EFEMÉRIDE – Emídio Santana, um dos mais importantes militantes portugueses do anarco-sindicalismo, nasceu em Lisboa no dia 4 de Julho de 1906. Faleceu na mesma cidade em 16 de Outubro de 1988. Foi autor de diversos artigos e ensaios sobre o “anarco-sindicalismo” e o “mutualismo”.
Cresceu num ambiente muito influenciado pelo “movimento associativo operário e socialista” e, devido às dificuldades económicas familiares, começou a trabalhar como aprendiz de carpinteiro aos 14 anos.
No seguimento do golpe militar de 28 de Maio de 1926, desenvolveu grande actividade de resistência à ditadura, actuando também clandestinamente a nível sindical. A sua actividade sindicalista levou-o à prisão pela primeira vez em 1928, tendo sido libertado meses depois. Foi condenado novamente a um ano de prisão em 1933, sendo deportado para os Açores.
Em 1936, representou a CGT portuguesa no congresso da Confederación Nacional del Trabajo de Espanha.
Em 4 de Julho de 1937 foi um dos autores do atentado contra Salazar, quando este se deslocava a uma capela particular para assistir à missa. Na sequência do atentado, Emídio Santana foi procurado pela PIDE (Polícia Política), mas consegui fugir para Inglaterra onde, porém, a polícia local o prendeu e repatriou para Portugal. Foi condenado a dezasseis anos de prisão, que cumpriu na Penitenciária de Coimbra.
Depois da Revolução dos Cravos (1974) retomou a vida política activa, nomeadamente como director do jornal A Batalha, dedicando-se igualmente ao cooperativismo.
Em 1985 Emídio Santana escreveu a autobiografia “Memórias de um militante anarco-sindicalista”. Foi autor igualmente de várias crónicas acerca de episódios da sua vida.
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