segunda-feira, 4 de setembro de 2006

EFEMÉRIDE - Georges Joseph Chistian Simenon, escritor belga de língua francesa, morreu em Lausana, na Suiça, em 4 de Setembro de 1989. Nascera em Liège no dia 12 de Fevereiro de 1903.
Romancista com uma produtividade fora do comum, escreveu 192 romances, 158 novelas, além de obras autobiográficas e numerosos artigos e reportagens sob o seu nome. Escreveu ainda mais 176 romances, dezenas de novelas, contos e artigos sob 27 pseudónimos diferentes. As tiragens totais dos seus livros ultrapassam os 500 milhões de exemplares, sendo o autor belga, e o quarto autor de língua francesa, mais traduzido em todo o mundo. O seu personagem mais famoso é o celebérrimo Comissário Maigret.
Depois de estudos um pouco acidentados, começou a trabalhar como repórter em 1919, portanto com dezasseis anos de idade, no jornal La Gazette de Liège onde publicou mais de 150 artigos. Interessava-se particularmente por inquéritos policiais e assistia a muitas conferências sobre polícia científica. Nesse ano redigiu o seu primeiro romance.
Com a morte do pai, partiu para Paris, onde descobriu os seus bistrots, brasseries e restaurantes, encontrando os seus personagens na população parisiense. A sua criatividade assegurou-lhe rapidamente o sucesso financeiro.
Em 1930, numa série de novelas escritas para a colecção ‘’Detective’’, apareceu pela primeira vez o ‘’Comissário Maigret’’.
Ao ouvir a declaração de guerra alemã em 1939, no Café de la Paix em La Rochelle, pediu uma garrafa de champanhe. Ante o espanto dos presentes, disse então: “Ao menos esta não será bebida pelos alemães!”.
Em 1945, após o fim da guerra, foi viver no estado de Connecticut, nos Estados Unidos da América, percorrendo nos dez anos seguintes todo o continente, para saciar a sua curiosidade e a sua vontade de viver. Em 1952 foi nomeado para a Academia de Letras Belga.
Voltou definitivamente para a Europa em 1955, acabando por se fixar no norte de Lausana, onde mandou construir uma grande mansão.
Em 1972, renunciou ao romance, e dedicou-se a uma longa autobiografia, com 21 volumes, ditada para um gravador.
Contrariamente a muitos outros autores policiais, que tentam construir uma intriga o mais complexa possível, Simenon preferia histórias simples mas com personagens bastante fortes.

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