segunda-feira, 14 de agosto de 2017

14 DE AGOSTO - LETITIA ELIZABETH LANDON

EFEMÉRIDELetitia Elizabeth Landon, poetisa e romancista inglesa, mais conhecida pelas suas iniciais L.E.L., nasceu em Chelsea, Londres, em 14 de Agosto de 1802. Morreu em Cape Coast, no dia 15 de Outubro de 1838.
Letitia foi uma criança precoce, tendo aprendido a ler logo após dar os primeiros passos. Um vizinho inválido espalhava letras no chão e recompensava-a pelas leituras bem sucedidas. Segundo o seu pai, «ela costumava trazer para casa muitas recompensas».
Aos cinco anos, começou a frequentar a escola. A família mudou-se, porém, para o interior do país em 1809, a fim de que o pai pudesse executar um projecto de fazenda/modelo. Letitia Landon, desde então, foi educada em casa por uma prima, que afirmaria: «Quando lhe perguntava qualquer questão relacionada com História, Gramática, Geografia ou sobre algum livro que estivesse a ler, eu estava segura de que a sua resposta seria perfeitamente correcta».
Os negócios agrícolas não deram resultado e a família voltou para Londres em 1815, tornando-se amiga de William Jerdan, editor da “Literary Gazette”. Jerdan tomou conhecimento da jovem Letitia, quando a viu descer a rua, rodando um arco com uma mão e segurando um livro de poemas com a outra.
Jerdan encorajou os seus esforços poéticos e o primeiro poema foi publicado sob a simples inicial ‘L’, na “Gazette”, em 1820. Tinha então 18 anos de idade.
No ano seguinte, com o apoio financeiro da avó, publicou um livro de poesias, “The Fate of Adelaide”, assinando o seu nome completo. O livro teve pouca divulgação da crítica, mas vendeu-se bem.
No mesmo mês em que “The Fate of Adelaide” foi editado, publicou dois poemas sob as iniciais ‘L.E.L.’ na “Gazette”. Estes poemas e as iniciais com que foram publicados atraíram muita discussão e especulação. Um crítico contemporâneo escreveu que as iniciais L.E.L. «rapidamente se tornaram uma assinatura de interesse mágico e de curiosidade». Os críticos corriam todas as tardes de sábado para a “Literary Gazette”, com uma impaciente ansiedade para ver mais uma vez se – no canto da página habitual – estavam as três letras mágicas L.E.L. E todos elogiavam os versos e punham-se a tentar adivinhar quem seria o autor. Quando souberam que era uma mulher, a admiração duplicou e as conjecturas triplicaram.
Letitia foi depois chefe de revisão da “Gazette” e continuava a escrever poesia. A sua segunda recolha, “The Improvisatrice”, foi publicada em 1824. O pai morreu no final desse ano e ela foi forçada a usar a escrita para se sustentar a si e à família.
Em 1826, o seu prestígio começou a ser beliscado quando surgiram rumores na imprensa sensacionalista de que ela tinha tido diversos casos amorosos e que secretamente tivera filhos. Letitia, amargurada, continuou, no entanto, a escrever poesias e, em 1831, publicou mesmo o seu primeiro romance – “Romance and Reality”.
L.E.L. foi encontrada morta, com uma garrafa de ácido prússico na mão. Tinha apenas 36 anos.
Entre as poetisas do seu tempo a reconhecerem e admirarem o seu valor, estão: Elizabeth Barrett Browning, que escreveu “L.E.L.'s Last Question”, em sua homenagem; e Christina Rossetti, que publicou um poema/tributo intitulado “L.E.L.”, no sue livro “The Prince's Progress and Other Poems”.

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