sábado, 11 de novembro de 2017

11 DE NOVEMBRO - CARLOS FUENTES


EFEMÉRIDE - Carlos Fuentes Macías, escritor e diplomata mexicano, nasceu na Cidade do Panamá em 11 de Novembro de 1928. Morreu na Cidade do México em 15 de Maio de 2012.
Além de romancista, Fuentes foi novelista e ensaísta. Filho de diplomatas mexicanos, nasceu no Panamá. Passou a sua infância em diversas capitais da América: Montevideo, Rio de Janeiro, Washington D.C., Santiago de Chile, Quito e Buenos Aires. Aos 16 anos, voltou ao México, onde residiu até 1965. Licenciou-se em Direito na Universidade Nacional Autónoma de México e em Economia no Instituto de Altos Estudos Internacionais de Genebra, Suíça.
Depois dos estudos, foi membro da delegação mexicana na OIT e adido de imprensa junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Foi embaixador do México em França a partir de 1975. Em 1977, renunciou ao posto em protesto contra a nomeação do ex-presidente mexicano Díaz Ordaz como primeiro embaixador do México em Espanha após a morte de Franco.
Em diversas ocasiões, manifestou-se favoravelmente a Fidel Castro embora, nalgumas outras oportunidades, fizesse críticas importantes ao governante cubano. Elogiou também a abertura de Raúl Castro.
Leccionou em Harvard, Cambridge, Princeton e outras universidades norte-americanas de renome internacional.
Ao longo da sua longa e profícua carreira, foram-lhe atribuídos diversos prémios e distinções, entre os quais o Prémio Miguel de Cervantes, em 1987, e o Prémio Príncipe de Astúrias (1994). Além das suas obras de ficção, também ficou conhecido pelos seus ensaios sobre política e cultura. Fuentes fez parte de um movimento literário formado no século passado por autores que criticavam as estruturas políticas arcaicas da América Latina.
Fundou a Revista Mexicana de Literatura em 1955, em colaboração com Octavio Paz, e a Editora Signo XXI.
Começou por escrever novelas e publicou assim “Dias de Carnaval” em 1954. Publicou o seu primeiro romance em 1958, “A Mais Límpida Região”, que critica a sociedade mexicana. Prosseguiu a sua carreira literária com “O Canto dos Cegos”, “Pele Nova”, “Terra Nostra” (Prémio Rómulo Gallegos 1977, a mais alta distinção literária da América Latina), “A Cabeça da Hidra” e “O Velho Gringo”, obras que lhe deram reconhecimento internacional.
Escreveu igualmente o cenário de “A Caça ao Homem” para o realizador de cinema Buñuel, segundo um romance de Alejo Carpentier. Escreveu também para teatro e diversos ensaios críticos, alguns publicados pelo jornal espanhol “El País”.
Faleceu aos 83 anos, um dia após ter sido premiado com o título de doutor honoris causa pela Universidade das Ilhas Baleares. Entre outras honras recebidas, foi também doutorado honoris causa pelas Universidades Freie Universität de Berlim (2004) e de Bordéus (2011). Recebeu igualmente a Ordem de Isabel a Católica (2009) e a Grande Medalha “vermeil” da Cidade de Paris (2010).

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