhaux morreu em 1954, aos 74 anos, sendo
sepultado no Cemitério do Père-Lachaise em Paris.
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