terça-feira, 12 de setembro de 2006

EFEMÉRIDE – Amílcar Lopes Cabral, agrónomo, intelectual, escritor, poeta, revolucionário e político guineense, nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau, em 12 de Setembro de 1924. Aos 8 anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, onde completou o curso liceal em 1943.
Em 1945, obteve uma bolsa de estudos e ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Após se licenciar em 1950, trabalhou dois anos na Estação Agronómica de Santarém.
Contratado pelos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. As suas actividades políticas trouxeram-lhe, no entanto, problemas com as autoridades coloniais e foi obrigado a emigrar para Angola.
Em 1959, juntamente com Aristides Pereira, com o seu meio-irmão Luís Cabral e outros, fundou o partido clandestino PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e do Cabo Verde. Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri. Em 23 de Janeiro de 1963 teve início a luta armada contra Portugal.
Em 1970, Amílcar Cabral, acompanhado de Agostinho Neto (Angola) e de Marcelino dos Santos (Moçambique), foi recebido pelo Papa Paulo VI em audiência privada, o que constituiu mais um duro golpe para o regime fascista português.
Em 1972, a ONU considerou oficialmente o PAIG como legítimo representante dos povos da Guiné e de Cabo Verde.
Em 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral foi assassinado em Conacri por dois membros guineenses de seu próprio partido, julga-se que manipulados ou com a conivência da polícia política portuguesa. Não chegou, assim, a assistir à auto-proclamação da independência do seu país, seis meses mais tarde, nem ao seu reconhecimento após a Revolução dos Cravos em Portugal.
Amílcar Cabral deixou uma obra teórica notável, com vários textos sobre cultura, sociologia, política e revolução, tendo sido autor igualmente de muitos poemas.

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