terça-feira, 19 de setembro de 2006

EFEMÉRIDEPaulo Freire, pedagogo brasileiro, nasceu no Recife em 19 de Setembro de 1921. Morreu no dia 2 de Maio de 1997 em São Paulo.
Foram os seus pais que lhe inculcaram desde bastante cedo a importância do diálogo e do respeito pela opinião dos outros, que ele iria aplicar na aproximação pedagógica dos adultos.
A família sofreu as consequências da grande Depressão dos anos 20 e só quando a situação financeira se restabeleceu, ele se pôde inscrever na Universidade do Recife para estudar Direito, exercendo simultaneamente a profissão de professor de Português.
Apesar da sua formação em Direito, lia muitas obras sobre Pedagogia, Filosofia e Sociologia da Educação. Logo que acabou o curso foi trabalhar na «Assistência Social» e, mais tarde, foi Director do Departamento de Educação, Cultura e Trabalho Social do Estado de Pernambuco. Esteve, assim, desde logo em contacto com os mais pobres dos centros urbanos e lançou as bases da sua dialéctica pedagógica da educação de adultos.
Nos anos 60 foi nomeado Director de um serviço na Universidade do Recife e elaborou um programa de alfabetização sobretudo para os milhares de camponeses do Nordeste.
Em 1964, um golpe de estado derrubou o governo e todos os movimentos progressistas foram eliminados. Paulo Freire foi preso, acusado de actividades subversivas e interrogado durante setenta dias. Foi este o acontecimento determinante para ele começar a redacção da sua obra «A Educação como prática da Liberdade». Foi expulso para o Chile, onde trabalhou durante cinco anos num programa de alfabetização, tendo a UNESCO reconhecido então os esforços deste país na matéria.
Nos anos 70, Paulo Freire entrou em contacto com outras realidades: as revoltas estudantis, a luta pela integração dos negros e a oposição à guerra do Vietname, nos Estados Unidos. Descobriu assim que a repressão e exclusão dos desfavorecidos não eram apanágio do Terceiro-Mundo.
Em 1980, voltou ao Brasil onde desenvolveu uma intensa intervenção socio-educativa, participando também activamente na vida política.
Em 1989, tornou-se Secretário da Educação no Município de São Paulo e dirigiu a reforma escolar. Em dois anos e meio tentou transformar profundamente todo o sistema. Procurou por exemplo melhorar as escolas e as suas infra-estruturas escolares e pedagógicas. Procurou igualmente melhorar os salários dos professores e renovar os Programas.
Morreu pouco depois da publicação do seu último livro – a Pedagogia da autonomia.

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