Daniel Filipe veio para Portugal
ainda criança. Concluiu o Curso Geral dos Liceus. Mais tarde, foi
co-director dos cadernos “Notícias do Bloqueio”, colaborador assíduo da
revista “Távola Redonda”, do jornal “Diário Ilustrado” (1956-) e
também realizador na Emissora Nacional, do programa literário “Voz do
Império”. Colaborou igualmente na revista luso-brasileira “Atlântico”.
Combateu a ditadura salazarista, sendo perseguido e torturado pela PIDE.
Estreou-se em livro no ano de
1949, com “Missiva”. A sua obra
mais conhecida é porventura “A invenção do Amor e Outros Poemas”, publicada
em 1961, após a edição de uma novela (“O manuscrito na garrafa”) e de
ter recebido o Prémio Camilo Pessanha, pelo livro “a Ilha e a solidão”
(escrito sob o pseudónimo de ‘Raimundo Soares’), no ano de 1956.
Trabalhou ainda na extinta Agência-Geral
do Ultramar. Grande parte da poesia de Daniel Filipe destaca-se pelo
combate ideológico e pelo comprometimento social, o que lhe valeu o estigma de
poeta neo-realista.
Morreu novo, aos 38 anos, mas
deixou uma obra consistente marcada pelos sentimentos de solidão e exílio.
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