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domingo, 14 de maio de 2017
14 DE MAIO - BOBBY DARIN
EFEMÉRIDE
– Bobby Darin, de seu verdadeiro nome Walden Robert Cassotto, autor-compositor-cantor
e actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 14 de Maio de 1936. Morreu
em Los Angeles ,
em 20 de Dezembro de 1973. Foi um dos artistas norte-americanos mais populares
nas décadas 1950/60.
Teve
uma existência dramática, vindo do nada até atingir o estrelato. Bobby Darin,
desde o seu nascimento, enfrentou diversas dificuldades. Ainda na infância, um
médico constatou que ele sofria de doença grave, com implicações cardíacas, e previu-lhe
pouco tempo de vida. Esta a razão porque, já adulto, decidiu fazer tudo de
maneira muito intensa e viver cada dia como se fosse o último.
Bobby
é um exemplo de superação, encontrando força nas lembranças de infância, que nunca
esqueceu, e enfrentando a vida com alegria e acima de tudo com muito talento.
Para
começar, venceu uma infância extremamente difícil, porque além de ficar recluso
por causa da doença, sem poder brincar como as outras crianças, não conheceu o
pai, que morreu antes dele nascer.
Bobby
cresceu num bairro pobre e, mesmo contra as recomendações do médico no sentido de
não fazer muitos esforços, veio a tornar-se uma das maiores estrelas da América
de então.
Os
seus maiores sucessos foram as canções “Dream lover” e “Splish splash”.
A mãe, ao pensar que o filho talvez não chegasse aos 15 anos, incentivara-o a
aprender a tocar vários instrumentos, para se distrair.
Quando
foi à Itália gravar “Quando Setembro Vier”, conheceu aquela que viria a
ser a sua esposa, a também actriz Sandra Dee. Fez tudo para a conquistar e
acabou por o conseguir. Casaram-se em 1960, no dia seguinte ao fim das
gravações. Bobby começou depois a brilhar mais do que a sua companheira no
cinema, sendo mesmo nomeado para um Oscar. O seu brilho apagava o da
mulher. Este talvez tenha sido o maior problema no relacionamento. Em 1961,
nasceu o único filho, mas acabariam por se divorciar em 1967.
Lutando
muito, dia após dia, percorreu um caminho que o levou dos duvidosos clubes nocturnos
até ao seu destino de sonho, o Copacabana, onde levou multidões ao
delírio com as suas interpretações. Ele era o máximo, tanto a cantar como a
escrever ou a tocar, apesar da doença que o continuava a minar.
Isolado
e confuso, confiou nos amigos, na família e no seu extraordinário talento, para
“acalmar os demónios” e aceitar quem era e o que a sua vida significava. Ganhou
um Grammy em 1960.
No
cinema, em 1962, conquistou um Golden Globe Award. No ano seguinte,
recebeu o prémio de Melhor Actor no Festival de Cannes.
Por
causa de Sandra, Bobby interrompera a sua carreira para se dedicar mais à vida
particular e isso fez com que a sua fama se esfumasse.
Em
tempos de guerra, tentando dar uma volta por cima, Bobby começou a apoiar o
presidente Kennedy e a escrever músicas sobre a guerra do Vietname. Conseguiu ainda
recuperar o antigo esplendor ao voltar aos palcos. Foi operado uma primeira vez
ao coração em 1971.
Em
1972, chegou a ter um programa televisivo (na NBC). Meses depois, teve
de parar, vindo a falecer na sequência de nova cirurgia, em Dezembro de 1973.
Em
2004, foi lançado um filme sobre a sua história, “Beyond the Sea, realizado,
produzido e interpretado pelo cineasta e seu admirador Kevin Spacey.
sábado, 13 de maio de 2017
13 DE MAIO - JEAN AICARD
EFEMÉRIDE
– Jean François Victor Aicard, poeta, romancista e dramaturgo
francês, morreu em Paris no dia 13 de Maio de 1921. Nascera em Toulon, em 4
de Fevereiro de 1848.
O
pai era republicano e redactor de jornais da oposição à monarquia. Faleceu
quando ele tinha apenas cinco anos. Jean François fez os seus estudos em Macon
e no liceu de Nîmes, cursando depois Direito em Aix-en-Provence.
Foi
para Paris em 1867, onde publicou o primeiro livro, “Jeunes Croyances”, no
qual prestou homenagem ao escritor Lamartine. O sucesso obtido abriu-lhe as
portas dos meios parnasianos. Em 1869 e 1876, colaborou respectivamente,
na segunda e terceira recolha do “Parnaso Contemporâneo”.
