Foi ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e
Ordenamento do Território entre 2011 e 2013 e ministra da Agricultura e do
Mar entre 2011 e 2015. Foi também presidente do CDS-PP, cargo que
desempenhou desde 13 de Março de 2016 até 26 de Janeiro de 2020.
Licenciou-se em Direito na Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, em 1997, onde foi aluna de
Marcelo Rebelo de Sousa.
É casada com Tiago Pereira dos Reis Machado da Graça e
mãe de quatro filhos, e afirma ser católica praticante.
Em Janeiro de 2013, tornou-se a primeira mulher em
Portugal a estar grávida enquanto ministra.
Terminada a licenciatura em Direito, Assunção
Cristas realizou o estágio de advocacia e foi admitida em 1999 na Ordem dos
Advogados.
Paralelamente, foi assistente da Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa, entre 1997 e 1999, onde já era
monitora, desde 1995.
Foi assessora da ministra da Justiça do XV
Governo Constitucional, Celeste Cardona, em 2002, assumindo nesse mesmo ano
a direcção do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento, até 2005.
Em 2004, tornou-se professora convidada na Faculdade
de Direito da Universidade Nova de Lisboa, onde apresentou a
dissertação de doutoramento em Direito Privado, Transmissão contratual do
direito de crédito. Prosseguiu a sua carreira como professora auxiliar, em 2005,
e professora associada, em 2009.
Como assistente convidada, também leccionou no Instituto
Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI).
Entre 2009 e 2011, foi consultora jurídica na sociedade
de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados.
Após abandonar a vida política, retomou, em 2020, a
carreira académica, através da coordenação do Mestrado em Direito e
Economia do Mar - A Governação do Mar da Universidade Nova de Lisboa
e da direcção do NOVA Ocean, centro de
investigação da temática do mar.
Foi recrutada, em Janeiro de 2022, pela sociedade
de advogados Vieira de Almeida para liderar uma equipa transversal no apoio
especializado na área de Ambiente e para coordenar a Plataforma de
Serviços Integrados ESG.
Aderiu ao CDS - Partido Popular em 2007, depois
de uma participação no programa da RTP1 “Prós e Contras”, sobre o
aborto. A sua representação em defesa do Não, no referendo que se iria
realizar, chamou a atenção dos centristas e levou Paulo Portas a convidá-la a
ingressar no partido.
Dois anos depois, em 2009, encabeçou a lista desse
partido pelo Círculo de Leiria, às legislativas desse ano e, dois anos
depois, na sequência da demissão de José Sócrates, voltou a encabeçar a lista
do CDS-PP em Leiria nas legislativas de 2011. Das duas vezes foi eleita
deputada à Assembleia da República. Não chegaria a exercer o mandato na
legislatura iniciada em 2011, em virtude do seu ingresso no governo de Pedro
Passos Coelho, formado por coligação entre o PSD e o CDS-PP.
Em Junho de 2011, integrou a equipa do CDS-PP nas
negociações com o PSD com vista à formação de uma coligação de
incidência parlamentar que permitiu a formação do XIX Governo Constitucional.
Cristas viria a integrar esse governo como ministra da Agricultura, do Mar,
do Ambiente e do Ordenamento do Território em 21 de Junho de 2011, passando
a tutelar dois ministérios que estavam separados no anterior governo.
Em 2 de Julho de 2013, o ministro de Estado e dos
Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, entregou uma carta de demissão e, no
mesmo dia, foi anunciado que Cristas e Pedro Mota Soares, os outros dois
ministros do CDS-PP, entregariam as suas respectivas cartas de demissão,
o que não veio a acontecer.
Em 24 de Julho de 2013, tomou posse como ministra da Agricultura
e Mar, perdendo as pastas do Ambiente e do Ordenamento do Território
para Jorge Moreira da Silva.
Foi novamente empossada como ministra da Agricultura
e do Mar do XX Governo Constitucional em 30 de Outubro de 2015, que
durou até ao mês de Novembro seguinte.
Criou alguma polémica no seu mandato ao divulgar um
despacho que dispensava os funcionários do Ministério de usar gravatas.
Protagonizou outras decisões polémicas, como a extinção da empresa Parque
Expo, gestora do Parque das Nações.
Na sequência do anúncio de não recandidatura de Paulo
Portas, em 28 de Dezembro de 2015, assumiu-se como candidata à Presidência do CDS-PP
em 14 de Janeiro de 2016, depois da desistência dos possíveis candidatos João
Pinho de Almeida e Pedro Mota Soares e, especialmente, depois de ter feito um
pacto com Nuno Melo, em que este abdicaria de concorrer à liderança do partido
no congresso marcado para 12 e 13 de Março, tendo sido eleita com 95% dos
votos.
Anunciou, em 10 de Setembro de 2016, que era candidata
à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas de 2017, sendo que conseguiu
o melhor resultado de sempre do CDS-PP (em coligação com o MPT e
o PPM) nas eleições à Câmara Municipal de Lisboa, com 20,57% dos
votos. Na sequência desses resultados, foram eleitos quatro vereadores das
listas da coligação Nossa Lisboa.
Foi reeleita presidente do CDS-PP no congresso
de 10 e 11 de Março de 2018, em Lamego, com 89,2% dos votos.
Demitiu-se da liderança do CDS após o resultado
desastroso nas eleições legislativas de 6 de Outubro de 2019, eleições essas em
que o CDS conseguiu apenas 4,2% dos votos, tendo a sua representação
parlamentar reduzida de 18 deputados para 5. Foi o pior resultado de sempre do CDS
em eleições legislativas.
Em 26 de Janeiro de 2020, Francisco Rodrigues dos
Santos sucedeu-lhe no cargo de presidente do CDS. No dia seguinte,
renunciou ao mandato de deputada, mantendo-se como vereadora da Câmara
Municipal de Lisboa até ao final do mandato, em Outubro de 2021.
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