Era filho de José Diogo
Raposo Mouzinho de Albuquerque e de sua esposa Maria Henriqueta Burlamaqui
Moreno Marecos ou Burlamaqui Pedegache Marecos.
Entre outras coisas, foi coronel
de Cavalaria, comandante da Guarda Nacional Republicana, da Legião
Portuguesa e do Regimento de Cavalaria nº 7, adido Militar na Embaixada
de Portugal em Paris e director da Fábrica de Pólvora e Munições de
Barcarena.
Faleceu no Hospital
Militar Principal da Estrela, sendo sepultado no Cemitério do Alto de
São João. No seu funeral, as almofadas com o chapéu e a espada, e com as
condecorações, foram conduzidas, respectivamente, pelo capitão Tavares de
Almeida e pelo tenente Francisco Ribeiro, do Regimento de Cavalaria da Guarda
Nacional Republicana.
Foi o último varão da sua
família. Com a sua morte, extinguiu-se a varonia da família Mouzinho de
Albuquerque, bem como a de Albuquerque.
Cavaleiro distinto,
sobejamente conhecido em concursos internacionais e olímpicos, detentor de
inúmeras medalhas de mérito concernentes à sua arte. Foi co-organizador do
primeiro concurso hípico que se realizou em Portugal, na Tapada da Ajuda.
Representou Portugal nos Jogos Olímpicos de 1924 em Paris e nos Jogos
Olímpicos de 1928 em Amesterdão.
Em 1924, ele e o seu cavalo,
Hetrugo, ganharam a medalha de bronze como integrantes da equipa portuguesa de
salto equestre, que ficou em terceiro lugar, composta por si, por António
Borges d’Almeida e por Hélder de Souza Martins, depois de, na competição
individual, ter terminado em 17ºlugar, e no Prémio dos Campeões Olímpicos
obteve o primeiro lugar.
Quatro anos depois, Mouzinho
de Albuquerque e o seu cavalo Hebraico, terminaram em sexto na competição de
equipas de salto equestre, depois de terem terminado em décimo-nono lugar na
competição individual, e a sua equipa ficou em quarto lugar.
Foi Medalha de Prata de
Bons Serviços (antes de 1946), Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar,
Medalha de Ouro de Serviços Distintos (depois de 1946) na Manutenção
da Ordem, Medalha de Mérito da Cruz Vermelha, oficial da Ordem
Militar de Avis durante a Monarquia, oficial da Ordem Militar de
Cristo (11 de Abril de 1932), cruz de 2ª Classe da Ordem do
Mérito Militar de Espanha (20 de Junho de 1935), comendador da Ordem
Militar de Avis (5 de Outubro de 1935), oficial da Ordem Nacional
da Legião de Honra de França (5 de Janeiro de 1940), comendador da Ordem
da Coroa de Itália (20 de Fevereiro de 1940), comendador da Ordem
Militar de Cristo (9 de Junho de 1941) e grande-oficial da Ordem
Militar de Avis (4 de Dezembro de 1943), grã-cruz da Ordem de
Carlos III de Espanha, etc.
Casou em 6 de Janeiro de 1911
com Maria Joana Rino de Avelar Froes, filha do conhecido cavaleiro tauromáquico
que foi amigo particular do Rei D. Carlos I, Vitorino de Avelar Froes, e de sua
mulher Júlia Máxima Pereira da Silva Rino, de quem não teve descendência.
Sem comentários:
Enviar um comentário