EFEMÉRIDE
– Louis Jacques Mandé Daguerre, pintor, cenógrafo, físico e inventor
francês, morreu em Bry-sur-Marne no dia 10 de Julho de 1851. Nascera em Cormeilles-en-Parisi,
em 18 de Novembro de 1787. Foi autor da primeira patente para um processo
fotográfico (1835 - o daguerreótipo).
Começou
por ser pintor, antes de se dedicar à cenografia teatral. Conheceu o seu
primeiro sucesso graças ao diorama, um espectáculo concebido em 1822, em
colaboração com o seu sócio Charles Marie Bouton. Daguerre conheceu depois, em
1827, Joseph Nicéphore Niépce, graças a Vincent Chevalier que era o engenheiro
óptico que prestava serviço a ambos.
A
fotografia não foi inventada apenas por uma pessoa. Ela foi o resultado de
critérios científicos, observações afortunadas e intuição de algumas mentes
privilegiadas. Na sequência da parceria estabelecida com Joseph Nicéphore
Niépce e oficializada por contrato assinado em Dezembro de 1829, Daguerre
herdou em 1833 (ano da morte de Niépce) as invenções e os conhecimentos
adquiridos pelo seu parceiro.
Cada
um tinha trabalhado, de forma independente e por diferentes vias, tentando
atingir os mesmos fins. Niépce procurava teimosamente resolver o seu processo
com betume da Judeia, ao passo que Daguerre procurava modificar o processo e os
materiais usados a fim de reduzir o tempo de exposição, que ainda se mantinha
em cerca de uma hora. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava
a ser sensível à luz do dia e tinha curta durabilidade. Daguerre solucionou
este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa
solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim
uma imagem inalterável.
A
parceria de Daguerre com Niépce levou ao uso de placas revestidas a prata, cujo
primeiro uso é creditado a Niépce. Na sequência de numerosas experiências, um
novo produto químico foi introduzido e provou ser decisivo para o método de
Daguerre – o iodo.
Daguerre
tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais,
porque queria manter secreta a parte fundamental do seu processo. Após um
incêndio nas suas instalações em Março de 1839, foi-lhe concedida uma pensão
anual de 6 000 Francos. Em Agosto de 1839, no Instituto de França, foi finalmente
anunciado um novo processo fotográfico, o daguerreótipo, que se expandiria
rapidamente por toda a França, depois pela Europa e pelo mundo inteiro. Teve
grande sucesso durante uma dezena de anos, até ser destronado por outros
sistemas e procedimentos. A comercialização das câmaras escuras e do material
necessário para fixar as imagens fotográficas fizeram no entanto a fortuna de
Daguerre.
Publicou
dois livros: “História e descrição do daguerreótipo e do diorama” (1839)
e “Novo meio de preparar a camada sensível das placas destinadas a receber
imagens fotográficas” (1844).
Foi
distinguido com o grau de oficial da Legião de Honra. Em 1883, foi
inaugurado em Cormeilles-en-Parisi um monumento em sua memória. Em 1935, a União
Astronómica Internacional deu o nome de Daguerre a uma cratera lunar.
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