terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

2 DE FEVEREIRO - ADRIANO CERQUEIRA

EFEMÉRIDEAdriano Cerqueira, jornalista português, morreu em Lisboa no dia 2 de Fevereiro de 2005. Nascera em Braga, em 17 de Outubro de 1938.
Estudou no Liceu Sá de Miranda, tendo tido – durante a juventude – o primeiro contacto com a comunicação social através dos jornais da sua região. Aos dezoito anos, entrou para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1965, foi chamado para cumprir o serviço militar, tendo sido enviado para Angola, em Setembro desse ano, a bordo do paquete “Vera Cruz”.
Ingressou na RTP como assistente de Realização. Depois, foi jornalista, responsável pelo Canal 2 e, mais tarde, director de Programas.
A paixão pelo automobilismo levou-o a participar durante 25 anos nas transmissões televisivas de Formula 1 e de automobilismo, não só na RTP, mas também nas rádios Emissora Nacional, Rádio Comercial e RFM. Foi director do jornal “O Volante” e da revista “Auto Mundo” e colaborador da “Auto Motor”. Foi membro do júri do “Carro do Ano Internacional” e director-geral do Salão Internacional do Automóvel em Portugal.
Assumiu o cargo de director de programas da RTP, quando José Eduardo Moniz saiu para fundar a produtora MMM com Manuela Moura Guedes.
Reformou-se da Televisão em Fevereiro de 1996. Foi director da revista “TV Guia” e do jornal “O Benfica” de 2001 a 2005.
Após prolongada doença, durante a qual continuou a dinamizar vários projectos, faleceu vítima de cancro nos pulmões, aos 66 anos de idade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

1 DE FEVEREIRO - PAUL FORT

EFEMÉRIDE – Jules Jean Paul Fort, poeta francês, nasceu em Reims no dia 1 de Fevereiro de 1872. Morreu em Montlhéry, Essonne, em 20 de Abril de 1960. Foi autor de uma obra poética abundante reunida nos vários volumes das “Ballades françaises. Apesar de escrever sobretudo segundo as correntes literárias do Simbolismo e do Lirismo, foi também um importante porta-voz do Futurismo.
Em 1878, o pai levou a família para Paris. Paul fez os seus estudos secundários no Liceu Louis-le-Grand e tornou-se amigo de Pierre Louÿs e André Gide.
Frequentava o Café Voltaire, quartel-general dos poetas simbolistas. Redigiu em 1889 um «manifesto a favor da criação de um teatro representativo deste grupo, que rompesse com a corrente naturalista». Criou neste mesmo ano, juntamente com Lugné-Poe, o Teatro de Arete que se tornou em 1893 o Théâtre de l'Œuvre e que viria a revelar os dramaturgos nórdicos Henrik Ibsen e August Strindberg.                                                                                                    
Acabada a sua “aventura” teatral, consagrou-se então à poesia. Entregou os seus primeiros poemas à editora Mercure de France em 1896. Estes poemas viriam a constituir o começo das “Ballades françaises”, 17 volumes de poesia escritos sobretudo entre os anos 1920 e 1950.
Paul Fort organizou, desde 1903, sessões semanais de leituras poéticas. Em 1905, co-fundou a revista “Vers et prose”, que publicou vários trabalhos de Guillaume Appolinaire e Max Jacob, entre outros escritores de nomeada. 
Feito comendador da Legião de Honra, Paul Fort contribuiu bastante para dar ao bairro de Montparnasse, em Paris, a sua fama artística. Foi eleito Príncipe dos Poetas em 1912, no seguimento de um referendo organizado por cinco jornais: “Gil Blas”, “Comoedia”, “La Phalange”, “Les Loups” e “Les Nouvelles”.
Foi um dos principais membros do júri do Prémio Juventude, criado em 1934. Voltou oficialmente a Reims, sua terra natal, para inaugurar uma exposição – que lhe era consagrada – na Biblioteca Carnenie.
Entre as homenagens que lhe foram prestadas após o falecimento, salienta-se ter sido dado o seu nome a várias escolas francesas, a uma rua de Paris e a uma sala de espectáculos em Nantes. O pintor Ferdinand Desnos pintou um quadro intitulado “Le poète Paul Fort à la Closerie des Lilas”. Alguns dos seus poemas foram musicados e cantados por Georges Brassens.

