Era filho de um arquitecto francês que, dois anos
antes, se transferira para Cuba. Aos dezassete anos, desistiu dos estudos de Arquitectura
para tornar-se jornalista.
Em 1928 foi preso por razões políticas, fugindo, com a
ajuda de intelectuais franceses, para França onde ficou até 1939, quando volta
a Cuba para trabalhar na rádio.
De 1945 até 1959, morou na Venezuela, regressando mais
uma vez a Cuba, com a vitória da Revolução, para dirigir a Editora
Nacional.
A partir de 1966, foi morar em Paris, onde exerce a
função de ministro-conselheiro junto da Embaixada Cubana até
1980, quando morre em Abril.
A sua literatura é frequentemente associada ao realismo
fantástico, que ele denominava «real maravilhoso».
As suas obras mais renomadas são “A música em Cuba”,
um estudo sobre as influências afro-europeias na arte musical cubana, e “O
reino deste mundo”, uma recriação incomparável dos acontecimentos que
precederam a independência haitiana até um Haiti em pleno período republicano,
a transição de colónia francesa governada por brancos para uma nação negra
regida pelo primeiro monarca coroado no Novo Mundo. Estimulado pela
prodigiosa história original e valendo-se de um magistral domínio dos recursos
narrativos, Carpentier recria nesta obra um mundo exuberante, descomedido e
legendário, inaugurando o que foi chamado de real maravilhoso (ou
realismo mágico).
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