Aicard
escreveu sobre as crianças, a bondade, o amor e, sobretudo, acerca da Provença,
evocada na sua beleza e luminosidade nos “Poèmes de Provence” (1864/1878).
Tornou-se muito popular o seu pitoresco romance “Maurin des Maures”
(1908). Como dramaturgo, merece destaque a peça “Le Père Lebonnard”
(1889), escrita em verso, que teve notável êxito em França e Itália.
Deixou
muitos livros publicados: 25 de poesia, 19 romances e novelas, 14 peças de
teatro e 4 ensaios.
Em
1894, tornou-se presidente da Société des Gens de Lettres. Em 1909,
entrou para a Academia Francesa. Em 1920, foi presidente da Câmara Municipal
de Solliès-ville. Faleceu aos 73 anos. O seu espólio literário está
conservado nos arquivos municipais de Toulon. Foi dado o seu nome a várias ruas
e escolas em França.
sexta-feira, 12 de maio de 2017
12 DE MAIO - RUTH DE SOUZA
EFEMÉRIDE
– Ruth Pinto de Souza, primeira actriz negra do teatro, do cinema
e da televisão brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 12 de Maio de 1921. Foi
a primeira brasileira nomeada para o Prémio de Melhor Actriz num
festival internacional de cinema (filme “Sinhá Moça”, no Festival de
Veneza em 1954).
Até aos
9 anos de idade, Ruth viveu numa fazenda em Minas Gerais. Com
a morte do pai, ela e a mãe voltaram a morar no Rio, numa vila no bairro de
Copacabana.
Interessou-se
pelo teatro e, em 1945, ingressou no Teatro Experimental do Negro, grupo
liderado por Abdias do Nascimento. Estreou-se no palco do Teatro Municipal
do Rio de Janeiro com a peça “O Imperador Jones”, de Eugénio
O'Neill. Em 1959, viveu outro momento especial no teatro, quando protagonizou “Oração
para uma Negra”, de William Faulkner, com Nydia Lícia e Sérgio Cardoso, no Teatro
Bela Vista, em São
Paulo.
Recebeu
uma bolsa de estudo da Fundação Rockefeller e passou um ano nos Estados
Unidos, estudando na Universidade de Harvard e na Academia Nacional
do Teatro.
Estreou-se
no cinema em 1948, com o filme “Terra Violenta”, baseado no romance “Terras
do Sem-Fim” de Jorge Amado. Participou em inúmeras produções, tais como “Falta
Alguém no Manicómio” (1948), “Também Somos Irmãos” (1950), “Ângela”
(1951) e “Terra É Sempre Terra” (1952). Em 1953, a sua participação em “Sinhá
Moça”, impulsionou ainda mais a sua carreira cinematográfica.
Na
década de 1950, participou em radionovelas e começou a actuar nos
teleteatros da TV Tupi. Em 1968, integrou o elenco da TV Globo,
onde se tornou a primeira negra a protagonizar uma telenovela – “A Cabana do
Pai Tomás”.
Actuou depois em mais de 30 telenovelas,
séries e mini-séries televisivas, em 13 filmes e em quatro peças de teatro. Em
2013, fez ainda parte do elenco da película “O Vendedor de Passados”. Agora,
considera-se aposentada, mas está lúcida e bem de saúde. Completa hoje 96 anos
de idade.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
11 DE MAIO - PEDRO DA SILVA MARTINS
EFEMÉRIDE
– Pedro da Silva
Martins, compositor, letrista e guitarrista português, nasceu em Lisboa no dia 11
de Maio de 1976. Tornou-se muito popular através do grupo Deolinda e
pela autoria de canções para outros artistas e interpretes como Mariza, Ana Moura,
António Zambujo, Cristina Branco, Hélder Moutinho, Melech Mechaya, Anabela,
Marafona e Rita Redshoes.
Foi
autor de vários textos e argumentos para a televisão portuguesa. Como músico,
foi membro fundador do grupo Bicho de 7 cabeças, onde se destacou como
letrista.
O
grupo Deolinda surgiu em 2006, a partir de quatro canções que ele compôs.
É autor de todas as músicas e letras do grupo. Alguns dos principais sucessos
musicais da banda são: “Movimento Perpétuo Associativo”, “Fon Fon Fon”,
“Fado Toninho”, “Clandestino”, “Mal por Mal”, “Um
Contra o Outro” e “Passou por Mim e Sorriu”. É ainda autor da letra
e da música “Parva que Sou”, que rapidamente se tornou quase um hino da
juventude.