domingo, 31 de janeiro de 2016

31 DE JANEIRO - SAMUEL GOLDWYN

EFEMÉRIDESamuel Goldwyn, de seu verdadeiro nome Schmuel Gelbfisz, produtor de cinema norte-americano de origem judaica polaca, morreu em Los Angeles no dia 31 de Janeiro de 1974. Nascera em Varsóvia, em 17 de Agosto de 1879. Foi um dos fundadores da Paramount (1913) e da Goldwyn Pictures Corporation (1916) que, por fusão, passaria a chamar-se mais tarde Metro-Goldwyn-Mayer.
Foi afastado da produtora pelos seus sócios, que acabaram por a vender à Schubert Organization que, por sua vez, a revendeu à Metro de Marcus Loew.
Entretanto, Samuel, tendo recuperado o seu capital, lançou – em 1923 – os seus próprios estúdios – Samuel Goldwyn Productions (SGP). Bem aceite pela crítica pelas suas escolhas de qualidade, foi extremamente respeitado até à sua reforma em 1959.
Os filmes produzidos pela SGP foram sucessivamente distribuídos pela Associated First National, pela United Artists e, a partir de 1941, pela RKO Radio Pictures.
Durante os anos 1940/50, Samuel Goldwyn deu a John Ford e a Howard Hawks a ocasião de realizarem os seus melhores filmes. Ao todo, produziu mais de 120 películas.
Casou-se em 1925 com Frances Howard. Morreu aos 94 anos. O filho – Samuel Goldwyn Junior – tornou-se igualmente produtor e fundou The Samuel Goldwyn Company.

sábado, 30 de janeiro de 2016

30 DE JANEIRO - JOHN BARRY

EFEMÉRIDEJohn Barry, de seu verdadeiro nome Jonathan Barry Prendergast, maestro e compositor britânico de música para filmes, vencedor de cinco Oscars de Melhor Banda Sonora, morreu em Oyster Bay Long Island, no estado de Nova Iorque, em 30 de Janeiro de 2011. Nascera em York no dia 3 de Novembro de 1933.
Compôs, entre muitas outras, as bandas sonoras de onze filmes de James Bond. Sem dúvida que foi ele quem criou as directrizes para as músicas do 007, usadas pelos compositores que se lhe seguiram. Escreveu também temas musicais para várias séries com grande sucesso na televisão.
O pai de Barry possuía uma cadeia de cinema em York (norte de Inglaterra) e a mãe tinha grande talento musical, mas não quis enveredar pela carreira de pianista.
Barry, que parecia estar destinado a seguir as pisadas do pai, começou por ser projeccionista de cinema e sentiu-se depois atraído pela música. Fez a sua aprendizagem de piano com Francis Jackson, mestre de música na Catedral de York. Estudou depois jazz com Bill Russo. Foi justamente num grupo de jazz que iniciou a sua carreira musical, depois de ter cumprido o serviço militar. Fundou depois o grupo John Barry Seven, antes de começar a escrever música para cinema.
O seu primeiro trabalho foi para o filme “Beat Girl”, em 1960. Seguidamente, começou a elaborar o indicativo musical dos filmes de James Bond, que se tornaria um dos temas musicais mais conhecidos no mundo. Compôs depois as músicas dos filmes do 007 até aos anos 1980.
Por ter também composto músicas para grandes produções cinematográficas, como “Out of Africa”, é considerado um dos maiores compositores contemporâneos de música para fines, ao lado – por exemplo – de Maurice Jarre, Michel Legrand e Ennio Morricone. John Barry compôs músicas facilmente identificáveis, num estilo romântico com mais ou menos laivos de jazz.
Foi o primeiro marido da actriz e cantora Jane Birkin, com quem teve uma filha, já falecida. Barry morreu aos 77 anos de uma crise cardíaca e sofria igualmente da doença de Alzheimer.  

