EFEMÉRIDE – Jean Cassou, escritor, resistente e crítico de arte francês, nasceu em Deusto, perto de Bilbao, Espanha, em 9 de Julho de 1897. Faleceu em Paris no dia 16 de Janeiro de 1986.
Tendo-lhe morrido o pai quando tinha dezasseis anos, viu-se obrigado a trabalhar para ajudar a família, ao mesmo que continuava os seus estudos. Licenciou-se em Espanhol na Faculdade de Letras de Paris.
A partir de 1921 publicou várias crónicas (Cartas Espanholas) na revista “Le Mercure de France” e em 1925 publicou o seu primeiro romance “Éloge de la Folie”.
Demitido do lugar de Conservador do Museu de Arte Moderna pelo regime de Vichy, entrou para a Resistência em 1940, assegurando juntamente com outros intelectuais a redacção de um jornal, de que foram publicados unicamente cinco números (1940/1941). Conseguiu escapar à Gestapo quando estava prestes a ser detido e deslocou-se para Toulouse. Acabou por ser preso e, na prisão, sem possibilidade de escrever, conseguiu compor de cabeça os seus “Trinta e Três Sonetos” que foram publicados em 1944 sob o pseudónimo de “Jean Noir”.
Libertado em 1943, reentrou na Resistência e redigiu os “Cadernos da Libertação”. Em Agosto, no momento da libertação de Toulouse, o seu carro encontrou uma coluna alemã: dois dos seus companheiros foram mortos e ele assim foi considerado também. Transportado ao hospital em estado de coma, salvou-se após um ano de convalescença.
Em 1945 recuperou as funções de Conservador de Museu, que manteve até 1965. Em 1956 foi Presidente do “Comité Nacional de Escritores” e em 1964 tornou-se igualmente membro da Academia Real da Bélgica. Até 1970 foi Director da Escola Prática de Altos Estudos. Foi membro também da Academia Flamenga de Belas Artes, bem assim como de várias outras academias estrangeiras.
Em 1971 recebeu o Grande Prémio Nacional de Letras e em 1983 o Grande Prémio da Sociedade das Gentes de Letras, ambos pelo conjunto da sua obra. Foi militante activo do “Movimento pela Paz”. Era Grande Oficial da Legião de Honra, tinha a Cruz de Guerra 1939/45 e a Medalha da Resistência, era Comendador das Artes e das Letras e recebeu condecorações da Holanda, Itália e Bélgica. Escreveu sete romances, oito ensaios, dois livros de crítica de arte e um de poesia.
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