EFEMÉRIDE – Enrico Caruso, de seu verdadeiro nome Errico Caruso, tenor italiano, nasceu em Nápoles no dia 25 de Fevereiro de 1873. Morreu na mesma cidade em 2 de Agosto de 1921, vítima de septicemia.
Começou por cantar no grupo coral da sua paróquia, iniciando a carreira artística em 1894, aos 21 anos de idade, depois de ter trabalhado como mecânico e como operário. Actuou nas estreias de “Fedora” de Umberto Giordano e de “La Fanciulla del West” de Puccini. Toscanini contratou-o em 1900 para interpretar “A Boémia” no Scala de Milão.
Em 1902 cantou no Covent Garden, deu concertos nos Estados Unidos e cantou sem microfone no Yankee Stadium de Nova Iorque.
As mais famosas interpretações de Caruso tiveram lugar nas óperas “I Pagliacci” de Leoncavallo e “Aida” de Verdi. Começando a ser conhecido internacionalmente, era muitas vezes contratado pelo Metropolitan de Nova Iorque, numa relação que se manteve até 1920. Caruso foi imortalizado pelo agudo mais potente já conhecido e é considerado por muitos como o melhor cantor de ópera de todos os tempos.
Caruso foi um dos primeiros cantores a gravar discos em grande escala, cerca de 500, que lhe valeram mais de dois milhões de dólares. A indústria fonográfica e o cantor tiveram uma relação muito estreita. As suas gravações foram posteriormente recuperadas e regravadas em CD.
O repertório de Caruso incluía cerca de sessenta óperas, a maioria delas em italiano, embora tenha cantado também em francês, inglês, espanhol, latim e no dialecto napolitano. Além de óperas, cantou cerca de 500 canções, que variavam desde as tradicionais italianas até às canções mais populares do momento.
A sua vida foi tema de vários filmes, um deles ficcionado por um realizador norte-americano em 1951, intitulado “O Grande Caruso“ e interpretado pelo cantor lírico Mario Lanza.
Grande fumador, começou a ter graves problemas de saúde e, em 1909, foi operado a um nódulo numa corda vocal.
Para escapar à guerra, fez uma tournée pela América do Sul de 1917 a 1919, participando numa colecta de fundos a favor dos aliados. O estado da sua saúde agravou-se a partir de 1920. Vítima de uma pleurisia e de uma infecção generalizada, fizeram-lhe seis intervenções cirúrgicas no espaço de três meses, vindo a morrer no Verão de 1921.
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