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

29 DE JANEIRO - KATHARINE ROSS

EFEMÉRIDE Katharine Juliet Ross, actriz e escritora norte-americana, nasceu em Hollywood no dia 29 de Janeiro de 1940. A família instalou-se mais tarde em Walnut Creek.
Katharine diplomou-se na Las Lomas High School. Durante um ano, estudou no Santa Rosa Junior College, onde representou pela primeira vez, na peça “O Rei e eu”.
Mudou-se depois para São Francisco com o intuito de aprender Arte Dramática, tendo estudado durante três anos no The Actors Workshop.
A sua carreira artística começou na década de 1960, em filmes como “Shenandoah”, “The Singing Nun”, “Butch Cassidy and the Sundance Kid” e “The Graduate”. Pela sua actuação na comédia romântica “The Graduate”, em que contracenou com Dustin Hoffman, foi agraciada com o Globo de Ouro de 1968 como Melhor Actriz Estreante e com o BAFTA de 1969 na mesma categoria, Foi ainda nomeada para o Oscar (1968) de Melhor Actriz Coadjuvante.
Katharine Ross foi ainda vencedora de vários prémios na década de 1970, entre os quais um Globo de Ouro, com o filme “Voyage of the Damned” (1977). Nos anos seguintes, continuou a trabalhou no cinema e em várias filmes e séries para televisão. A partir de 1984, tornou-se também escritora para crianças, tendo publicado uma dezena de livros.
Entre 1965 e 2002, protagonizou 24 longas-metragens. Paralelamente, em 1963/2005, fez parte do elenco de 25 filmes e séries para televisão. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

DIANA KRALL - "Fly me to the moon"


28 DE JANEIRO - FELICE ROMANI

EFEMÉRIDE – Giuseppe Felice Romani, escritor, erudito de literatura e mitologia, e crítico literário italiano, morreu em Moneglia no dia 28 de Janeiro de 1865. Nascera em Génova, em 31 de Janeiro de 1788. Escreveu muitos librettos para óperas de Donizetti e Bellini, entre outros músicos.
Nascido numa família burguesa, foi o primeiro de doze irmãos. Estudou Direito e Literatura em Pisa e Génova. Na Universidade de Génova, fez traduções da literatura francesa. Com um colega, preparou um dicionário de seis volumes sobre Mitologia e História Antiga, incluindo o período celta em Itália. O seu conhecimento do francês e da antiguidade está reflectido em muitos dos librettos que escreveu. A maioria deles é baseada na literatura francesa e outros, como “Norma”, empregam fontes mitológicas.
Depois de não ter conseguido obter um lugar profissional na Universidade, viajou por Espanha, Grécia, Alemanha e França, antes de voltar a Itália em 1812 ou 1813. Em 1814, fixou-se em Milão, onde se tornou amigo de figuras importantes do mundo literário e musical. Recusou o cargo de Poeta da Corte em Viena e iniciou-se como libretista. Romani escreveu dois librettos para o compositor Johann Simon Mayr, que resultaram na sua indicação para libretista contratado do Teatro alla Scala.
Romani tornou-se o mais conceituado de todos os libretistas italianos da sua época, produzindo quase cem librettos. Apesar do seu interesse pela literatura francesa, nunca quis trabalhar em Paris.
Em 1834, tornou-se editor da “Gazzetta Ufficiale Piemontese”, para a qual escrevia críticas literárias. Manteve este cargo até à sua morte, apenas com uma pausa entre 1849 e 1854. Os poemas de Felice Romani só foram publicados em livro, em 1841.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

