EFEMÉRIDE – Michel Polnareff, autor, compositor e cantor francês, nasceu em Nérac no dia 3 de Julho de 1944.
Passou toda a infância em ambiente musical. O pai escreveu mesmo para Édith Piaf. O pequeno Michel começou a tocar piano aos 4 anos e, aos onze, recebeu um 1º Prémio de Solfejo no Conservatório de Paris. Aos 20 anos abandonou o meio familiar, que ele achava castrador. Instalou-se nos degraus da Basílica do Sacré-Cœur, com uma guitarra comprada com as suas economias.
Tornou-se beatnik e pacifista. Em 1965 ganhou o concurso de rock “Disco Revue”. O prémio consistia num contrato com a Barclay que ele recusou. Mais tarde comprometeu-se a assinar para a etiqueta “AZ”, sob condição das gravações serem feitas em Londres, com Jimmy Page na guitarra e John Paul no baixo (futuros “Led Zepelin”). Para seu grande espanto, a editora aceitou. A canção “La Poupée qui fait non” foi lançada em Maio de 1966 e conheceu um notável êxito, sendo também cantada por outros artistas.
Polnareff não deixava ninguém indiferente, com o seu estilo anglo-saxónico, o seu look andrógino (sempre em evolução) ou ainda os seus textos que defendiam a liberdade sexual.
A imprensa não o largava, considerando-o como um símbolo da decadência da juventude, por causa do seu aspecto julgado afeminado e pelos textos chocantes. Chegou a ter canções proibidas por estações de rádio nos horários diurnos.
Em 1967, actuou pela primeira vez no Olympia, onde regressou três anos depois, fazendo de seguida uma longa tournée. Ainda em 1970, respondeu aos críticos da sua aparência e do seu modo de vida com a canção “Eu sou um homem”. Agredido durante um concerto, interrompeu a tournée que estava a fazer, incluindo uma actuação no Palácio dos Desportos de Paris. Ficou deprimido. Em 1971, a morte de Lucien Morisse, que o tinha lançado, e uma crise sentimental provocaram nova crise depressiva.
Em 1971 fez outra tournée e acompanhou Johnny Hallyday, como pianista de um seu show. Foi neste espectáculo que apareceu com o seu novo look: grandes óculos com armação branca e lentes escuras, assim como longos cabelos loiros e ondulados. Nunca mais mudaria de estilo. Segundo um jornalista, ele radicalizava tudo o que lhe era criticado.
Compôs bandas sonoras de vários filmes e lançou o disco “Polnareff's” considerado por muitos como uma obra-prima.
Ao voltar de uma tournée internacional em 1973 descobriu que o homem da sua confiança o tinha roubado. Com o seu dinheiro, tinha alugado um apartamento e um carro de luxo, quando Polnareff julgava que tinham sido comprados. Desapareceu com todo o dinheiro, sem pagar sequer os impostos. Polnareff ficou sem nada e com importantes dívidas.
A mãe morreu nesse época e Polnareff, novamente deprimido, fez uma cura de sono antes de se exilar nos Estados Unidos. Fixou-se em Los Angeles. Em 1975 assinou contrato com a editora “Atlantic” e lançou o disco “Fame” inteiramente cantado em inglês. Organizou uma tournée pelo Japão e um concerto em Bruxelas.
Em 1976 fez a banda sonora do filme “Lipstick”, filme que foi um grande sucesso tanto nos Estados Unidos como noutros países. Em 1977 exprimiu numa canção a sua nostalgia pela França e decidiu interromper a sua carreira dedicando-se ao desporto e a novas tecnologias.
Em 1978 voltou ao país natal para se apresentar à justiça. Em 1981 regressou aos espectáculos com sucesso. Assinou ainda as bandas sonoras de vários filmes.
Em 1989 a vida artística em França voltou a sorrir-lhe. Atingido porém por cataratas nos dois olhos, quase que ficou cego. Escondeu-se das pessoas mais próximas, não saindo do hotel onde habitava e encharcando-se em vodka. As gravações de “Kama Sutra” foram feitas no hotel, com o bar a servir de estúdio e com os engenheiros de som num carro de exteriores parqueado em frente do edifício.
Em 1994 foi operado aos olhos numa cirurgia de alto risco. Voltou aos Estados Unidos no ano seguinte e deu um concerto em Los Angeles. Gravou “Live at the Roxy”, de que foram vendidos mais de um milhão de exemplares.
A primeira metade dos anos 2000 foi calma, apesar das múltiplas homenagens que lhe foram prestadas. Em 2007 voltou a actuar numa série de concertos no Palácio de Desportos de Paris - Bercy. No dia da França (14 de Julho), a pedido do Presidente Nicolas Sarkozy, deu um concerto no “Champs-de- Mars” para um milhão de pessoas.
