Chegou ao Brasil em 1962. Foi fundador do Banco
Safra. Com uma fortuna estimada em 23,3 biliões de dólares em 2020, era
considerado o homem mais rico do Brasil e o 37º do mundo, de acordo com a Forbes.
Ele também era considerado o banqueiro mais rico do mundo.
Joseph Safra nasceu no Líbano (ou em Alepo, Síria),
filho de Jacob e Esther Teira Safra, numa família de origem judaica. O pai
(oriundo da Síria), havia imigrado para Beirute nos anos 1920, onde se
estabeleceu e iniciou os seus negócios no sector bancário, fundando o Banco
Jacob E. Safra.
Nos anos 1950, a família imigrou para o Brasil,
fugindo da perseguição aos judeus no Médio-Oriente, fundando o Banco Safra
em 1957.
Safra estudou na Inglaterra e trabalhou no Bank of
America, nos EUA, antes de se juntar aos pais e irmãos.
O irmão Edmond, o mais velho dos nove filhos, cuidava
dos negócios no exterior, e Moise e Joseph ajudavam Jacob no Brasil. Após a
morte de Edmond, em 1999, num incêndio criminoso, Joseph e Moise mantiveram o
controlo do banco até 2006, quando Joseph adquiriu a parte de Moise, numa
transacção estimada em cinco biliões de dólares e que desgastou as relações
familiares.
Ao longo dos anos, Joseph diversificou os seus
negócios em diversos campos, com destaque para o mercado de Private Equity
em empresas como a Aracruz Celulose SA, da qual foi sócio entre 1988 e
2009 (quando vendeu os activos ao Grupo Votorantim).
Também esteve à frente das empresas de telefonia móvel
BCP e Cellcom (israelita). Em 2012, iniciou a transição da gestão
do Banco Safra para os filhos - Jacob, David e Alberto -, e passou a
dedicar-se ao recém-adquirido banco suíço Sarasin. Para tanto, fundou a
holding Bank J. Safra Sarasin Ltd. Em vida, definiu que os negócios no
exterior seriam conduzidos pelo filho Jacob e a gestão no Brasil, incluindo o Banco
Safra, pelo filho David.
Apesar do poder económico, Joseph afirmava gostar de
viver uma vida simples e reservada, longe da imprensa e da exposição geral.
Assim, como os seus irmãos Edmond e Moise, Joseph
também sempre buscou manter o nome da família Safra ligado à
filantropia, com contribuições e esforços voltados para as áreas de assistência
social, educação e saúde, não apenas no Brasil, mas no exterior igualmente.
Joseph casou-se com Vicky Sarfati Safra, em 1969, com
a qual teve quatro filhos: Jacob, Esther, Alberto e David. Morava no Morumbi e
ia todos os dias de helicóptero para a sede do banco.
Gostava de nadar e assistir aos jogos do SC Corinthians
P no estádio, junto dos netos. Nos últimos anos, porém, viveu na Suíça.
Era poliglota, falando línguas como árabe, hebraico,
inglês, francês, espanhol, italiano e português.
Safra lutava contra o mal de Parkinson e faleceu em
São Paulo de causas naturais.
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