Venceu
o prémio Melhor Canção do Ano de 2012, com o tema “Desfado”, escrito
para o disco homónimo de Ana Moura, atribuído pela Sociedade Portuguesa de
Autores. A mesma canção ganhou, em Maio de 2013, o Globo de Ouro para
Melhor Canção.
Em
2014, o álbum “Desfado” recebeu o Prémio Amália para Melhor Disco,
com a seguinte menção: «O júri decidiu atribuir o prémio a este álbum pelo
que ele encerra de qualidade poética, musical e interpretativa. Mas, sobretudo,
brindar a originalidade do tema que lhe dá título e que em nada belisca a
tradição, na inovação para a evolução».
Em
Outubro de 2014, a convite do ilustrador João Fazenda, estreou-se na escrita
para teatro com a peça infantil “Retrato Falado”, que esteve em cena no Teatro
Maria Matos. Em Novembro, foi uma das 30 figuras da música portuguesa
escolhidas para a edição especial dos 30 anos da revista “Blitz”.
Em
Julho de 2015, editou o livro infantil “Porque Chora o Rei?”, do qual é
co-autor com Leonor Tenreiro. O livro tem ilustrações de João Fazenda.
Em
2016, o álbum “Mundo” de Mariza, que inclui o tema “Saudade Solta”,
foi nomeado para os Grammy Latinos, na categoria de Melhor Álbum Pop Contemporâneo
em Língua Portuguesa. Em Março de
2016, tinha seis álbuns e 23 canções no top 30 nacional de vendas. Em
Dezembro, foi um dos 16 autores convidados pela RTP para compor um tema
para o Festival da Canção 2017.
quarta-feira, 10 de maio de 2017
10 DE MAIO - HTIN AUNG
EFEMÉRIDE
– Maung Htin Aung, importante escritor e erudito da história e
cultura de Myanmar, morreu em Rangoon no dia 10 de Maio de 1978. Nascera na
mesma cidade em 18 de Maio de 1909.
Educado
nas Universidades de Oxford e Cambridge, Htin Aung escreveu vários
livros sobre história e cultura birmanesa, em birmanês e em inglês. Os seus
trabalhos em inglês trouxeram uma perspectiva birmanesa para o estudo
internacional da história da Birmânia, até então escrita por historiadores
britânicos da era colonial. Entre as suas obras mais importantes incluem-se “A
History of Burma” (1967), “Folk Elements in Burmese Buddhism” (1962)
e “Burmese Drama” (1937).
Htin
Aung, como reitor da Universidade de Rangoon de 1946 a 1958, ocupou o
mais alto cargo académico do sistema de ensino birmanês, na época.
Nascido
numa família aristocrática da Birmânia, era trineto de um oficial que lutou na Primeira
Guerra Anglo-Birmanesa (1824/26). Tinha três irmãos, um dos quais viria a
ser ministro das Finanças, sendo assassinado em 1947. Frequentou a
escola da elite de Yangon, a St. Paul's English High School. Recebeu o
título de bachelor of Laws da Universidade de Cambridge, de bacharel
em Direito Civil
da Universidade de Oxford e foi doutorado em Antropologia e Literatura.
Foi
nomeado embaixador do seu país no Sri Lanka, de 1959 a 1962. Mais tarde,
tornou-se professor visitante da Universidade de Columbia e, em seguida, da Universidade de
Wake Forest.
As
suas obras continuam a ser muito utilizadas para o estudo da história e da
cultura de Myanmar (ex Birmânia).
terça-feira, 9 de maio de 2017
9 DE MAIO - CAPELA
EFEMÉRIDE
– Manuel Maria Nogueira Capela, um dos melhores guarda-redes de futebol
portugueses na década de 1940, nasceu em Angeja no dia 9 de Maio de 1922.
Tendo
iniciado a carreira em clubes da sua região (SC Beira Mar e AD Ovarense),
foi no CF “Os Belenenses” (1943/48) que começou a destacar-se. Foi peça
fundamental no único título de Campeão Nacional conquistado pelo Belenenses
até hoje (1945/46).
Capela,
Vasco e Feliciano (os três defesas) eram então conhecidos como as “Torres de
Belém”, quer pela sua estatura (deveras impressionante a de Capela) quer pela
quase inexpugnável muralha defensiva que formavam em campo.
