quinta-feira, 10 de julho de 2014

10 DE JULHO - LOUIS DAGUERRE



EFEMÉRIDELouis Jacques Mandé Daguerre, pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, morreu em Bry-sur-Marne no dia 10 de Julho de 1851. Nascera em Cormeilles-en-Parisi, em 18 de Novembro de 1787. Foi autor da primeira patente para um processo fotográfico (1835 - o daguerreótipo).
Começou por ser pintor, antes de se dedicar à cenografia teatral. Conheceu o seu primeiro sucesso graças ao diorama, um espectáculo concebido em 1822, em colaboração com o seu sócio Charles Marie Bouton. Daguerre conheceu depois, em 1827, Joseph Nicéphore Niépce, graças a Vincent Chevalier que era o engenheiro óptico que prestava serviço a ambos.
A fotografia não foi inventada apenas por uma pessoa. Ela foi o resultado de critérios científicos, observações afortunadas e intuição de algumas mentes privilegiadas. Na sequência da parceria estabelecida com Joseph Nicéphore Niépce e oficializada por contrato assinado em Dezembro de 1829, Daguerre herdou em 1833 (ano da morte de Niépce) as invenções e os conhecimentos adquiridos pelo seu parceiro.
Cada um tinha trabalhado, de forma independente e por diferentes vias, tentando atingir os mesmos fins. Niépce procurava teimosamente resolver o seu processo com betume da Judeia, ao passo que Daguerre procurava modificar o processo e os materiais usados a fim de reduzir o tempo de exposição, que ainda se mantinha em cerca de uma hora. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava a ser sensível à luz do dia e tinha curta durabilidade. Daguerre solucionou este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim uma imagem inalterável.
A parceria de Daguerre com Niépce levou ao uso de placas revestidas a prata, cujo primeiro uso é creditado a Niépce. Na sequência de numerosas experiências, um novo produto químico foi introduzido e provou ser decisivo para o método de Daguerre – o iodo.
Daguerre tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais, porque queria manter secreta a parte fundamental do seu processo. Após um incêndio nas suas instalações em Março de 1839, foi-lhe concedida uma pensão anual de 6 000 Francos. Em Agosto de 1839, no Instituto de França, foi finalmente anunciado um novo processo fotográfico, o daguerreótipo, que se expandiria rapidamente por toda a França, depois pela Europa e pelo mundo inteiro. Teve grande sucesso durante uma dezena de anos, até ser destronado por outros sistemas e procedimentos. A comercialização das câmaras escuras e do material necessário para fixar as imagens fotográficas fizeram no entanto a fortuna de Daguerre.
Publicou dois livros: “História e descrição do daguerreótipo e do diorama” (1839) e “Novo meio de preparar a camada sensível das placas destinadas a receber imagens fotográficas” (1844).
Foi distinguido com o grau de oficial da Legião de Honra. Em 1883, foi inaugurado em Cormeilles-en-Parisi um monumento em sua memória. Em 1935, a União Astronómica Internacional deu o nome de Daguerre a uma cratera lunar.

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