segunda-feira, 31 de agosto de 2020

31 DE AGOSTO - JAMES COBURN


EFEMÉRIDE - James Harrison Coburn, actor norte-americano, nasceu em Laurel no dia 31 de Agosto de 1928. Morreu em Los Angeles, em 18 de Novembro de 2002.  Famoso por interpretar papéis de “durão” no cinema e por ter ganho um Oscar de Melhor Actor Coadjuvante em 1999. Era neto de outro grande actor dos anos 1940, também vencedor de um Oscar, Charles Coburn.
Começando a carreira em séries da TV americana, especialmente westerns, tornou-se conhecido no começo dos anos 1960 pelo seu trabalho nos filmes “Sete Homens e um Destino” e “Fugindo do Inferno”, nos quais tinha papel (secundário) de “durão”, entre astros como Yul Brynner, Charles Bronson e Steve McQueen.
A fama mundial chegou em 1966, como Derek Flint, o superespião americano criado por Hollywood para concorrer com James Bond, que fez dois filmes de grande popularidade, “Flint contra o Génio do Mal” e “Flint: Perigo Supremo”, que foi o mais bem-sucedido, junto da crítica e nas bilheteiras, de todos os agentes que parodiavam 007 nos anos 1960.
Sendo expert em Kung Fu (aprendido com Bruce Lee), o que lhe dava grande suavidade de movimentos e agilidade, Coburn encarnou com grande competência e carisma o agente secreto mulherengo, mestre em artes marciais, fluente em quarenta e sete idiomas, neurocirurgião, espadachim, físico nuclear, que vivia numa mansão com quatro lindas mulheres (uma alusão a Hugh Hefner, editor da revista “Playboy”) e divertiu legiões de fãs nos ecrãs de todo o mundo, principalmente pelo tom de comédia e exagero maior que nos filmes de Bond, (na época, Sean Connery).
Após conseguir o status de superstar no cinema, Coburn, adepto do budismo e de um estilo de vida mais recatado e contemplativo, dedicou-se apenas a pequenos filmes independentes, o que o tirou do centro das atenções em Hollywood, durante quase dez anos, devido ao fracasso destes filmes.
Foi graças ao seu amigo, o director Sam Peckinpah (com quem trabalhara no faroeste “Major Dundee” de 1965), que voltou às grandes produções no meio da década seguinte, com os filmes “Pat Garret” e “Billy the Kid”, com “Kris Kristofferson”, e “Cruz de Ferro”, um violento épico de guerra na frente russa da II Guerra Mundial.
Com um severo problema de artrite, pouco filmou nos anos 1980, voltando a participar mais activamente na década de 1990, em “Jovens Demais Para Morrer”, “Queima de Arquivo”, “O Professor Aloprado”, “Maverick”, e “O Troco”, até ao Oscar em 1999, como um velho, durão e cruel, que abusava do seu filho, em “Temporada de Caça”.
James Coburn faleceu repentinamente, com um ataque cardíaco fulminante, na sua casa em Beverly Hills, aos 74 anos de idade, deixando mulher (segundo casamento), um filho (nascido em 1961, do primeiro matrimónio) e uma enteada adoptada. Foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.

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