EFEMÉRIDE – Tony Ramos, de seu verdadeiro nome António de Carvalho Barbosa, actor brasileiro, nasceu em Arapongas no dia 25 de Agosto de 1948.
É um dos mais importantes actores do Brasil, destacando-se sobretudo pelas suas interpretações em telenovelas. O nome anglicizado, Tony, era um costume da época em que se estreou na carreira artística, e Ramos era o apelido de um parente.
Nasceu no interior do Paraná e passou a juventude em Ourinhos, no interior de São Paulo. Desde pequeno que sonhava ser actor, quando assistia aos filmes de Oscarito e queria ser como ele. Depois, fez teatro amador participando no Teatro Cultura Artística de São Paulo, onde encenou peças infantis. Estudou Filosofia na Universidade de São Paulo. Aos 16 anos, participou na dupla musical Tony e Tom & Jerry, que chegou a apresentar-se no programa “Jovem Guarda”.
Em 1964 fez a sua estreia na televisão, actuando em sketches do programa “Novos em Foco”, na TV Tupi. No ano seguinte, actuou na sua primeira telenovela, “A Outra”.
Ainda na Tupi, participou em diversas novelas, entre elas, “António Maria” (1968), que impulsionou a sua carreira, “Simplesmente Maria” (1970), “Vitória Bonelli” (1972), “Rosa dos Ventos” (1973), “Ídolo de Pano” (1974), e “A Viagem” (1975).
Em 1977, transferiu-se para a Rede Globo, mudando-se para o Rio de Janeiro, onde consolidou a sua carreira com muito sucesso. A sua primeira actuação foi na novela “Espelho Mágico”. Nesse mesmo ano, dividiu também a apresentação do musical “Globo de Ouro” com a actriz Christiane Torloni. Estreou, no final daquele ano, a telenovela “O Astro”. Num dos episódios, protagonizou o primeiro nu masculino em telenovelas brasileiras, apesar da censura existente no regime militar da época.
Em 1979 entrou na novela “Pai Herói”. Depois, integrou o elenco de “Chega Mais”. Em 1981, encarnou os gémeos João Victor e Quinzinho na telenovela “Baila Comigo”. A sua actuação foi aclamada pela crítica, uma vez que sem usar maquilhagem, Tony Ramos recorreu apenas a recursos técnicos de voz, postura e respiração para interpretar duas personalidades completamente diferentes.
Posteriormente, protagonizou “Sol de Verão”, com uma sensível interpretação de um personagem surdo-mudo. De salientar ainda as suas actuações em “Champagne”, “Livre para Voar”, mini-série “Grande Sertão”, “Selva de Pedra”, “Bebé a Bordo”, mini-série “O Primo Basílio”, “Rainha da Sucata”, mini-série “O Sorriso do Lagarto” e “Felicidade”.
Em 1993 apresentou alguns episódios do “Você Decide”, tendo participado ainda na novela “Olho no Olho”. No ano seguinte, participou no embrião da série “A Comédia da Vida Privada”. Em 1995, protagonizou a telenovela “A Próxima Vítima” e, em 1996, voltou a apresentar o “Você Decide”, além de integrar o elenco fixo da série “A Vida Como Ela É” e de protagonizar a novela “Anjo de Mim”.
Em 1998, foi um dos personagens centrais da telenovela “Torre de Babel”. Em seguida, foi também figura de realce em “Laços de Família” e “As Filhas da Mãe”.
Em 2003, deu vida a um personagem de “Mulheres Apaixonadas”. Depois, co-protagonizou o remake de “Cabocla” e, em 2005, trabalhou na mini-série “Mad Maria” e na novela “Belíssima”. Em 2007, encarnou o empresário Antenor Cavalcanti na novela “Paraíso Tropical”. Em 2009, esteve no elenco da muito premiada telenovela “Caminho das Índias”.
Tony actuou ainda em mais de oitenta teleteatros e em mais de vinte peças. A sua estreia profissional no teatro deu-se em 1969, com “Quando as Máquinas Param”. Nesse ano, encenou também “Rapazes da Banda” e, em 1971, esteve em cartaz com “Pequenos Assassinatos”. Em 1989, participou no musical “Meu Refrão Olé Olá”, em homenagem aos 25 anos da carreira de Chico Buarque, onde interpretou o travesti Geni. Em 1997, actuou na peça “Cenas de um Casamento”, em que contracenou com Regina Braga. Por último, em 2002, interpretou um ex-torturador da polícia na peça “Novas Directrizes em Tempos de Paz”.
No cinema, começou com o filme “O Pequeno Mundo de Marcos”, em 1968. De entre outras produções, destaca-se ainda a sua actuação em “Bufo & Spallanzani”, que lhe rendeu o Prémio de Melhor Actor no Festival de Gramado e nos grandes sucessos de bilheteira “Se Eu Fosse Você” e “Se Eu Fosse Você 2”.
Em Maio de 2009, recebeu do Ministro das Relações Exteriores a Medalha da Ordem de Rio Branco, um reconhecimento oficial do Governo brasileiro pelos seus trabalhos no cinema, no teatro e na televisão. A cerimónia de entrega da condecoração foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e contou com a presença do presidente Lula da Silva.
Tony Ramos é considerado pelos seus colegas de profissão como uma pessoa íntegra e bem-humorada. O seu casamento é um dos mais estáveis do meio artístico. Casou-se em 1969 com Lidiane Barbosa, com quem teve dois filhos: Rodrigo, médico, e Andréa, advogada.
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