terça-feira, 20 de abril de 2021

20 DE ABRIL - JOAQUIM FURTADO

EFEMÉRIDE - Joaquim da Silva Furtado, jornalista português, nasceu em Penamacor no dia, 20 de Abril de 1948. Foi director de programação da RTP na década de 1990.

Nascido em Penamacor, Joaquim Furtado veio ainda criança para Lisboa. Por volta dos 18 anos, iniciou-se no jornalismo. Em 1966, a Rádio Universidade abriu um concurso e Joaquim Furtado candidatou-se e foi aceite, depois de uma prova que consistiu em fazer uma reportagem imaginária. Aberta à experimentação do ponto de vista técnico, o jovem não deixou de sofrer aí as condicionantes da censura, ao tentar revelar um poema de António Gedeão sobre o Natal. A seguir, teve uma passagem pelo Rádio Clube Português, no programa “Tempo Zip”, uma extensão radiofónica do “Zip-Zip”, de Raúl Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz. A experiência não durou muito, porque o jovem locutor foi chamado para o serviço militar.

Ao fim de três anos, de regresso ao Rádio Clube, é lá que se encontra na madrugada do 25 de Abril de 1974. Com a ocupação da estação pelos militares do Movimento das Forças Armadas, seria a Joaquim Furtado que caberia a leitura do primeiro comunicado oficial do movimento.

Em Fevereiro de 1975, obtida a carteira profissional de jornalista, mudou-se para a Radiotelevisão Portuguesa, convidado por Álvaro Guerra. No início de 1977, foi suspenso preventivamente do canal público por, alegadamente, ter feito uma reportagem que o governo achou incorrecta, sobre a colocação de professores. No entanto, poucas semanas depois, o processo foi arquivado. Em finais da década de 1970, juntamente com Joaquim Vieira, foi o autor do programa “Os Anos do Século”, onde era feita uma retrospectiva analítica do século XX.

A 10 de Junho de 1991, foi agraciado com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

Furtado manteve-se sempre na RTP e, em finais de 1995, ele que até aí estava colocado na RTP2, foi nomeado director-coordenador da informação e programação da RTP. Em 1998, numa altura em que já preparava a sua demissão, foi destituído pela administração da RTP, acusado de ter uma atitude de afastamento em relação à estrutura da empresa.

Foi autor da série documental “A Guerra”, dedicada à Guerra do Ultramar, repartida por duas séries de nove episódios cada, e pela qual recebeu o Grande Prémio Gazeta 2007 atribuído pelo Clube dos Jornalistas.

Casado com Maria Helena Cardoso Garcia da Fonseca, é pai da apresentadora de televisão Catarina Furtado e de Marta Cardoso Garcia da Fonseca Furtado. 

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