EFEMÉRIDE – Álvaro Augusto Veiga de Oliveira, engenheiro civil, resistente antifascista e político português, morreu em Lisboa no dia 24 de Agosto de 2006. Nascera em São João da Pesqueira, em 25 de Janeiro de 1929.
Estudou no Instituto Superior Técnico, tendo-se ligado ainda muito novo ao Partido Comunista Português. Participou nas lutas académicas da década de 1960 e foi co-fundador da Betar, uma empresa de projectos da construção civil, com a qual tentou superar as dificuldades de emprego que atravessava o país.
Veiga de Oliveira foi preso várias vezes pela PIDE. Em Dezembro de 1965, teria ficado a deter o recorde de resistência à tortura do sono (37 dias). Após a revolução de 25 de Abril de 1974, foi ministro dos Transportes e Comunicações no IV Governo Provisório, ministro das Obras Públicas no VI Governo Provisório e ainda ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Setembro de 1975 a Fevereiro de 1976.
Foi, posteriormente, deputado à Assembleia da República e vice-presidente do grupo parlamentar do PCP (1976/1984). Em 1987, deixou o PCP, integrando em 1995 a Plataforma de Esquerda. Mais tarde, filiou-se no Partido Socialista.
Em 1998, publicou o livro “As Cercas”, seguindo-se “Burros sem Rabo” em 2000 e, por fim, com prefácio de José Jorge Letria, “Contos do Verosímil e do Transcendente”, em 2001.
Pediu para ser cremado e que da sua morte só fossem avisados alguns amigos mais íntimos.
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