Estreou-se
na Selecção Nacional em Maio de 1947, contra a Selecção da Suíça
(2-2) e foi titular na primeira vitória contra a Selecção de Espanha
(4-1).
Transferiu-se
para a Associação Académica de Coimbra (1949/56), a fim de prosseguir os
estudos, um seu velho sonho. A única contrapartida que o Belenenses
conseguiu foi a de que «se saísse da Académica, regressaria ao seu
antigo clube».
Foi
finalista da Taça de Portugal em 1951, em representação da Académica
de Coimbra.
Segundo
ele próprio, os seus êxitos ficavam a dever-se às duras sessões de treinos
semanais, umas de ginástica e outras de futebol. Completa hoje 95 anos.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
8 DE MAIO - JOÃO HAVELANGE
EFEMÉRIDE
– João Havelange, de seu verdadeiro nome Jean-Marie Faustin Goedefroid
Havelange, advogado, empresário, atleta e dirigente desportivo brasileiro,
nasceu no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1916. Morreu na mesma cidade em 16
de Agosto de 2016.
Havelange
praticou natação e pólo aquático, obtendo uma medalha de bronze nos Jogos
Pan-Americanos de 1955. Como dirigente, destacou-se por ser o sétimo
presidente da FIFA, de 1974 a 1998, precedido no cargo por Sir Stanley
Rous e sucedido por Joseph Blatter. De 1963 a 2011, foi membro do Comité Olímpico
Internacional. Em 1998, foi eleito presidente de honra da FIFA. Era também
adepto e presidente de honra do Fluminense FC.
Filho
de um belga, comerciante de armas radicado no Rio de Janeiro, onde possuía uma
grande propriedade que se estendia pelos actuais bairros de Laranjeiras, Cosme
Velho e Santa Teresa, dedicou-se desde a infância às práticas desportivas.
No Fluminense,
foi escoteiro e atleta, infantil, juvenil e adulto, destacando-se em várias
modalidades, inclusivamente no futebol, sendo campeão carioca juvenil em 1931.
Ainda nesta década, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito
da Universidade Federal Fluminense e competiu como nadador nas Olimpíadas
de Berlim, em 1936. Brilhou como jogador de pólo aquático nos JO de Helsínquia
(1952), além de chefiar a delegação brasileira em Melbourne 1956.
Posteriormente,
foi dirigente desportivo, inicialmente na Federação Paulista de Natação,
já que residia em São Paulo
desde 1948. Quando voltou ao Rio de Janeiro em 1952, tornou-se presidente da Federação
Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de
Desportos. Nesta época, além de accionista, ocupava o cargo de director executivo
da Viação Cometa, tradicional empresa de transporte rodoviário de
passageiros que opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e
Paraná.
De
1958 a 1975, presidiu a Confederação Brasileira de Desportos, que
congregava, então, 24 modalidades e não somente o futebol. Durante este
período, o futebol brasileiro atingiu o auge da sua história, sagrando-se Tricampeão
Mundial com a conquista dos Mundiais de 1958 na Suécia, de 1962
no Chile e de 1970 no México.
João
Havelange, após a morte do pai, recebeu convite para dar continuidade aos
negócios do comércio de armamento, mas não aceitou por ter verdadeira aversão a
armas.
Em Setembro
de 1960, foi feito comendador da Ordem da Instrução Pública. Em Novembro
de 1963, foi elevado a grande-oficial da mesma Ordem.
Foi
eleito para o Comité Olímpico Internacional (COI) em 1963, com quase
40 anos de mandato ininterrupto.
Eleito
para a FIFA em 1974, permaneceu à sua frente até 1998. Organizou seis Mundiais,
visitou 186 países e trouxe a China (afastada durante mais de 25 anos por
razões políticas), de regresso à FIFA. Criou também os Campeonatos
Mundiais de Futebol nas categorias infanto-juvenil, juvenil, juniores
e feminina.
Em
Junho de 1991, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito. Quando
deixou a presidência da FIFA em 1998, já eleito presidente de honra,
passou a dedicar-se ao trabalho filantrópico junto das Aldeias
Internacionais SOS.
Pesquisa
realizada pelo COI, em 1999, apontou Havelange como um dos três maiores
“Dirigentes do Século”, juntamente com o barão Pierre de Coubertin,
fundador do COI e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna,
e o ех-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch.