27 DE JANEIRO - MATATEU

EFEMÉRIDEMatateu, de seu verdadeiro nome Sebastião Lucas da Fonseca, futebolista português, morreu no Canadá (Victoria) em 27 de Janeiro de 2000. Nascera em Lourenço Marques (actual Maputo) no dia 26 de Julho de 1927.
Matateu foi um jogador de topo, quer no CF Belenenses quer na Selecção Portuguesa de Futebol. Em questões de longevidade, pode ser considerado o Stanley Matthews português, pois jogou até aos 50 anos de idade.
Começou a sua carreira em Moçambique, onde jogou em equipas locais, como o 1º de Maio e o Manjacaze FC. Foi descoberto por um antigo jogador do Belenenses e trazido para Lisboa em 1951, depois de assinar um contrato.
Jogou pelo Belenenses até à época 1963/64, sendo por duas vezes considerado o melhor jogador a actuar em Portugal.
Matateu foi um dos melhores pontas-de-lança portugueses de sempre. Apesar da época em que jogou, alcançou largo reconhecimento internacional, tendo a sua morte sido noticiada pela CNN. Foi várias vezes aclamado e levado em ombros no final de jogos internacionais, tanto pelo seu clube, como pela selecção nacional. Apesar das inúmeras lesões sofridas, de só ter chegado à Europa com 24 anos e de ter vivido num tempo em que havia muito menos jogos, representou Portugal 27 vezes, apontando 13 golos.
O seu último jogo por Portugal foi no Euro 1960, nos quartos de final, com a Jugoslávia. Deixou o Belenenses numa altura menos feliz da sua carreira (lesões diversas e conflitos com o treinador), assinando pelo Atlético CP (então na 2ª Divisão) em Dezembro de 1964. Foi em grande parte graças a ele que, na época seguinte, o Atlético regressou à 1ª Divisão. Em 1967/68 passou a representar o GD Gouveia e em 1968/69 o Amora FC, quando já tinha 41 anos. Em 1969/70, jogou ainda no GD de Chaves.
Com o Amora, foi Campeão Distrital e ajudou a equipa a chegar a 3ª Divisão. Na época 1970/71, emigrou para o Canada, onde jogou até 1977, ano em que completou 50 anos.
Em 1955, quando o Belenenses jogou em Paris para a Taça Latina, com o Real Madrid, a sua exibição foi brilhante, ofuscando por completo o famoso Di Stefano. Após um jogo com a Inglaterra, os jornais britânicos, rendidos, afirmaram unanimemente que não havia na Inglaterra e talvez na Europa um jogador com a sua classe.
Foi o melhor marcador do Campeonato Português por duas vezes (1952/53 e 1954/55). Faltou-lhe a conquista de um Campeonato Nacional, o que esteve quase a acontecer em 1955, tendo o Belenenses perdido o jogo derradeiro e decisivo com o Sporting CP a 4 minutos do fim. Nesse desafio, Matateu apontou 4 golos, mas o árbitro só validou dois.
As suas maiores conquistas foram a Taça de Portugal de 1960 e as Taças de Honra de 1959 e 1960. Nesta última, Matateu e Yaúca desbarataram completamente a defesa do SL Benfica (que 8 meses depois se sagraria Campeão Europeu), infligindo aos encarnados uma pesada derrota por 5-0. Matateu era irmão de outro jogador do Belenenses, o defesa Vicente Lucas.
Após o seu falecimento, os restos mortais foram transladados para o Cemitério da Ajuda, em Lisboa, onde o Belenenses fez erigir um jazigo em sua homenagem e memória.  

