Antes dos Jogos, Besson
era uma corredora virtualmente desconhecida e o facto de chegar à final foi uma
surpresa para muitos especialistas, inclusivamente franceses. Durante a prova,
Lillian Board, da Grã-Bretanha, favorita ao ouro, esteve bem à frente
das demais atletas até aos 300 metros, quando, na recta final, Besson, saindo
da quinta posição, deu uma arrancada espectacular para conquistar a medalha de
ouro olímpica com 0,1 s de vantagem sobre a britânica, com 52s03, a sua melhor
marca pessoal, vitória que fez o presidente da França, Charles De Gaulle,
chorar de emoção em Paris.
No Campeonato Europeu de
Atletismo de 1969, ela esteve próxima de outra vitória internacional de
prestígio, ao cruzar a linha de chegada ao mesmo tempo que a sua compatriota
Nicole Duclos, as duas abaixo do recorde mundial, com a marca de 51.7s. O exame
fotográfico da chegada, porém, deu a vitória a Duclos. No estafeta 4x400 metros
do mesmo campeonato, Besson, Duclos e colegas estabeleceram nova marca mundial
para a prova, mas Besson, que cruzou a meta ao mesmo tempo que a adversária
britânica da Cidade do México no ano anterior, Lilian Board, acabou por ficar
com o mesmo tempo, mas em 2º lugar, com a sua equipa, pelo exame da photo
finish.
Depois de 1969, Colette Besson
não conquistou mais nenhuma medalha em eventos internacionais. Participou nos Jogos
Olímpicos de Munique, em 1972, mas não conseguiu classificação para a
final. Retirou-se do atletismo em 1977, mas continuou bastante activa no meio desportivo
francês, tornando-se professora de Educação Física.
Faleceu em 2005, aos 59 anos, vítima
de cancro no esófago, após lutar dois anos contra a doença.
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