segunda-feira, 24 de julho de 2023

24 DE JULHO - GIUSEPPE DI STEFANO

EFEMÉRIDE - Giuseppe Di Stefano, tenor de ópera italiano, nasceu em Motta Sant’Anastasia no dia 24 de Julho de 1921. Morreu em Santa Maria Hoè, em 3 de Março de 2008.

Nascido na província de Catânia, Sicília, a sua voz tinha um timbre aveludado e uma sonoridade suave. Começou a destacar-se no cenário lírico internacional no fim dos anos 1940, actuando em Itália, México e diversos outros países.

O apogeu da fama, nos anos 1950, acabou coincidindo com o início da sua decadência, no final daquela década, quando a sua voz começou a perder a flexibilidade e suavidade anteriores, provavelmente devido a uma certa indisciplina e desleixo quanto à sua própria carreira e ao facto de que, a partir de então, começou a adicionar ao seu repertório papéis para tenor lírico-spinto e até dramático, o que acabou por danificar a sua voz essencialmente lírica.

As suas interpretações mais conhecidas foram feitas ao lado de Maria Callas, com quem formou um famoso par operístico e manteve, durante certo tempo, um relacionamento amoroso. A primeira apresentação conjunta deles ocorreu em São Paulo, no Brasil, em “La Traviata”, de Verdi, no ano de 1951.

Di Stefano notabilizou-se, além da beleza da sua voz e da sua dicção exemplar, pela marcante carga dramática que imprimia aos seus papéis, sendo por isso, considerado um parceiro ideal de outra grande cantora-actriz da época, como Maria Callas.

Entretanto, ele actuou com as mais diversas cantoras da sua geração, como Renata Tebaldi e Leontyne Price, tendo sido um cantor extremamente versátil e prolífico enquanto durou o seu apogeu.

As suas maiores interpretações foram, sobretudo, no repertório italiano do Bel Canto (por exemplo, no “Edgardo de Lucia di Lammermoor”) e do Verismo (Canio, em “I Pagliacci”, ou Mario Cavaradossi, em “Tosca”), bem como nas óperas de Giuseppe Verdi (Alfredo, em “La Traviata”, e Alvaro, em “La Forza del Destino”, entre outros).

Nos anos 1970, Giuseppe Di Stefano voltou aos palcos, numa tournée de cerca de dois anos ao lado de Maria Callas. Contudo, o estado vocal desgastado dos dois era então notório, e a tournée, embora com sucesso de público, não teve grandes conquistas artísticas.

Ao longo da sua carreira, Di Stefano cantou muitas vezes e gravou outras vezes com a célebre soprano Maria Callas. Eles gravaram pela EMI (1953/1957).  

No entanto, algumas das suas gravações ao vivo com Maria Callas são ainda mais célebres do que as de estúdio, com o engajamento dramático dos dois cantores ainda mais nítido (1966/1957).

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