Aluno da École normale supérieure de Fontenay-Saint-Cloud,
em Lyon, foi um colaborador frequente do realizador Luis Buñuel e, menos
frequente, de Peter Brook. Foi presidente da La Fémis, a escola
cinematográfica do estado francês.
A sua colaboração com Buñuel começou com o filme “Le
journal d’une femme de chambre” (1964), para o qual co-escreveu o guião
(com Buñuel) e também interpretou o papel de um padre da aldeia. Mais tarde, Carrière iria colaborar em quase todos os guiões dos filmes de
Buñuel, incluindo “Belle de jour” (1967), “Le charme discret de la
bourgeoisie” (1972), “Le fantôme de la liberté” (1974), “ Cet
obscur objet du désir” (1977) e “ La
voie lactée” (1969).
Ele escreveu igualmente os guiões
de “Die Blechtromml ” (1979), “Danton” (1983), “Le
Retour de Martin Guerre” (1982), “La dernière image” (1986), “The
Unbearable Lightness of Being” (1988), “Valmont ” (1989), “La
Nuit bengali” (1988), “Chinese Box” (1997) e “Birth” (2004),
e co-escreveu “Max, Mon Amour” (1986)) com o reaslizador Nagisa
Oshima. Ele
colaborou ainda com Peter Brook nas duas versões (com 9 horas e 5 horas de
duração) do antigo épico sânscrito “Mahabharata”.
O seu trabalho na televisão incluiu a série “Less
aventures de Robinson Cruzo” (1964), uma produção francesa mais vista no
exterior.
Autor de diversos livros, em 2011 Carrière lançou a
ficção “Le Reveil de Buñuel”, fantasiando que o cineasta espanhol
“acorda” depois de quase trinta anos morto, deparando-se com um mundo muito
diferente do que ele esperava.
Bastante premiado, Jean-Claude Carrière recebeu ao
longo da sua carreira: um BAFTA, um César, o Oscar
de Melhor Filme em Curta-metragem (1962) e o Prémio Molière de
1991. Foi nomeado para diversos outros prémios, incluindo outro Oscar em
1989.
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