Participante
na junta que derrubou João Bernardo Vieira nos anos 1990 e um veterano
da guerra pela independência da Guiné-Bissau, Na Waie era membro do grupo
étnico balanta.
Foi
designado major-general do exército, como resultado do assassinato em Outubro
de 2004 do seu antecessor, Veríssimo Correia Seabra; a IRIN descreveu-o
como «uma figura de consenso colocada pelo poder militar que o governo se
viu obrigado a aceitar».
Um
“rival amargo” de Vieira, tanto antes da junta (tendo sobrevivido às purgas de
Vieira no exército guineense, nos anos 1980) como após o regresso de
Vieira ao poder, Na Waie sobreviveu a uma tentativa de assassinato em Janeiro
de 2009, quando uma milícia ligada ao palácio presidencial abriu fogo contra a
sua viatura oficial; a milícia negou que se tenha tratado de uma tentativa de
assassinato.
No
primeiro dia de Março de 2009, Na Waie foi morto numa explosão no quartel -geral
do exército guineense. Enquanto que testemunhas afirmaram ter visto uma granada
ser lançada, assistentes de Na Waie afirmaram que uma bomba foi detonada
debaixo de uma escadaria no gabinete de Na Waie.
Nas
primeiras horas do dia seguinte, Vieira foi morto, aparentemente por tropas
leais a Na Waie. Representantes militares negaram a ideia de que a morte de
Vieira se tenha tratado de uma retaliação. O porta-voz do exército Zamora
Induta afirmou, contudo, que Vieira tinha estado envolvido no assassinato de Na
Waie. Um oficial do exército disse, em 5 de Março, que Na Waie tinha encontrado
um pacote de cocaína pesando 200 quilos num hangar do exército, uma semana
antes de ser assassinado.
O
seu funeral decorreu no Clube Militar de Bissau em 8 do mesmo mês.
Em
26 de Março, foi noticiado que três importantes oficiais - os coronéis Arsene
Balde e Abdoulaye Ba e o brigadeiro-general Melcias Fernandes - tinham sido
presos nos dias anteriores, facto relacionado com o seu envolvimento na morte
de Na Waie.
Sem comentários:
Enviar um comentário