Oito
dias depois de matar Versace, suicidou-se com um tiro na boca.
Em
12 de Junho de 1997, tornara-se o 449º fugitivo na lista dos foragidos mais
procurados pelo FBI.
Antes
dos assassinatos, Andrew Cunanan era um garoto de programa bem-educado e
inteligente que atendia ricos clientes do sexo masculino; ele também esteve
envolvido em pequenos furtos e tráfico de drogas.
O
primeiro assassinato conhecido foi o do seu amigo Jeffrey Trail, um ex-oficial
naval da Marinha dos Estados Unidos, ex-vendedor de propano e gerente de
empresas, possivelmente um ex-amante, em 25 de Abril de 1997, em Minneapolis.
A
vítima seguinte foi o arquitecto David Madson, que foi encontrado na costa
leste de Rush City perto de Lake Rush, Minnesota, em 29 de Abril de 1997, com
ferimentos de bala na cabeça. Madson era um ex-namorado de Cunanan. A polícia
encontrou uma conexão, porque o corpo foi encontrado no sótão de um apartamento
que pertencia a Madson em Minneapolis.
Imprevisível,
Cunanan foi a Chicago, onde matou o milionário Lee Miglin, de 72 anos, poucos
dias depois. Miglin teve o sou rosto embrulhado com fita adesiva. Depois, foi
golpeado com tesouras e teve a sua garganta cortada com uma serra de
jardinagem. Tratou-se de um crime sádico visando a excitação sexual, motivo
clássico dos assassinos em série.
Cinco
dias depois, Cunanan, que pegou o carro de Miglin, encontrou a quarta vítima em
Pennsville, Nova Jersey, no ponto do Finn’s National Cemetery, matando o
coveiro William Reese de 45 anos em 9 de Maio de 1997. Após este assassinato,
houve o primeiro contacto de uma testemunha, o que fez o FBI aumentar a
sua lista dos foragidos mais procurados. O assassino fugiu com o veículo de
Reese e seguiu para Nova Iorque. Depois seguiu para Miami Beach, Flórida, onde
esteve dois meses até ao seu próximo assassinato. Ele usou até mesmo o seu
próprio nome para penhorar um item roubado, mesmo sabendo que a polícia
rotineiramente verifica registros de casas de penhores sobre mercadorias
roubadas.
Finalmente,
Cunanan assassinou o famoso estilista italiano Gianni Versace que vestia
algumas das pessoas mais famosas do mundo, em 15 de Julho de 1997, no que se
tornaria um dos mais famosos assassinatos do século XX. Versace foi assassinado
em plena luz do dia, na frente de sua casa, naquilo que parece ter sido um
assassinato planeado cuidadosamente. O estilista italiano, de 50 anos, foi
atingido com dois tiros fatais na nuca à queima-roupa à porta de sua mansão em
South Beach. Versace foi baleado quando voltava para casa depois de ter
comprado o jornal e tomado café no News Café, que ficava a uns 500
metros da sua casa.
Há
quem diga que Cunanan assassinou o estilista italiano porque representava o
homem famoso, rico e popular que ele gostaria de ser, mas ninguém sabe ao certo
as razões que o levaram a matar.
Oito
dias após o assassinato de Versace, em 23 de Julho de 1997, a polícia montou um
cerco que durou mais de quatro horas a uma luxuosa mansão ancorada num canal em
Miami Beach. Sob o olhar de mais de 100 agentes policiais, entre eles equipas
da SWAT com escudos e armamento pesado, agentes do FBI tentaram
sem sucesso, com megafones, iniciar negociações com Andrew Cunanan só depois de
uma saraivada de bombas de gás lacrimogéneo, a polícia se atreveu a invadir o
lugar. Cunanan foi encontrado estirado numa cama no 4º andar, onde estava
escondido, morto, com um tiro na boca. Ele foi alvo de uma das maiores caças a
fugitivos da história, segundo disse em Washington a procuradora-geral, Janet
Reno. A arma usada por Cunanan nos assassinatos e mesmo no seu suicídio foi uma
pistola semiautomática Taurus PT 100, calibre .40 S&W que pertenceu
a Jeff Trail.
Na
época dos crimes, havia muita especulação da imprensa e do público que os
motivos de Cunanan eram que ele tinha sido diagnosticado com HIV
positivo, no entanto, uma autópsia revelou que ele não possuía o vírus. A
polícia vasculhou a casa flutuante onde Cunanan morreu a fim de encontrar as
causas da sua matança. No entanto, Cunanan deixou para trás poucos pertences
pessoais, os investigadores surpreenderam-se, dada a sua reputação de aquisição
de dinheiro e posses caras vindas de homens ricos mais velhos. A polícia não
considerou nada muito importante para ser registrado, excepto muitos tubos de
creme de hidrocortisona e uma colecção bastante extensa de livros de C.
S. Lewis.
Sem comentários:
Enviar um comentário