Havelange
recebeu várias condecorações, como a Légion d'Honneur (França), a Ordem
de Mérito Especial em Desportos (Brasil), a comenda da Ordem do Infante
Dom Henrique (1961, Portugal), e foi feito cavaleiro da Ordem de Vasa
(Suécia). Em 2002, a Universidade Federal do Rio de Janeiro outorgou-lhe
o doutoramento honores causa. Foi dado o seu nome a vários estádios
brasileiros.
Em Março
e Abril de 2012, foi hospitalizado no Rio para se tratar de uma infecção no
tornozelo direito, o que exigiu um período nos cuidados intensivos. Em Abril de
2013, renunciou ao cargo de presidente honorário da FIFA por «questões
de saúde e razões pessoais». Havelange foi novamente internado em Junho
de 2014, para se tratar de uma infecção pulmonar e, em Novembro de 2015, com
problemas respiratórios. Morreu aos 100 anos, no seguimento de uma pneumonia.
domingo, 7 de maio de 2017
7 DE MAIO - VASCO DANTAS
EFEMÉRIDE
– Vasco Silva Dantas Rocha, pianista português, nasceu no Porto
em 7 de Maio de 1992. Encontra-se actualmente no 4.º ano de licenciatura no
Royal College of Music, tendo como professores Dmitri Alexeev e Niel
Immelman.
Iniciou
os seus estudos de piano aos 4 anos de idade, tendo como professores Margarida
Marinho e Ricardo Fráguas. Com 6 anos, fez a sua primeira apresentação em público,
no Museu do Carro Eléctrico do Porto.
Em
2000, foi admitido no Conservatório de Música do Porto, sob a orientação
da professora Rosgard Lingardsson, da qual foi aluno até terminar o Curso
Complementar de Piano em 2010, com a nota máxima. Nesse mesmo ano, ingressou
no Royal College of Music, em Londres. Além do piano, concilia paralelamente o
estudo de violino.
Vasco
Dantas já obteve inúmeros prémios, destacando-se: o Esther Fisher Prize (2013),
o Prémio Henry Wood Trust (2011 e
2012) e o Prémio Casa da Música (2009).
Ganhou
ainda, entre outros: o Concurso Internacional de Piano do Fundão (2007);
o Concurso Internacional de Piano do Alto Minho (2007), o Prémio Real
Clube Náutico de Vigo (2006 e 2010), o Concurso Internacional de Piano
Florinda Santos (2010), o Concurso de Piano Marília Rocha (2006), o Concurso
de Piano Elisa Pedroso (2009), o Concurso de Música de Câmara Maestro
Ivo Cruz (2004 e 2008) e o Concurso de Piano de Paços Premium
(2007).
Iniciou
os seus estudos de violino em 1999, na Academia de Música A PAUTA, onde
foi aluno dos professores Joana Seybert Jesus e José Paulo Jesus, até 2010.
Destacou-se
ainda como concertino, na Orquestra Metropolitana de Lisboa
Júnior. Integrou, como 1º violino, a Orquestra Momentum Perpetuum,
dirigida pelo maestro inglês Martin André, e a Orquestra de Jovens dos
Conservatórios Oficiais de Música, como 2º violino.
Já
participou em muitos cursos de aperfeiçoamento de piano e violino, com vários
professores conceituados. Foi diversas vezes aconselhado também pelos maestros
Ivo Cruz e Martin André.
Em
2011, deu um recital de piano a solo, na famosa Sala Suggia da Casa
da Música. Tocou também a solo com várias orquestras, entre elas a Orquestra
Sinfónica do Porto.
Além
de actuações em Portugal, já tocou no Brasil, Espanha, Grécia, França, Alemanha
e Reino Unido. Foi entrevistado pela RDP, Antena 2 e Porto
Canal. Gravou diversos CD, um deles a convite da Rádio Galega.
sábado, 6 de maio de 2017
6 DE MAIO - YASUSHI INOUE
EFEMÉRIDE
– Yasushi Inoue, escritor japonês, nasceu em Asahikawa (Hokkaido) no dia 6
de Maio de 1907. Morreu em Tóquio, em 29 de Janeiro de 1991. Recebeu
numerosos prémios durante a sua carreira literária.
Filho
de um cirurgião militar, que era frequentemente mudado de local de trabalho,
Yusushi foi educado durante algum tempo pela companheira do seu bisavô, uma
antiga geisha a quem ele chamava avó. Praticou assiduamente judo, chegando a
cinturão negro.
Começou
a escrever poemas em 1929. Depois dos estudos de Filosofia em Quioto e
de uma tese sobre Paul Valéry, lançou-se na literatura, publicando poemas e
novelas em diversas revistas. Foi depois jornalista, carreira interrompida pelo
serviço militar (1937/38).
