Foi um dos mais destacados escultores da Belle
Époque e, ao mesmo tempo, antecedente da escultura monumental do século XX.
Nascido como Émile Antoine Bordelles, no
departamento de Tarn-et-Garonne, o sobrenome paterno foi mal escrito na acta do
de nascimento, Bourdelle em vez de Bordelles.
Concluiu aos 13 anos a escola primária, dedicando-se
quase imediatamente a trabalhar como gravador de madeira na oficina de ebanista do seu pai.
Aprendeu desenho graças ao exemplo de Ingres.
Bourdelle estudou na escola de Belas Artes de Toulouse. Depois, em 1884,
foi residir em Paris e, ali, entrou na Escola Nacional Superior de Belas
Artes, onde teve por mestres a Falguière e Dalou.
Entre 1896 e1904, continuou os seu estudos, tendo como
mestre Rodin, do qual herdaria o que se chama uma linha experimental, embora o
estilo de Bourdelle tivesse traços romanticistas,
que atenuam o expressionismo rodiniano. Como Rodin, entre outros
traços, possuiu um certo gosto pela escultura monumental; no entanto, Bourdelle
evoluiu para uma plasticidade mais esquemática inspirada nas esculturas gregas
arcaicas e com menor intensidade nas góticas, em tal sentido achegou-se mais
para as vanguardas do século XX que Rodin.
Em 1924, foi premiado com a Legião de Honra. Actualmente,
há um Museu Bourdelle na Rua nº18 chamada Antoine Bourdelle de Paris,
no que fora a sua antiga oficina, de 1884 a 1929.
Em Toulouse, parte das suas obras estão expostas no Museu
Ingres. Outras cidades do mundo acolhem obras suas, ao ar livre como
monumentos públicos e em museus.
Entre as suas esculturas, destacam-se o Monumento aos caídos na Guerra Franco-prussiana ( 1870), Hércules arqueiro (1909, no Museu Bourdelle de Paris), O nascimento de Vénus no Teatro de Marselha, a Morte do centauro, a série de relevos para o Teatro dos Champs Élysées (1912), numerosos bustos (de Beethoven, Rodin, Anatole France etc.), uma monumental Virgem com o Menino e, localizadas na cidade argentina de Buenos Aires, as valiosas esculturas de O último centauro, Héracles arqueiro e do Monumento equestre a Carlos María de Alvear, considerado pelo próprio Bourdelle como a sua obra-prima entre os grandes monumentos. A este conjunto, adiciona-se o design do gigantesco monumento-cemitério para os milhares de mortos no combate Vieil Armand durante a Primeira Guerra Mundial.
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