sexta-feira, 1 de setembro de 2023

1 DE SETEMBRO - ANNIE ERNAUX

EFEMÉRIDE - Annie Ernaux, nascida Annie Duchesne, escritora e professora francesa, nasceu em Lillebonne no dia 1 de Setembro de 1940.

A sua obra literária, principalmente autobiográfica, romance e memórias, remete-nos para a sociologia.           

Ernaux foi laureada com o Nobel de Literatura de 2022, «pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos colectivos da memória pessoal», tornando-se na primeira mulher francesa a ser laureada com o Nobel de Literatura.

Annie Duchesne passou a sua infância e juventude em Yvetot, na Normandia. Nascida num ambiente social modesto, de pais inicialmente operários e depois pequenos comerciantes de um café, Annie Ernaux estudou na Universidade de Rouen-Normandie e Bordeaux.

Ela tornou-se professora de Literatura Moderna em 1971. Trabalhou durante um tempo num projecto de tese, inacabado, sobre Pierre de Marivaux.

No início da década de 1970, leccionou no Colégio de Bonneville e no Colégio d’Évire em Annecy-le-Vieux e Pontoise, antes de ingressar no Centro Nacional de Educação à Distância (CNED).

Annie Ernaux entrou na literatura em 1974 com “Les Armoires Vides”, um romance autobiográfico. Em 1984, ganhou o Prémio Renaudot com “La Place”, outra de suas obras autobiográficas.

Em 2008 e 2009, com a sua obra “Les Années”, um vasto panorama que vai da época do pós-guerra até ao presente, publicado em 2008, recebeu vários prémios. Nesse mesmo ano de 2008, recebeu o Prix de la langue française por todo o seu trabalho e pelo conjunto da sua obra.

Em 2011, Annie publicou “L’Autre Fille”, uma carta dirigida à sua irmã, que morreu antes de seu nascimento, assim como “L’Atelier noir”, que reúne vários cadernos de anotações, planos e reflexões relacionadas com a escrita das suas obras.

Em 2017, foi laureada com o Prémio Marguerite-Yourcenar, concedido pela Sociedade Civil de Autores Multimídia, por todo o seu trabalho.

Em 2022, Ernaux recebeu o Prémio Nobel de Literatura. Ela também se tornou na 60ª mulher a conquistar um Nobel e na 17ª a conquistar o Nobel de Literatura.

Na eleição presidencial de 2012, ela apoiou o candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, porque «ele assume uma tradição comunista».

Em 30 de Novembro de 2015, ela estava entre os signatários do Apelo dos 58: «Nós nos manifestaremos durante o estado de emergência».

Em Dezembro de 2018, foi co-autora de uma coluna no “Libération” em apoio ao movimento dos “gilets amarelos”.

É docteur honoris causa de Université de Cergy-Pontoise (2014).

Sem comentários:

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...