EFEMÉRIDE – Níkos Kazantzákis, escritor, poeta e pensador grego, nasceu em Megalokastro (hoje Iráklio, Creta) no dia 18 de Fevereiro de 1883. Morreu em Fribourg-en-Brisgau (Alemanha), em 26 de Outubro de 1957, vítima da gripe asiática. Tinha igualmente leucemia.
É frequentemente considerado o mais importante escritor e filósofo grego do século XX, tendo-se tornado mundialmente conhecido após a sua morte, depois de - em 1964 - a novela “Zorba, o Grego” ter sido adaptada ao cinema. É igualmente o autor grego contemporâneo mais traduzido.
Em 1902 mudou-se para Atenas, onde se doutorou em Direito. Começou a dedicar-se à literatura e publicou o seu primeiro livro. Cinco anos depois emigrou para Paris, afim de estudar Filosofia. Ao regressar à Grécia, começou a traduzir obras filosóficas.
Em 1918 residiu na Suíça e, no ano seguinte, foi nomeado Secretário-geral do Ministério de Assistência Pública, com a missão de repatriar a população grega do Cáucaso, após a Revolução Russa.
De 1921 a 1924 viajou pela Alemanha, Creta e Áustria e começou a escrever “Odisseia”, uma obra poética com 33 333 versos de dezassete sílabas.
De 1925 a 1928 viajou pela URSS, Palestina, Espanha, Itália, Chipre, Egipto e Sudão. Viajante imparável, de 1929 a 1936 esteve na Checoslováquia, em França, Espanha (durante a guerra civil), China e Japão. Escreveu guiões para filmes e diversas descrições de viagens.
Pensador influenciado por Nietzsche e Bergson, aderiu igualmente ao marxismo e ao budismo, apesar de se manter profundamente cristão.
Foi correspondente do jornal diário “Kathimeriní” durante a Guerra Civil Espanhola. Esteve depois em Inglaterra e, durante a Segunda Guerra Mundial, dedicou-se à sua obra “Alexis Zorba” que seria publicada em 1946.
Em 1945 fez parte do governo grego e criou um partido político (União Socialista Operária). Dois anos depois foi nomeado Conselheiro Literário da UNESCO. Pediu a demissão em 1947 e instalou-se em França.
Foi laureado com o Prémio Internacional da Paz em 1950, ano em que começou a escrever “A Última Tentação”, que finalizaria no ano seguinte. A Igreja Grega e o Vaticano desaconselharam a leitura deste livro.
Kazantzákis foi igualmente um dos impulsionadores da renovação da língua grega moderna.
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