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

26 DE JANEIRO - PAULA REGO

EFEMÉRIDE – Maria Paula Figueiroa Rego, artista plástica portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 26 de Janeiro de 1935. Iniciou os seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, em Loures, continuando-os depois na St. Julian's School, em Carcavelos, onde os professores cedo lhe reconheceram talento para a pintura.
Incentivada pelo pai a prosseguir o seu desenvolvimento artístico fora do país salazarista dos anos 1950, partiu para Londres, onde estudou na Slade School of Fine Art, até 1956. Em Londres, conheceu o pintor Victor Willing, com quem se casou em 1959.
Ao longo da década de 1960, a viver na Ericeira, participou em exposições colectivas em Inglaterra e, em 1966, entusiasmou a crítica ao expor individualmente, pela primeira vez, na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas-Artes de Lisboa.
No princípio dos anos 1970, com a falência da empresa familiar, vendeu a quinta da Ericeira e radicou-se em Londres. Tornou-se bolseira da Fundação Gulbenkian, em 1975, para fazer pesquisas sobre contos infantis. Figurou – com onze obras – na exposição Arte Portuguesa desde 1910 (1978), com realce para colagens. Voltou à pintura, mais livre e mais directa, retratando o mundo intimista e infantil, inspirada em dados reais ou imaginários. A obra literária de George Orwell inspirou-a para fazer o painel “Muro dos Proles”, com mais de seis metros de comprimento (1984).
Fez uma viragem radical na sua obra com a série da “menina e o cão”, onde a figura feminina assumiu claramente a liderança na acção, enquanto o cão era mimado e acarinhado. A menina fazia de mãe, de amiga, de enfermeira e de amante, num jogo de sedução e de dominação que continuou em obras posteriores. Tecnicamente, as figuras ganharam volume e o espaço ganhou solidez e autonomia.
Em 1987, Paula Rego assinou – com a galeria Marlborough Fine Art – o passo que lhe faltava para a divulgação internacional da sua obra. A morte do marido, também ocorrida nesse ano, foi assinalada em obras como “O Cadete e a Irmã”, “A Partida”, “A Família” e “A Dança”, de 1988. A convite da National Gallery, em 1990, ocupou um atelier no museu, onde pintou várias obras. Desse período, destaca-se “Tempo – Passado e Presente” (1990/91).
Em 2006, respondeu afirmativamente ao convite que lhe foi dirigido pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, para expor em permanência a sua obra no concelho onde viveu grande parte da infância. Paula Rego indicou o nome do arquitecto Eduardo Souto Moura para desenvolver o projecto e escolheu um dos terrenos que lhe foi apresentado, ao lado do Museu do Mar, como lugar do futuro museu. Foi inaugurada, em Setembro de 2009, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, que nasceu com o intuito de acolher e promover a divulgação e estudo da sua obra. A entidade responsável é a Fundação Paula Rego.
A par de Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego é a pintora portuguesa mais aclamada a nível internacional, estando colocada entre os quatro maiores pintores vivos em Inglaterra.
Em Julho de 2012, apresentou uma série de pinturas novas, numa exposição em parceria com a artista Adriana Molder, inspirada na narrativa histórica de Alexandre Herculano e intitulada “A Dama Pé-de-Cabra”, com inauguração em 7 de Julho na Casa das Histórias em Cascais. Em Agosto de 2012, foi anunciada a vontade do Governo em encerrar a Fundação com o seu nome, com a oposição, entre outros, da Câmara Municipal de Cascais.
O quadro “Looking Back”, pintado em 1987, foi vendido por 861 960 euros em Junho de 2011, constituindo um recorde para a artista. Quatro anos depois, “The Cadet and his Sister”, de 1988, foi arrematado num leilão da Sotheby's por 1 614 795 euros, um novo recorde para Paula Rego.
Das distinções que recebeu, salienta-se o Prémio Celpa/Vieira da Silva de Consagração e o Grande Prémio Soquil. Em Junho de 2010, foi condecorada pela rainha Isabel II de Inglaterra com o oficialato da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para as Artes. Em Junho de 1995, foi feita Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. Em Outubro de 2004, foi elevada a Grã-Cruz da mesma Ordem. Em Fevereiro de 2011, recebeu o doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

25 DE JANEIRO - DÁMASO ALONSO

EFEMÉRIDEDámaso Alonso y Fernández de las Redondas, poeta, filólogo, historiador, tradutor, antologista, editor de clássicos e crítico literário espanhol, morreu em Madrid no dia 25 de Janeiro de 1990. Nascera na mesma cidade em 22 de Outubro de 1898.
Licenciou-se em Direito, Letras e Filosofia. Como escritor, pertenceu à chamada Geração de 27. Foi director da Real Academia da Língua Espanhola (1968/82).
Passou uma parte da sua infância numa pequena cidade nas Astúrias, La Felguera, e outra parte em Ribadeo, na Galiza. Quando tinha 5 anos, a família regressou a Madrid, onde ele viveu praticamente o resto da vida.
Em 1929, casou-se com Eulalía Galvarriato, formada em Letras e autora do romance “Cinco sombras”.
Dámaso começou a escrever poesia aos 16 anos, mas só quando tinha 21 publicou o seu primeiro livro – “Poemas puros”.
Durante a sua carreira literária, teve uma impressionante actividade filológica, sendo doutor Honoris Causa e conferencista em várias universidades europeias e americanas.
Foi também membro da Academia Real de História e da Academia Mexicana da Língua. Recebeu vários prémios, entre eles o Prémio Nacional de Poesia em 1927 e o Prémio Cervantes em 1978. Faleceu aos 91 anos. 