Ficou
bastante conhecido quando uma das suas novelas foi galardoada com o prestigioso
Prémio Akutagawa (1949). Nos anos seguintes, publicou um grande número
de romances e novelas, muitas das vezes com temas históricos minuciosamente
documentados, como “A Telha de Tenpyō (1957) e “O Mestre de Chá”
(1981).
Eleito
para a Academia das Artes, presidiu também a Associação Literária
Japonesa, de 1969 a 1972. Recebeu a Ordem Nacional do Mérito em 1976
e foi vice-presidente do PEN Clube Internacional em 1984.
Algumas
das suas obras foram adaptadas ao cinema, como “Furin kazan” (1953), “Asunarô”
(1955) e “Honkakubō Ibun” (1981).
sexta-feira, 5 de maio de 2017
5 DE MAIO - RAÚL JIMÉNEZ
EFEMÉRIDE
– Raúl Alonso Jiménez Rodríguez, futebolista mexicano que joga
actualmente no SL Benfica, nasceu em Tepeji no dia 5 de Maio de 1991.
Depois
de várias dúvidas e incertezas quanto à vinda do jogador para o Benfica,
o avançado mexicano foi apresentado oficialmente em Agosto de 2015, contratado por
5 épocas.
Estreou-se
na Selecção Mexicana principal em Janeiro de 2013, frente à Dinamarca.
No mesmo ano, foi Campeão do México pelo CF América. Em
representação do C. Atlético de Madrid, venceu a Super Taça de
Espanha (2014).
Já
com a camisola do Benfica, foi Campeão de Portugal e venceu a Taça
da Liga em 2015/16. Conquistou igualmente a Super Taça Cândido de
Oliveira em 2016.
Consta
ainda no seu palmarés, em representação do México (Sub-23), os Jogos Pan-americanos
(2011), o Torneio de Toulon (2012) e o Torneio dos Jogos Olímpicos
do mesmo ano.
quinta-feira, 4 de maio de 2017
4 DE MAIO - A TRAGÉDIA DE SUPERGA
EFEMÉRIDE
– A tragédia de Superga foi um acidente aéreo ocorrido em Itália no dia 4 de
Maio de 1949 e no qual pereceu a equipa de futebol do Torino FC.
Durante
a disputa de um amistoso entre a Itália e Portugal, realizado em 27 de Fevereiro
de 1949, a equipa italiana goleou a equipa lusa por 4 a 1. Prestes a encerrar a
carreira, Francisco Ferreira, capitão da equipa portuguesa, convenceu os
dirigentes italianos a marcarem um jogo entre o seu clube, o SL e Benfica,
e o Torino, tetra-campeão italiano. Seria a sua festa de despedida.
Inicialmente
contrário à disputa de um jogo particular durante a recta final do campeonato
italiano, o presidente do Torino, Ferrucio Novo, resolveu – no entanto –
aceitar o amistoso para o dia 3 de Maio em Lisboa. O Benfica
viria a vencer o jogo por 4-3 na presença de 40 000 espectadores.
O Fiat
G.212, no qual a delegação do Torino voltou a Itália, era um dos
mais recentes projectos aeronáuticos da indústria italiana do pós-guerra.
O
avião da Avio Linee Italiane, antecessora da Alitália, descolou
às 9h52 do Aeroporto de Lisboa e fez escala para reabastecimento em Barcelona
às 13h15, como previsto. A descolagem do aeroporto de Barcelona ocorreu às 14h50.
Ao aproximar-se do espaço aéreo italiano, a tripulação recebeu a informação
meteorológica que indicava denso nevoeiro, com visibilidade horizontal abaixo
de quarenta metros.
As 16h59,
o comandante avisou a torre de Turim que estava a iniciar os procedimentos de
aproximação visual para realizar a aterragem. Durante a manobra, a aeronave
desceu perigosamente e – às 17h05 – embateu em cheio contra o muro posterior do
terrapleno da Basílica de Superga, matando todos os passageiros e tripulantes.
A
tragédia abalou profundamente a Itália. Mais de 500 mil pessoas acompanharam o
cortejo fúnebre, realizado dois dias depois. O Torino era a melhor equipa
da época, apelidado de Grande Torino, 4 vezes campeão de forma
consecutiva e caminhava para o 5º título. Após a tragédia, a equipa do Torino
decidiu colocar jogadores juvenis para concluir as 4 jornadas restantes do
campeonato, no que foi seguida pelos principais clubes italianos. No final do
campeonato, o Torino conquistou seu 5º título.
