Licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia,
tornou-se um opositor ao salazarismo, enquanto desempenhou funções
associativas.
Em 1962, foi preso pela PIDE, na sequência da
sua participação no Golpe de Beja. Nesse mesmo ano, partiu para o
exílio, primeiro em Paris e mais tarde no Brasil, onde permanece até 1971.
Regressa a Portugal, tornando-se assistente do Instituto
Superior de Agronomia. Em 1973, logo a seguir ao congresso fundador,
ingressou no Partido Socialista, de que foi um dirigente destacado no
pós-25 de Abril.
Deputado à Assembleia Constituinte (1975/1976),
aí liderou o Grupo Parlamentar do PS.
De seguida, ocupou os cargos de ministro da Agricultura
no VI Governo Provisório, chefiado por José Pinheiro de Azevedo, e no I
Governo Constitucional, dirigido por Mário Soares.
Discordando das novas políticas agrárias do PS,
demitiu-se do Governo e depois do partido, permanecendo como deputado
independente.
Fundou, entretanto, a Fraternidade Operária,
movimento que haveria de originar um novo partido, a União da Esquerda para
a Democracia Socialista (UEDS). Em representação deste pequeno
partido, foi eleito deputado à Assembleia da República na II
Legislatura, depois reeleito na legislatura seguinte, como deputado
independente, novamente nas listas do PS.
Foi autor de vários livros e artigos sobre a realidade
agrícola portuguesa e o sistema político-partidário.
Em Junho de 2000, foi agraciado, a título póstumo, com
a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
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