A sua família emigrou para o Brasil em 1954,
instalando-se na cidade de São Paulo, onde Maria Adelaide se formou em Jornalismo
na Escola de Comunicações da Fundação Cásper Líbero.
Durante dezasseis anos, trabalhou na Editora Abril
e já naquela época escreveu as suas primeiras peças teatrais.
Entrou na televisão em 1979, a convite do autor Lauro
César Muniz, para colaborar na novela “Os Gigantes”. No entanto, foi
apenas em 1990 que co-escreveu a telenovela “Meu Bem, Meu Mal”, com o
veterano Cassiano Gabus Mendes, e passa a dedicar a sua carreira às novelas.
Estreou a sua primeira telenovela como autora titular,
com o remake de “Anjo Mau”, exibido em 1997 e dirigido por Denise
Saraceni.
Desde 18 de Agosto de 1997, é agraciada com o grau de Comendador
da Ordem do Mérito.
Maria Adelaide é também tradutora de algumas peças de
dramaturgos estrangeiros, como Samuel Beckett e Ingmar Bergman.
Em 2002, Maria Adelaide chegou a escrever a novela “A
Dança da Vida”, que iria ser a sucessora de “A Padroeira”. No
entanto, a telenovela foi proibida pela Justiça de ser transmitida, nas
vésperas do início das gravações, devido aos temas políticos; o canal emissor
resolveu cancelá-la (já que fora ano eleitoral) e pediu a Emanuel Jacobina,
ex-autor de “Malhação”, para escrever uma história substituta, que seria
a novela “Coração de Estudante”.
Em 2007, entregou a sinopse de uma minisérie sobre
Maurício de Nassau, cancelada pela TV Globo devido aos altos custos da
produção; em vez disso, a emissora pediu a Maria Adelaide que desenvolvesse
outra sinopse, que resultou na minisérie “Queridos Amigos”, para a qual
adaptou o seu próprio livro (“Aos Meus Amigos”), em homenagem ao amigo
Décio Bar.
Entre 17 de Abril de 2009 e 3 de Julho de 2009, ao
lado de Lícia Manzo e Denise Saraceni, supervisionou a série “Tudo Novo de
Novo”, que tinha Júlia Lemmertz e Marco Ricca nos papéis principais, que retratava
a vida familiar.
Em 2010, escreveu a minisérie “Dalva e Herivelto -
Uma Canção de Amor” (sobre a vida da cantora Dalva de Oliveira e do cantor
e compositor Herivelto Martins), sucesso estrondoso com média de 29,4 pontos e
duas nomeações ao Emmy Internacional 2010.
Em 2010, escreveu a sua telenovela “Ti Ti Ti”,
um remake das obras de Cassiano Gabus Mendes, “Plumas e Paetês”
e “Ti Ti Ti” (versão original), que foram fundidas; a fusão da novela
ocorreu da seguinte forma: focada no mundo da moda, a novela teve a sua trama
romântica baseada em “Plumas e Paetês”, já a tensão no universo fashion
vinha de “Ti Ti Ti”; a novela foi protagonizada por Murilo Benício e
Alexandre Borges, representando “Ti Ti Ti” e Caio Castro e Ísis Valverde
representando “Plumas e Paetês”; a trama teve sucesso junto da crítica e
do público, tendo ganho o Troféu Imprensa de melhor novela.
Em 2012, escreveu a minisérie “Dercy
de Verdade” com a colaboração de Letícia Mey, baseada no livro “Dercy de Cabo a Rabo”, de autoria própria.
Em 2013 escreveu a novela “Sangue Bom”, a sua
primeira parceria com Vincent Villari e, em 2014, supervisionou os textos da minisérie
“Amores Roubados”, de autoria de George Moura.
No mesmo ano, entregou uma sinopse para uma novela
das 23:00, que não chegou a ser produzida; foi integrada ao grupo de
autores do horário nobre. Inicialmente, a sua segunda parceria com
Vincent, com o título “A Lei do Amor”, começaria a ser transmitida em Março
de 2016. No entanto, a Globo decidiu adiar por motivos políticos,
estreando apenas como substituta “Velho Chico”, de Benedito Ruy Barbosa
e Edmara Barbosa.
Maria Adelaide foi eleita em 2019 para a Academia
Paulista de Letras, sucedendo ao poeta Paulo
Bomfim, tendo sido empossada em Março de 2020 na cadeira nº 35.
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