O
acidente acabou também com a base da selecção italiana, que disputaria os Mundiais
de 1950 no Brasil. A Itália foi eliminada na primeira fase. Após a
tragédia, o Torino entrou em decadência e só venceu um campeonato
italiano em 1975/76.
No
acidente morreram, além dos jogadores, treinadores, dirigentes e jornalistas
que acompanhavam a equipa. Escaparam ao acidente o jogador Sauro Toma, que
ficara em Itália por estar lesionado,
e o célebre Ladislao Kubala, que não fez a viagem por ter um filho bastante
doente.
quarta-feira, 3 de maio de 2017
3 DE MAIO - CHRISTOPHER CROSS
EFEMÉRIDE
– Christopher Cross, de seu verdadeiro nome Christopher Charles
Geppert, compositor, guitarrista e cantor norte-americano, nasceu em San António do Texas
no dia 3 de Maio de 1951.
Foi premiado
5 vezes com os Grammy Awards e já vendeu cerca de nove milhões de discos
em todo o mundo. Considera ter recebido influências dos Beach Boys e de Joni
Mitchell.
Começou
a sua carreira nos anos 1970, participando na banda de rock Flash.
Nessa época, Christopher foi uma espécie de ídolo da guitarra no Texas, o que
lhe valeu a oportunidade de substituir Ritchie Blackmore num concerto dos Deep
Purple. Ritchie estava engripado e não conseguia tocar, mas o produtor e a
banda resolveram fazer o show com o jovem guitarrista local.
No
final da década, Christopher decidiu partiu para uma carreira individual,
assinando – em 1979 – um contrato com a Warner e lançando o seu primeiro
álbum a solo em 1980. Embora bem sucedido, sobretudo com a canção “Sailing”,
só alcançou fama internacional no ano seguinte, com a participação na banda
sonora do filme “Arthur” (estrelado por Liza Minnelli e Dudley Moore),
com o tema “Arthur's Theme (Best That You Can Do)”. Esta canção,
composta com Burt Bacharach e Carole Bayer Sager, ganhou o Oscar de Melhor Canção
Original.
Apesar
de não lançar discos com composições inéditas desde 1998, Christopher continuou
a apresentar-se pelo mundo fora. Em 2007, foi agraciado com uma estrela na Calçada
da Fama da Música do Sul do Texas, em Corpus Christi. No
seu concerto durante este evento, contou que «estava a trabalhar em
composições para a sua filha, que tinha iniciado também uma carreira musical, e
que pretendia lançar um disco com versões em espanhol dos seus maiores êxitos».
Em
2011, gravou o álbum “Doctor Faith”. Para a promoção desde CD, actuou em
Paris no Trianon, concerto que foi filmado e publicado em DVD (“A
night in Paris” - 2013). Em 2015, participou na tournée dos Zenith “À
volta de uma guitarra”, ao lado de outros grandes guitarristas.
terça-feira, 2 de maio de 2017
2 DE MAIO - PAUL GUIMARD
EFEMÉRIDE
– Paul Guimard, jornalista e escritor francês, morreu em Hyères no dia 2 de
Maio de 2004. Nascera em Saint-Mars-la-Jaille, em 3 de Março de 1921.
Paul
Guimard fez os estudos secundários em Nantes, no colégio católico Saint-Stanislas,
começando de seguida a sua via profissional como jornalista. Durante a Guerra,
foi cronista dos periódicos “L'Écho de la Loire” e “L'Ouest-Éclair”.
Ingressou
seguidamente no jornal falado da Radiodiffusion française (RDF),
onde criou “La Tribune de Paris”, em que dirigiu debates durante quatro
anos. Em 1945, escreveu a comédia “Septième ciel”, que foi representada
em público.
Foi
em 1956 que começou verdadeiramente a sua carreira literária, publicando o
primeiro romance, “Les Faux Frères”, com o qual ganhou o Grande
Prémio do Humor. No mesmo ano, fez na rádio uma série de entrevistas com Joseph
Kessel e Henry de Monfreid.
No
ano seguinte, o seu romance “Rue du Havre” foi coroado com o Prémio Interallié.
Três anos mais tarde, faria parte do júri deste mesmo prémio. Em 1960,
co-escreveu – com Antoine Blondin – a comédia “Un garçon d'honneur”. Um
ano mais tarde, publicou “L'Ironie du sort” que foi adaptado ao cinema
por Édouard Molinaro em 1973.
