domingo, 31 de agosto de 2025

31 DE AGOTO - ANDREW CUNANAN

EFEMÉRIDE - Andrew Phillip Cunanan, assassino em série norte-americano que matou pelo menos cinco pessoas, incluindo o estilista de moda Gianni Versace (em 15 de Julho de 1997) nasceu em National City no dia 31 de Agosto de 1969. Morreu em Miami Beach, em 23 de Julho de 1997.

Oito dias depois de matar Versace, suicidou-se com um tiro na boca.

Em 12 de Junho de 1997, tornara-se o 449º fugitivo na lista dos foragidos mais procurados pelo FBI.

Antes dos assassinatos, Andrew Cunanan era um garoto de programa bem-educado e inteligente que atendia ricos clientes do sexo masculino; ele também esteve envolvido em pequenos furtos e tráfico de drogas.

O primeiro assassinato conhecido foi o do seu amigo Jeffrey Trail, um ex-oficial naval da Marinha dos Estados Unidos, ex-vendedor de propano e gerente de empresas, possivelmente um ex-amante, em 25 de Abril de 1997, em Minneapolis.

A vítima seguinte foi o arquitecto David Madson, que foi encontrado na costa leste de Rush City perto de Lake Rush, Minnesota, em 29 de Abril de 1997, com ferimentos de bala na cabeça. Madson era um ex-namorado de Cunanan. A polícia encontrou uma conexão, porque o corpo foi encontrado no sótão de um apartamento que pertencia a Madson em Minneapolis.

Imprevisível, Cunanan foi a Chicago, onde matou o milionário Lee Miglin, de 72 anos, poucos dias depois. Miglin teve o sou rosto embrulhado com fita adesiva. Depois, foi golpeado com tesouras e teve a sua garganta cortada com uma serra de jardinagem. Tratou-se de um crime sádico visando a excitação sexual, motivo clássico dos assassinos em série.

Cinco dias depois, Cunanan, que pegou o carro de Miglin, encontrou a quarta vítima em Pennsville, Nova Jersey, no ponto do Finn’s National Cemetery, matando o coveiro William Reese de 45 anos em 9 de Maio de 1997. Após este assassinato, houve o primeiro contacto de uma testemunha, o que fez o FBI aumentar a sua lista dos foragidos mais procurados. O assassino fugiu com o veículo de Reese e seguiu para Nova Iorque. Depois seguiu para Miami Beach, Flórida, onde esteve dois meses até ao seu próximo assassinato. Ele usou até mesmo o seu próprio nome para penhorar um item roubado, mesmo sabendo que a polícia rotineiramente verifica registros de casas de penhores sobre mercadorias roubadas.

Finalmente, Cunanan assassinou o famoso estilista italiano Gianni Versace que vestia algumas das pessoas mais famosas do mundo, em 15 de Julho de 1997, no que se tornaria um dos mais famosos assassinatos do século XX. Versace foi assassinado em plena luz do dia, na frente de sua casa, naquilo que parece ter sido um assassinato planeado cuidadosamente. O estilista italiano, de 50 anos, foi atingido com dois tiros fatais na nuca à queima-roupa à porta de sua mansão em South Beach. Versace foi baleado quando voltava para casa depois de ter comprado o jornal e tomado café no News Café, que ficava a uns 500 metros da sua casa.

Há quem diga que Cunanan assassinou o estilista italiano porque representava o homem famoso, rico e popular que ele gostaria de ser, mas ninguém sabe ao certo as razões que o levaram a matar.

Oito dias após o assassinato de Versace, em 23 de Julho de 1997, a polícia montou um cerco que durou mais de quatro horas a uma luxuosa mansão ancorada num canal em Miami Beach. Sob o olhar de mais de 100 agentes policiais, entre eles equipas da SWAT com escudos e armamento pesado, agentes do FBI tentaram sem sucesso, com megafones, iniciar negociações com Andrew Cunanan só depois de uma saraivada de bombas de gás lacrimogéneo, a polícia se atreveu a invadir o lugar. Cunanan foi encontrado estirado numa cama no 4º andar, onde estava escondido, morto, com um tiro na boca. Ele foi alvo de uma das maiores caças a fugitivos da história, segundo disse em Washington a procuradora-geral, Janet Reno. A arma usada por Cunanan nos assassinatos e mesmo no seu suicídio foi uma pistola semiautomática Taurus PT 100, calibre .40 S&W que pertenceu a Jeff Trail.

Na época dos crimes, havia muita especulação da imprensa e do público que os motivos de Cunanan eram que ele tinha sido diagnosticado com HIV positivo, no entanto, uma autópsia revelou que ele não possuía o vírus. A polícia vasculhou a casa flutuante onde Cunanan morreu a fim de encontrar as causas da sua matança. No entanto, Cunanan deixou para trás poucos pertences pessoais, os investigadores surpreenderam-se, dada a sua reputação de aquisição de dinheiro e posses caras vindas de homens ricos mais velhos. A polícia não considerou nada muito importante para ser registrado, excepto muitos tubos de creme de hidrocortisona e uma colecção bastante extensa de livros de C. S. Lewis.

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