EFEMÉRIDE – Claude Simon, escritor francês, Prémio Nobel de Literatura em 1985, faleceu em Paris no dia 6 de Julho de 2005, com 91 anos de idade. Nascera em Tananarive, Madagáscar, em 10 de Outubro de 1913.
Morreu-lhe o pai quanto ele tinha apenas um ano e a mãe aos onze anos, sendo criado por um tio e uma avó, sob a tutela de um primo alemão.
Em 1931, estudou pintura e fotografia, actividades que deixariam marcas no seu modo de escrever. Em 1936 partiu para Barcelona, juntando-se aos republicanos na luta contra Franco, na Guerra Civil Espanhola. De volta a França em 1938, começou a escrever o seu primeiro livro “O Batoteiro”.
Um ano depois foi mobilizado para lutar contra os alemães. Foi feito prisioneiro, mas conseguiu fugir de um campo de concentração na Saxónia em 1940. Regressado a França alistou-se na Resistência.
Após a Libertação continuou a escrever, mas somente em 1957, com “O Vento”, encontraria o seu verdadeiro estilo, como confessou tempos mais tarde. Esteve ligado ao “Movimento Novo Romance” que, nos anos 1950, procurou aprofundar as preocupações formais na elaboração de romances.
Curiosamente, Claude Simon começou por ser pouco conhecido do público francês, enquanto a sua obra já ganhava audiência pelo mundo fora, com traduções em vários idiomas e conquistando a crítica e os leitores estrangeiros. A principal dificuldade para quem lê Simon talvez se deva à sua sintaxe ampla, em que por vezes as frases se espraiam ao longo de várias páginas sem alguma pontuação. Todas as obras de Claude Simon parecem ser fragmentos de uma obra maior, que nunca se começa a ler no princípio e que nunca tem fim. Em 1967 ganhou o conceituado Prémio Médicis.
Repartiu os últimos anos da sua vida entre a sua propriedade vinícola no Sudoeste de França e o apartamento que tinha no Bairro Latino em Paris.
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