A.M.O.R. (quadras em acróstico)

Formatação de Fátima de Souza (Bahia)

domingo, 24 de janeiro de 2016

24 DE JANEIRO - NICO FIDENCO

EFEMÉRIDENico Fidenco, de seu verdadeiro nome Domenico Colarossi, cantor e compositor italiano, nasceu em Roma no dia 24 de Janeiro de 1933.
Foi um dos nomes mais importantes da canção italiana a partir dos anos 1960. Uma das suas canções mais conhecidas é “A casa di Irene”, que foi profundamente identificada internacionalmente com a imagem da Itália de então.
Começou a ganhar grande popularidade, ao interpretar a canção “Su nel cielo” da banda sonora do filme “I delfini” de Francesco Maselli (1960).
Autodidacta, Fidenco interpretou muitas outras canções de filmes e séries de televisão. O seu interesse pelo cinema levou-o a ser um compositor prolífico.
Gravou 48 singles e um EP, entre 1960 e 1989. Publicou igualmente 16 álbuns, no período 1961/2003. Nico Fidenco completa agora 83 anos de idade. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

NICO FIDENCO - "A Casa de Irene"


23 DE JANEIRO - RANDOLPH SCOTT

EFEMÉRIDE – George Randolph Scott, actor e produtor de cinema norte-americano, notável pelos numerosos westerns que protagonizou e que fizeram dele um dos actores mais rentáveis de Hollywood durante as décadas 1940/50, nasceu em Orange County, Virgínia, no dia 23 de Janeiro de 1898. Morreu em Beverly Hills, Califórnia, em 2 de Março de 1987.
Os pais fixaram-se em Charlotte, na Carolina do Norte. Randolph estudou no Instituto Universitário de Tecnologia da Geórgia, graças a uma bolsa de estudos conseguida com as suas performances como jogador de futebol americano. Ingressou depois na Universidade de Carolina, onde se formou em Engenharia. Começou a trabalhar na indústria de têxteis.
Descoberto por um agente de Hollywood, que procurava um duplo para Gary Cooper, Scott largou emprego e foi para a Califórnia, onde se encontrou com Howard Hughes, que o pôs em contacto com Cecil B. DeMille, com a finalidade de fazer um teste. Aprovado, foi logo utilizado também para treinar com o próprio Gary Cooper o sotaque da Virgínia para o seu filme de 1929, “The Virginian”, além de ter feito igualmente um pequeno papel na película.
Enquanto não surgiam outras propostas de trabalho, “Randy” (como era conhecido) voltou a jogar (desta vez profissionalmente) numa equipa de futebol americano da Califórnia. Alguns agentes da Paramount viram-no durante um jogo e ofereceram-lhe um contrato. Abandonando o futebol, tornou-se definitivamente actor. Em breve, avançou para os papéis principais, graças à sua voz e boa dicção. Era relativamente recente o cinema sonoro e os responsáveis dos estúdios estavam dispostos a contratar somente actores que tivessem uma boa voz.
Apesar de todas as suas qualidades, Randy foi um actor mediano em comédias, dramas e aventuras ocasionais, até se projectar nos westerns, onde decididamente se consagrou como um dos maiores ícones americanos, entre 1940 e 1962, ano em que se despediu das ecrãs.
Transformou-se num dos grandes campeões de bilheteira de westerns, tendo ganho muito dinheiro. A sua prosperidade aumentou ainda mais a partir dos anos 1950, quando se aliou ao realizador Budd Boetticher, com quem fez uma série de filmes. Já nessa época, Scott tinha-se associado ao produtor Harry Joe Brown e juntos fundaram a Randbrow Enterprises, uma produtora que realizou muitas das suas películas, tanto para a Warner Brothers como para a Columbia Pictures.
Durante mais de 30 anos, Scott e Cary Grant foram amigos inseparáveis. Ao saber do falecimento de Grant, em 1986, o velho Scott compareceu ao velório antes da cremação, dirigiu-se ao caixão, pegou nas mãos do cadáver, beijou-as, colocou-as sobre a sua cabeça e chorou.
Randolph Scott casou-se duas vezes. A primeira, em 1936, com Mariana Du Pont Somerville, de quem se divorciou em 1939. Voltou a consorciar-se – em 1944 – com uma senhora da alta sociedade de Los Angeles, Patricia Stillman, com quem teve dois filhos. A união durou até ao fim da sua vida.
Decidiu reformar-se após a conclusão do filme “Ride the High Country”. Começou a dedicar-se então ao seu rancho, na Carolina do Norte, onde passava o primeiro semestre de cada ano. No semestre seguinte, voltava para a sua mansão em Beverly Hills e o seu passatempo preferido: era o golfe.
Durante a sua carreira, interpretou apenas uma vez o papel de vilão (“A Indomável”, 1942), contracenando com Marlene Dietrich e John Wayne. No fim da vida, Scott tornou-se multimilionário graças aos seus bons investimentos. Morreu aos oitenta e nove anos, após complicações de uma pneumonia e com o coração muito debilitado. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

