terça-feira, 3 de dezembro de 2024

3 DE DEZEMBRO - ALFREDO PIMENTA

EFEMÉRIDE - Alfredo Augusto Lopes Pimenta, historiador e escritor português, nasceu em Guimarães no dia 3 de Dezembro de 1882. Morreu em Lisboa, em 15 de Outubro de 1950.

Alfredo Pimenta, filho de Manuel José Lopes Pimenta e de Silvina Rosa, nasceu na Casa de Penouços, São Mamede de Aldão.

Em 1890, a viver em Braga com os pais, frequentou o Colégio Académico de Guadalupe.

Em 1893, regressou a Guimarães e estuda no Colégio de São Nicolau. Em 1910, licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra e foi professor no Liceu Passos Manuel em Lisboa, entre 1911 e 1913. A partir deste ano, exerceu funções no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, do qual seria director de 1949 a 1951.

Em 22 de Dezembro de 1931, tornou-se director do Arquivo Municipal de Guimarães. Foi sócio fundador do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, em 1953, e da Academia Portuguesa da História, em 1937.

Inicialmente militante anarquista, passou para o republicanismo. Depois da instauração da República, adere ao Partido Republicano Evolucionista.

Em 1915, surgiu como colaborador da revista “Nação Portuguesa”, órgão de filosofia política do Integralismo Lusitano e acaba por se tornar militante monárquico, sendo um destacado doutrinador.

Esta passagem para o monarquismo deu-se logo após o golpe de 14 de Maio de 1915, que derrubou o governo de Pimenta de Castro, apoiado pelos evolucionistas. Converteu-se depois ao catolicismo. Chegou a propor uma conciliação entre as teses de Auguste Comte e o neotomismo.

Fundou o movimento Acção Tradicionalista Portuguesa, com a sua revista “Acção realista” em 1923, que lhe passaria a dar o nome, rompendo ideologicamente com o Integralismo Lusitano, a que nunca chegara formalmente a pertencer.

Virá depois a assumir-se como salazarista, e elogia o fascismo e o nazismo. Depois da Segunda Guerra Mundial, faz uma denúncia das perseguições aos nazis, insinuando a existência de campos de concentração entre os Aliados.

Foi colaborador do “A Voz”, onde defendeu a restauração da monarquia, mas como uma espécie de coroamento do Estado Novo, contrastando com a época em que escreveu “Mentira Monarchica”, em 1906.

Ao longo da sua vida, também colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas “Arte & vida” (1904/1906), “Luz e Vida” (1905), “Ideia Nacional” (1915), “Contemporânea” (1926) e “Feira da Ladra” (1929/1943); no jornal “A republica portugueza” (1910/1911); e na “Revista de Arqueologia” (1932/1938).

Foi um teórico político e historiador reputado, sendo que a sua obra mais perdurável se situou no campo da história, sobretudo na Idade Média.

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