Em 2010, Michel Polnareff receberá a Legião de Honra das mãos do Presidente da República Francesa.
Passou toda a infância em ambiente musical. O pai escreveu mesmo para Édith Piaf. O pequeno Michel começou a tocar piano aos 4 anos e, aos onze, recebeu um 1º Prémio de Solfejo no Conservatório de Paris. Aos 20 anos abandonou o meio familiar, que ele achava castrador. Instalou-se nos degraus da Basílica do Sacré-Cœur, com uma guitarra comprada com as suas economias.
Tornou-se beatnik e pacifista. Em 1965 ganhou o concurso de rock “Disco Revue”. O prémio consistia num contrato com a Barclay que ele recusou. Mais tarde comprometeu-se a assinar para a etiqueta “AZ”, sob condição das gravações serem feitas em Londres, com Jimmy Page na guitarra e John Paul no baixo (futuros “Led Zepelin”). Para seu grande espanto, a editora aceitou. A canção “La Poupée qui fait non” foi lançada em Maio de 1966 e conheceu um notável êxito, sendo também cantada por outros artistas.
Polnareff não deixava ninguém indiferente, com o seu estilo anglo-saxónico, o seu look andrógino (sempre em evolução) ou ainda os seus textos que defendiam a liberdade sexual.
A imprensa não o largava, considerando-o como um símbolo da decadência da juventude, por causa do seu aspecto julgado afeminado e pelos textos chocantes. Chegou a ter canções proibidas por estações de rádio nos horários diurnos.
Em 1967, actuou pela primeira vez no Olympia, onde regressou três anos depois, fazendo de seguida uma longa tournée. Ainda em 1970, respondeu aos críticos da sua aparência e do seu modo de vida com a canção “Eu sou um homem”. Agredido durante um concerto, interrompeu a tournée que estava a fazer, incluindo uma actuação no Palácio dos Desportos de Paris. Ficou deprimido. Em 1971, a morte de Lucien Morisse, que o tinha lançado, e uma crise sentimental provocaram nova crise depressiva.
Em 1971 fez outra tournée e acompanhou Johnny Hallyday, como pianista de um seu show. Foi neste espectáculo que apareceu com o seu novo look: grandes óculos com armação branca e lentes escuras, assim como longos cabelos loiros e ondulados. Nunca mais mudaria de estilo. Segundo um jornalista, ele radicalizava tudo o que lhe era criticado.
Compôs bandas sonoras de vários filmes e lançou o disco “Polnareff's” considerado por muitos como uma obra-prima.
Ao voltar de uma tournée internacional em 1973 descobriu que o homem da sua confiança o tinha roubado. Com o seu dinheiro, tinha alugado um apartamento e um carro de luxo, quando Polnareff julgava que tinham sido comprados. Desapareceu com todo o dinheiro, sem pagar sequer os impostos. Polnareff ficou sem nada e com importantes dívidas.
A mãe morreu nesse época e Polnareff, novamente deprimido, fez uma cura de sono antes de se exilar nos Estados Unidos. Fixou-se em Los Angeles. Em 1975 assinou contrato com a editora “Atlantic” e lançou o disco “Fame” inteiramente cantado em inglês. Organizou uma tournée pelo Japão e um concerto em Bruxelas.
Em 1976 fez a banda sonora do filme “Lipstick”, filme que foi um grande sucesso tanto nos Estados Unidos como noutros países. Em 1977 exprimiu numa canção a sua nostalgia pela França e decidiu interromper a sua carreira dedicando-se ao desporto e a novas tecnologias.
Em 1978 voltou ao país natal para se apresentar à justiça. Em 1981 regressou aos espectáculos com sucesso. Assinou ainda as bandas sonoras de vários filmes.
Em 1989 a vida artística em França voltou a sorrir-lhe. Atingido porém por cataratas nos dois olhos, quase que ficou cego. Escondeu-se das pessoas mais próximas, não saindo do hotel onde habitava e encharcando-se em vodka. As gravações de “Kama Sutra” foram feitas no hotel, com o bar a servir de estúdio e com os engenheiros de som num carro de exteriores parqueado em frente do edifício.
Em 1994 foi operado aos olhos numa cirurgia de alto risco. Voltou aos Estados Unidos no ano seguinte e deu um concerto em Los Angeles. Gravou “Live at the Roxy”, de que foram vendidos mais de um milhão de exemplares.
A primeira metade dos anos 2000 foi calma, apesar das múltiplas homenagens que lhe foram prestadas. Em 2007 voltou a actuar numa série de concertos no Palácio de Desportos de Paris - Bercy. No dia da França (14 de Julho), a pedido do Presidente Nicolas Sarkozy, deu um concerto no “Champs-de- Mars” para um milhão de pessoas.
Em 2010, Michel Polnareff receberá a Legião de Honra das mãos do Presidente da República Francesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário