segunda-feira, 8 de maio de 2017

8 DE MAIO - JOÃO HAVELANGE

EFEMÉRIDEJoão Havelange, de seu verdadeiro nome Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange, advogado, empresário, atleta e dirigente desportivo brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1916. Morreu na mesma cidade em 16 de Agosto de 2016.
Havelange praticou natação e pólo aquático, obtendo uma medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 1955. Como dirigente, destacou-se por ser o sétimo presidente da FIFA, de 1974 a 1998, precedido no cargo por Sir Stanley Rous e sucedido por Joseph Blatter. De 1963 a 2011, foi membro do Comité Olímpico Internacional. Em 1998, foi eleito presidente de honra da FIFA. Era também adepto e presidente de honra do Fluminense FC.
Filho de um belga, comerciante de armas radicado no Rio de Janeiro, onde possuía uma grande propriedade que se estendia pelos actuais bairros de Laranjeiras, Cosme Velho e Santa Teresa, dedicou-se desde a infância às práticas desportivas.
No Fluminense, foi escoteiro e atleta, infantil, juvenil e adulto, destacando-se em várias modalidades, inclusivamente no futebol, sendo campeão carioca juvenil em 1931. Ainda nesta década, licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense e competiu como nadador nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Brilhou como jogador de pólo aquático nos JO de Helsínquia (1952), além de chefiar a delegação brasileira em Melbourne 1956.
Posteriormente, foi dirigente desportivo, inicialmente na Federação Paulista de Natação, já que residia em São Paulo desde 1948. Quando voltou ao Rio de Janeiro em 1952, tornou-se presidente da Federação Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos. Nesta época, além de accionista, ocupava o cargo de director executivo da Viação Cometa, tradicional empresa de transporte rodoviário de passageiros que opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
De 1958 a 1975, presidiu a Confederação Brasileira de Desportos, que congregava, então, 24 modalidades e não somente o futebol. Durante este período, o futebol brasileiro atingiu o auge da sua história, sagrando-se Tricampeão Mundial com a conquista dos Mundiais de 1958 na Suécia, de 1962 no Chile e de 1970 no México.
João Havelange, após a morte do pai, recebeu convite para dar continuidade aos negócios do comércio de armamento, mas não aceitou por ter verdadeira aversão a armas.
Em Setembro de 1960, foi feito comendador da Ordem da Instrução Pública. Em Novembro de 1963, foi elevado a grande-oficial da mesma Ordem.
Foi eleito para o Comité Olímpico Internacional (COI) em 1963, com quase 40 anos de mandato ininterrupto.
Eleito para a FIFA em 1974, permaneceu à sua frente até 1998. Organizou seis Mundiais, visitou 186 países e trouxe a China (afastada durante mais de 25 anos por razões políticas), de regresso à FIFA. Criou também os Campeonatos Mundiais de Futebol nas categorias infanto-juvenil, juvenil, juniores e feminina.
Em Junho de 1991, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito. Quando deixou a presidência da FIFA em 1998, já eleito presidente de honra, passou a dedicar-se ao trabalho filantrópico junto das Aldeias Internacionais SOS.
Pesquisa realizada pelo COI, em 1999, apontou Havelange como um dos três maiores “Dirigentes do Século”, juntamente com o barão Pierre de Coubertin, fundador do COI e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e o ех-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch.
Havelange recebeu várias condecorações, como a Légion d'Honneur (França), a Ordem de Mérito Especial em Desportos (Brasil), a comenda da Ordem do Infante Dom Henrique (1961, Portugal), e foi feito cavaleiro da Ordem de Vasa (Suécia). Em 2002, a Universidade Federal do Rio de Janeiro outorgou-lhe o doutoramento honores causa. Foi dado o seu nome a vários estádios brasileiros.
Em Março e Abril de 2012, foi hospitalizado no Rio para se tratar de uma infecção no tornozelo direito, o que exigiu um período nos cuidados intensivos. Em Abril de 2013, renunciou ao cargo de presidente honorário da FIFA por «questões de saúde e razões pessoais». Havelange foi novamente internado em Junho de 2014, para se tratar de uma infecção pulmonar e, em Novembro de 2015, com problemas respiratórios. Morreu aos 100 anos, no seguimento de uma pneumonia.

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