EFEMÉRIDE – Paul Warfield Tibbets, piloto militar americano, brigadeiro general, comandante do avião que lançou a bomba atómica sobre Hiroshima em 1945, nasceu em Quincy, Illinois, no dia 23 de Fevereiro de 1915. Morreu em Columbus, em 1 de Novembro de 2007.
Piloto de missões de bombardeio sobre a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, era considerado o melhor piloto da Air Force e fora piloto pessoal de Eisenhower. O então coronel Tibbets, com 30 anos, foi o escolhido para lançar a bomba atómica sobre Hiroshima. Na ocasião comandava o 509.º Agrupamento Aéreo dos Estados Unidos e, desde Fevereiro de 1945, que se preparava para aquela missão. Desde o final de Abril, aguardava na pequena ilha de Tinian, no arquipélago das Marianas, no Oceano Pacífico, a ordem para bombardear o Japão. Tibbets escolheu pessoalmente um quadrimotor B-29, que foi denominado Enola Gay, em homenagem a sua mãe (era o nome dela).
Dos 1500 membros do esquadrão, Tibbets era o único que sabia para o que estava a ser treinado. Os demais membros da tripulação, que o acompanhou, apenas tinham recebido instruções pouco precisas sobre os objectivos da missão.
Até ao fim da vida, Tibbets acreditou ter feito o necessário para acabar com a guerra e não demonstrou nunca arrependimento por a bomba ter sido a responsável pela morte de mais de 119 mil pessoas, no primeiro ataque nuclear da história. O Presidente Harry Truman, que ordenou o ataque, teria dito à tripulação, depois do regresso aos Estados Unidos: «Não percam o sono por terem cumprido esta missão; a decisão foi minha, vocês não podiam fazer outra coisa».
Paul Tibbets viveu mais de sessenta anos após Hiroshima, falecendo na sua casa, no estado de Ohio, aos 92 anos de idade.
O filme “O Grande Segredo” (1952) descreveu a sua história, com interpretação de Robert Taylor. Em 1980 foi feito um telefilme “O Homem, a Missão, a Bomba Atómica” que contou igualmente a vida do piloto. Foi também representado nos filmes “Day One” e “O Princípio do Fim”
Nos anos 1960 foi enviado para a Índia como adido militar, mas teve de deixar o país devido a muitos protestos. Reformou-se em 1966, depois de trinta anos de carreira militar.
Antes de morrer, fez saber que não queria funeral oficial nem pedra tumular, por receio de desencadear manifestações e protestos mesmo após a sua morte.
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