EFEMÉRIDE
– John Marcellus Huston, actor e realizador de cinema
norte-americano, morreu em Middletown, Rhode Island, no dia 28 de Agosto de
1987. Nascera em Nevada, Missouri, em 5 de Agosto de 1906.
Além
do cinema, interessou-se por pintura, escultura e boxe. O pai era actor e a mãe
jornalista itinerante. Ambos se divorciaram quando ele tinha seis anos de
idade. De saúde débil, aos doze anos foi enviado para um sanatório, devido a
ter o coração dilatado e problemas renais.
Depois
dos estudos primários, dedicou-se ao boxe (anos 1920) e a uma série de
exercícios físicos para melhorar a saúde. Estudou pintura e trabalhou algum
tempo como jornalista e redactor.
Em
1935, foi para a Warner Brothers, onde foi cenarista, guionista e
colaborador de vários filmes. Estreou-se como realizador em 1941, com “The
Maltese Falcon”, cujo guião escreveu baseando-se numa novela de Dashiell
Hammett. Com este filme, tornou-se um dos mestres do chamado filme noir,
tendo dirigido ainda outro filme do género, que tinha a jovem Marilyn Monroe
como protagonista.
Diversos
dos seus filmes formaram um conjunto de obras das mais significativas da
história do cinema, verdadeiros clássicos. Nos últimos anos de vida, filmou
também duas incursões de Pelé no cinema, sendo a mais conhecida o filme “Fuga
para a vitória”.
Como
actor, protagonizou numerosos filmes, tendo ficado conhecido sobretudo a partir
dos anos 1960 por ter entrado nos filmes “The Cardinal” de Otto
Preminger e “Chinatown” de Roman Polanski.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, foi mobilizado para fazer parte da equipa de
cineastas militares da US Army sob a direcção de Frank Capra. Realizou
então três documentários que foram dos mais belos testemunhos sobre o conflito.
Saliente-se sobretudo “Let there be light” (1946), documento capital
sobre o tratamento psiquiátrico dos feridos de guerra. As imagens eram de tal
modo chocantes que foram rapidamente interditas, só voltando a ser vistas no Festival
de Nantes de 1981. Durante esta experiência, Huston iniciou-se nas técnicas
de hipnose, familiarizando-se com a obra de Freud.
Foi
nomeado quinze vezes para os Oscars, tendo ganho dois. Recebeu
igualmente três Globos de Ouro, um Leão de Ouro e um de Prata.
Os seus restos mortais repousam no Hollywood Forever Cemetery.
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