Alfredo Pimenta, filho de
Manuel José Lopes Pimenta e de Silvina Rosa, nasceu na Casa de Penouços, São
Mamede de Aldão.
Em 1890, a viver em Braga com
os pais, frequentou o Colégio Académico de Guadalupe.
Em 1893, regressou a
Guimarães e estuda no Colégio de São Nicolau. Em 1910, licenciou-se em Direito
pela Universidade de Coimbra e foi professor no Liceu Passos Manuel
em Lisboa, entre 1911 e 1913. A partir deste ano, exerceu funções no Arquivo
Nacional da Torre do Tombo, do qual seria director de 1949 a 1951.
Em 22 de Dezembro de 1931,
tornou-se director do Arquivo Municipal de Guimarães. Foi sócio fundador
do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, em 1953, e
da Academia Portuguesa da História, em 1937.
Inicialmente militante
anarquista, passou para o republicanismo. Depois da instauração da República,
adere ao Partido Republicano Evolucionista.
Em 1915, surgiu como
colaborador da revista “Nação Portuguesa”, órgão de filosofia política
do Integralismo Lusitano e acaba por se tornar militante monárquico, sendo
um destacado doutrinador.
Esta passagem para o
monarquismo deu-se logo após o golpe de 14 de Maio de 1915, que derrubou o
governo de Pimenta de Castro, apoiado pelos evolucionistas. Converteu-se depois
ao catolicismo. Chegou a propor uma conciliação entre as teses de Auguste Comte
e o neotomismo.
Fundou o movimento Acção
Tradicionalista Portuguesa, com a sua revista “Acção realista” em
1923, que lhe passaria a dar o nome, rompendo ideologicamente com o Integralismo
Lusitano, a que nunca chegara formalmente a pertencer.
Virá depois a assumir-se como
salazarista, e elogia o fascismo e o nazismo. Depois da Segunda Guerra
Mundial, faz uma denúncia das perseguições aos nazis, insinuando a
existência de campos de concentração entre os Aliados.
Foi colaborador do “A Voz”,
onde defendeu a restauração da monarquia, mas como uma espécie de coroamento do
Estado Novo, contrastando com a época em que escreveu “Mentira
Monarchica”, em 1906.
Ao longo da sua vida, também
colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas “Arte
& vida” (1904/1906), “Luz e Vida” (1905), “Ideia Nacional”
(1915), “Contemporânea” (1926) e “Feira da Ladra” (1929/1943); no
jornal “A republica portugueza” (1910/1911); e na “Revista de
Arqueologia” (1932/1938).
Foi um teórico político e
historiador reputado, sendo que a sua obra mais perdurável se situou no campo
da história, sobretudo na Idade Média.
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