EFEMÉRIDE – Públio Élio Trajano Adriano, imperador romano, também poeta, morreu em Roma no dia 10 de Julho de 138, depois de vários anos de sofrimento devido a artrose. Nascera em Itálica, actual Espanha, em 24 de Janeiro de 76. Ficou mais conhecido simplesmente por Adriano e é considerado um dos "cinco bons imperadores".
Logo após a morte de Trajano, constou que este o teria adoptado no seu leito de morte, como filho e sucessor na dignidade imperial. Muitos disseram, no entanto, que tal adopção teria sido inventada pela viúva de Trajano.
Percebendo que o Império esgotara a sua capacidade expansionista, Adriano abandonou as conquistas de Trajano, enveredando por uma política defensiva e diplomática. Na prática, isso significou renunciar às conquistas recentes na Mesopotâmia e rectificar os limites da Dácia (actual Roménia).
Por outro lado, com o intuito de proteger as demais fronteiras contra os bárbaros, construiu grande número de fortificações, entre elas, em 112, a chamada Muralha de Adriano, que marcou durante séculos a fronteira entre a Inglaterra e a Escócia.
Durante o seu reinado, foi um viajante incansável, visitando as várias províncias do império. Terá passado doze anos do seu reinado fora de Roma. Por onde passava ia levantando cidades, construindo estradas e erigindo monumentos.
Letrado, Adriano era admirador da cultura grega, sendo um dos responsáveis pela expansão do helenismo no mundo antigo. Em 127, afirmou que os «Cristãos não podiam ser condenados à morte sem julgamento».
Quando morreu, as suas cinzas foram colocadas num mausoléu, que veio a transformar-se no actual Castelo de Santo Ângelo, em Roma. A sucessão de Adriano foi complicada: ele tinha pensado adoptar como filho e sucessor Ceionius, um dos seus mais antigos favoritos. Este, porém, morreu prematuramente. Adriano acabou por adoptar o senador Antoninus, que viria a ser conhecido como imperador Antonino Pio, isto todavia sob condição de que este adoptasse como filho e sucessor um parente de Adriano, o jovem Marcus Annius Verus, o futuro imperador Marco Aurélio. Adriano “acautelava” assim o futuro de Roma para além da sua morte.
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