Em
1962, fez uma volta ao mundo a bordo de um veleiro, contando em directo as suas
impressões para uma emissora de rádio. Por volta de 1965, teve um encontro com
François Mitterrand, a pedido deste.
Em
1967, foi publicado o seu romance mais conhecido, “Les Choses de la vie”,
que foi adaptado ao cinema por Claude Sautet, com Romy Schneider e Michel
Piccoli nos principais papéis e com uma alteração significativa do seu final. O
filme recebeu o Prémio Louis-Delluc em 1970.
Escreveu
em 1970 o guião e os diálogos do folhetim “Les Cousins de la Constance”,
transmitido pelo canal ORTF.
De
1971 a 1975, foi editorialista do semanário “L’Express” e conselheiro
das edições Hachette. Publicou, em 1976, “Le Mauvais temps”, obra
em que descreve a ‘preponderância da vontade sobre o fatalismo, a indecisão e a
submissão ao acaso’.
Em
1981, depois da vitória de Mitterrand nas Presidenciais, foi
“encarregado de missão” junto do presidente da República até Agosto de 1982. De
1982 a 1986, foi membro da Alta Autoridade da Comunicação Audiovisual.
A
partir de 1986, voltou à literatura com um ensaio sobre o dramaturgo Jean
Giraudoux e escreveu vários romances.
Em
1993, recebeu o Prémio da Fundação Prince-Pierre-de-Monaco, pelo
conjunto da sua obra. Esposou em 1952 a romancista Benoîte Groult, com quem teve uma filha e
duas paixões em comum – a escrita e o mar.
segunda-feira, 1 de maio de 2017
1 DE MAIO - JUDY COLLINS
EFEMÉRIDE
– Judith “Judy” Marjorie Collins, cantora e compositora
norte-americana, nasceu em Seattle no dia 1 de Maio de 1939. É conhecida
pelos estilos diferentes de música que grava (que incluem folk, pop
e rock and roll) e pelo seu activismo social.
Judy
era a mais velha de cinco irmãos. Em 1949, o pai – um cantor cego e disc-jockey
da rádio – encontrou trabalho em Denver e para lá levou toda a família.
Judy,
doente de poliomielite aos 12 anos, teve de ficar na cama de um hospital
durante dois meses. Recebeu depois formação de pianista clássica e actuou em
publico, aos 13 anos, tocando Mozart.
Era
no entanto a música folk que mais a atraía. Começou a tocar guitarra e a
cantar em clubes na Greenwich Village (Nova Iorque), interpretando canções de Pete
Seeger, Jacques Brel e Bob Dylan ou então toadas tradicionais.
Casou
em 1958 com Peter Taylor e foi mãe de um rapaz. Divorciou-se em 1965.
Judy
Collins percorreu muitos caminhos na revolução da música popular
norte-americana dos anos 1960. Interpretou Richard Fariña, Randy Newman
e Donovan, quando poucos o faziam, e – em 1963 – cantou “Turn! Turn! Turn!”,
segundo um primeiro arranjo de Roger McGuinn.
Começou
a carreira discográfica aos 22 anos. O título de estreia, “A Maid of
Constant Sorrow”, sintetiza bem o seu tom até meados da década. Assinou
seguidamente um contrato com a Elektra Records, que foi a sua editora/gravadora
durante 35 anos.
Passou
depois a escolher, para novos álbuns, canções de Bob Dylan ou Phil Ochs. Tinha
um dom excepcional para reconhecer talentosos escritores de canções. Interpretando as suas composições, Judy deu a
conhecer alguns artistas como Leonard Cohen (“Bird on the Wire”) e Joni
Mitchell (“Both Sides Now”).
Teve
grande sucesso em 1967 com o álbum “Wildflowers” (que incluía as suas
primeiras composições, mas também “Both Sides Now”), que lhe
proporcionou um Grammy Award em 1968.
Durante
os anos 1970, a sua sólida reputação de cantora de folk não a
impediu de ter um reportório mais eclético, com canções de gospel e
outras de sua autoria. O álbum “Judith” (1975) deu-lhe outro Grammy
Award.
Judy
Collins escreveu também as suas memórias e algumas novelas na década de 1980,
continuando a gravar discos e a dar concertos. Tornou-se igualmente
representante da UNICEF, militando pela supressão de minas. O suicídio
do seu filho, após uma longa depressão e consumo de drogas, levou Judy a
organizar igualmente uma campanha de prevenção contra o suicídio.
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