sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

19 DE JANEIRO - JAVIER PÉREZ DE CUÉLLAR


EFEMÉRIDE - Javier Felipe Ricardo Pérez de Cuéllar y de la Guerra, diplomata e político peruano, nasceu em Lima no dia 19 de Janeiro de 1920. Foi secretário-geral das Nações Unidas de 1982 a 1991.
Candidatou-se à presidência do Peru em 1995, mas foi derrotado por Alberto Fujimori. Em Setembro de 2000, logo após a fuga do presidente Alberto Fujimori para o Japão, foi encarregado pelo presidente em exercício, Valentin Paniagua, para liderar o governo de transição e organizar as eleições, com a dupla incumbência de presidir ao Conselho de Ministros e ao ministério dos Negócios Estrangeiros (2000/01). No governo que resultou das eleições, Pérez de Cuéllar foi nomeado embaixador em Paris, terminando a sua carreira política e diplomática em 2004. Ficou em França, onde agora reside.
Em Março de 1996, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal.
Entrara para o ministério de Negócios Estrangeiros em 1940 e para o serviço diplomático em 1944. Foi secretário nas embaixadas do Peru, em França, Reino-Unido, Bolívia e Brasil, país onde foi depois conselheiro do embaixador.
No seu regresso a Lima, com 41 anos, subiu ao posto de embaixador em 1962, desempenhando diversos cargos oficiais a partir daí.
Foi embaixador na Suíça e o primeiro embaixador peruano na União Soviética, sendo depois colocado na Polónia e seguidamente na Venezuela. 
Foi professor de Direito Internacional na Academia diplomática do Peru. É autor de um manual de Direito Diplomático, editado em 1964.
Foi membro da delegação peruana em várias sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 1971, foi nomeado representante permanente do Peru na ONU. Em 1973 e 1974, representou o Peru no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A partir de 1981, exerceu as funções de representante pessoal do secretário geral para as questões relativas à situação no Afeganistão, tendo-se mesmo deslocado àquele país e ao Paquistão.
Em Maio de 1981, reintegrou o ministério dos Negócios Estrangeiros peruano, continuando – simultaneamente - o ocupar-se dos problemas no Afeganistão, até ser nomeado secretário geral da ONU, no fim de Dezembro do mesmo ano.  Sucedeu a Kurt Waldheim. Foi reeleito em 1986 para um segundo mandato.
Durante os seus dois mandatos, dirigiu as mediações entre o Reino-Unido e a Argentina, depois da guerra das Maldivas. Interveio igualmente nas negociações para a independência da Namíbia e no conflito entre Marrocos e a Frente Polisário.  A pedido dos membros do Conselho de Segurança, iniciou um 3º mandato em 1992 até que fosse encontrado o seu sucessor. Durante o seu 2º mandato, os “capacetes azuis” da ONU receberam o Prémio Nobel da Paz.
Em Julho de 2005, entrou nos cuidados intensivos de um hospital de Paris devido a um infarto. Teve alta uma semana depois. Participa ainda activamente em trabalhos da UNESCO. Completa hoje 98 anos de idade.

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