22 DE JANEIRO - U THANT

EFEMÉRIDE – Maha Thray Sithu U Thant, político da Birmânia, nasceu em Pantanaw no dia 22 de Janeiro de 1909. Morreu em Nova Iorque, em 25 de Novembro de 1974. Foi secretário-geral das Nações Unidas em dois mandatos, entre 1962 e 1971. Foi escolhido para o lugar, depois do então secretário-geral, Dag Hammarskjöld, ter morrido num acidente aéreo.
Estudou no Colégio Nacional e na University College, em Rangoon. Antes de seguir a carreira política e diplomática, trabalhou nas áreas da educação e da informação, tendo sido mestre sénior e director do Colégio Nacional, em Pantanaw, e jornalista freelancer.
Em 1942, foi – durante alguns meses – secretário do Comité para a Reorganização da Educação da Birmânia. Em 1947, foi nomeado director de imprensa do Governo.
Seguidamente, foi director da Radiodifusão (1949) e secretário no ministério da Informação (1949/53). Foi ainda secretário de projectos no gabinete do primeiro-ministro (1953/57) e presidente da Comissão de Conciliação das Nações Unidas para o Congo.
Quando foi nomeado secretário-geral interino das Nações Unidas, U Thant era representante permanente da Birmânia na ONU, com o estatuto de embaixador (1957/61).
U Thant iniciou o seu mandato como secretário-geral interino, em Novembro de 1961, quando foi apontado unanimemente para o lugar pela Assembleia-geral, sob recomendação do Conselho de Segurança. Foi novamente apontado unanimemente para secretário-geral em Novembro de 1962. Nesse primeiro período do seu mandato, foi muito importante o seu papel na resolução da “crise cubana dos mísseis” e no fim da Guerra Civil do Congo.
Foi renomeado em Dezembro de 1966. Neste segundo mandato, supervisionou a admissão de muitos novos países Asiáticos e Africanos e foi um firme oponente ao regime do apartheid na África do Sul.
Esteve na origem da criação de muitas das agências de desenvolvimento e meio ambiente, e de vários importantes programas da ONU.
Durante os mandatos de U Thant, aconteceram no mundo vários factos de extrema importância – a Guerra dos Seis Dias, a Primavera de Praga, a intervenção soviética na Checoslováquia e a guerra entre a Índia e o Paquistão, que deu origem a uma nova nação – o Bangladesh.
As suas boas relações com o governo norte-americano deterioraram-se quando, publicamente, criticou a conduta americana na Guerra do Vietname. U Thant (secretamente) tentou então o diálogo entre Washington e Hanói.
Em Janeiro de 1971, anunciou categoricamente que não estaria disponível, «em nenhuma circunstância», para um terceiro mandato. Durante muitas semanas, o Conselho de Segurança manteve-se num impasse em busca de um sucessor, que veio a ser Kurt Waldheim.
U Thant suscitou a admiração de todos pela sua integridade e o seu talento de negociador paciente e subtil. Aposentou-se no fim de seu segundo mandato e faleceu três anos depois.

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