EFEMÉRIDE - James Harrison
Coburn, actor norte-americano, nasceu em Laurel no dia 31 de Agosto de 1928.
Morreu em Los Angeles, em 18 de Novembro de 2002. Famoso por interpretar papéis de “durão” no
cinema e por ter ganho um Oscar de Melhor Actor Coadjuvante em 1999. Era
neto de outro grande actor dos anos 1940, também vencedor de um Oscar,
Charles Coburn.
Começando a carreira em séries da
TV americana, especialmente westerns, tornou-se conhecido no começo dos anos 1960
pelo seu trabalho nos filmes “Sete Homens e um Destino” e “Fugindo do
Inferno”, nos quais tinha papel (secundário) de “durão”, entre astros como
Yul Brynner, Charles Bronson e Steve McQueen.
A fama mundial chegou em 1966,
como Derek Flint, o superespião americano criado por Hollywood para concorrer
com James Bond, que fez dois filmes de grande popularidade, “Flint contra o Génio
do Mal” e “Flint: Perigo Supremo”, que foi o mais bem-sucedido, junto
da crítica e nas bilheteiras, de todos os agentes que parodiavam 007 nos
anos 1960.
Sendo expert em Kung Fu
(aprendido com Bruce Lee), o que lhe dava grande suavidade de movimentos e
agilidade, Coburn encarnou com grande competência e carisma o agente secreto
mulherengo, mestre em artes marciais, fluente em quarenta e sete idiomas,
neurocirurgião, espadachim, físico nuclear, que vivia numa mansão com quatro
lindas mulheres (uma alusão a Hugh Hefner, editor da revista “Playboy”)
e divertiu legiões de fãs nos ecrãs de todo o mundo, principalmente pelo tom de
comédia e exagero maior que nos filmes de Bond, (na época, Sean Connery).
Após conseguir o status de
superstar no cinema, Coburn, adepto do budismo e de um estilo de vida mais
recatado e contemplativo, dedicou-se apenas a pequenos filmes independentes, o
que o tirou do centro das atenções em Hollywood, durante quase dez anos, devido
ao fracasso destes filmes.
Foi graças ao seu amigo, o director
Sam Peckinpah (com quem trabalhara no faroeste “Major Dundee” de 1965),
que voltou às grandes produções no meio da década seguinte, com os filmes “Pat
Garret” e “Billy the Kid”, com “Kris Kristofferson”, e “Cruz
de Ferro”, um violento épico de guerra na frente russa da II Guerra
Mundial.
Com um severo problema de
artrite, pouco filmou nos anos 1980, voltando a participar mais activamente
na década de 1990, em “Jovens Demais Para Morrer”, “Queima de
Arquivo”, “O Professor Aloprado”, “Maverick”, e “O Troco”,
até ao Oscar em 1999, como um velho, durão e cruel, que abusava do seu
filho, em “Temporada de Caça”.
James Coburn faleceu
repentinamente, com um ataque cardíaco fulminante, na sua casa em Beverly Hills,
aos 74 anos de idade, deixando mulher (segundo casamento), um filho (nascido em
1961, do primeiro matrimónio) e uma enteada adoptada. Foi sepultado no Westwood
Village Memorial Park Cemetery.
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