EFEMÉRIDE – Totò, de seu verdadeiro nome Antonio Vincenzo Stefano Clemente, célebre actor cómico italiano, nasceu em Nápoles no dia 15 de Fevereiro de 1898. Morreu em Roma, vítima de crise cardíaca, em 15 de Abril de 1967.
No pós-guerra, o tribunal de Nápoles permitiu-lhe usar vários títulos nobiliárquicos herdados dos seus pais biológico e de adopção, devendo assinar “Antonio Griffo Focas Flavio Ducas Comneno Porfirogenito Galiardi de Curtis di Bisanzio”, com os títulos de “alteza imperial, conde Palatino, cavaleiro do Sacro Romano impero, duque de Macedonia e de Illiria, príncipe de Costantinopoli, de Sicília e de Tessaglia, de Ponte de Moldavia, de Dardania, do Peloponneso, conde de Cipro e de Epiro, conde e duque de Drivasto e Durazzo”. Estudos posteriores revelaram que não existiriam fundamentos para a pretensa nobreza de Totò.
Começou a sua carreira com números de improvisação e de imitação, em pequenos teatros de Nápoles. Partiu para Roma em 1922, onde ganhou notoriedade, e em 1930 já possuía a sua companhia teatral, partindo em tournée pela Itália com diversas representações acolhidas calorosamente pelo público.
Apareceu num filme pela primeira vez em 1937, mas voltou ao teatro onde era sempre recebido triunfalmente. Contracenou com Anna Magnani. Em 1947, com o filme “Os dois órfãos”, alcançou finalmente o sucesso, também no cinema, abandonando a pouco e pouco os palcos. Figurou em mais de cem películas. Entrou em filmes ao lado de grandes estrelas do cinema, como Peppino de Filippo, Aldo Fabrizi, Gino Cervi, Vittorio de Sica, Silvana Pampanini, Anna Magnani, Nino Manfredi, Ugo Tognazzi, Vittorio Gassman, Claudia Cardinale, Marcello Mastroianni, Silvana Mangano, Joséphine Baker, Mistinguett, Fernandel, Jean-Claude Brialy e Orson Welles. Trabalhou com grandes realizadores italianos: Vittorio de Sica, Roberto Rossellini e Pier Paolo Pasolini, entre outros.
Foi autor igualmente de canções de sucesso e de poesias napolitanas. Teve uma menção especial no Festival de Cannes em 1966.
Na escola primária, Totò foi punido pelo seu professor com um murro violento no queixo (o que era um “direito” dos professores na época), que lhe deformou a cara para sempre.
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