Era filho do pintor Giovanni Giacometti (impressionista).
Estudou em Genebra, Roma e a partir de 1922 em França.
Inicia a sua formação em Genebra, deslocando-se em
1923 para Paris, onde estudou com Antoine Bourdelle. Nessa época, conheceu
alguns dos principais pintores dadaístas, cubistas e surrealistas
que influenciaram o seu início de carreira.
Aderiu ao movimento surrealista entre 1930 e
1934, período em que produziu algumas obras fundamentais para a caracterização
da escultura surrealista, como L’Heure des Traces (1930), O
Palácio às Quatro da Manhã (1932) e Mãos Sustentando o Vazio (1934).
Esta última escultura valeu-lhe a admiração de André Breton, o autor do “Manifesto
Surrealista”.
O escritor James Lord posou para o último retrato de
Giacometti e escreveu um livro sobre o escultor, que foi transformado em filme
dirigido por Stanley Tucci.
Nos trabalhos realizados depois da Segunda Guerra
Mundial, onde a figura humana protagoniza as suas pesquisas plásticas,
Giacometti recupera a capacidade expressiva da imagem e do objecto,
acompanhando a tendência neofigurativa que, nestes anos, marcou o
percurso criativo de vários artistas plásticos. Esta representação do corpo
humano marca o período mais original de Giacometti.
A recorrência dos temas e das soluções plásticas
adoptadas resulta de um posicionamento teórico identificado com a filosofia existencialista,
como o testemunha a amizade entre Giacometti e Jean-Paul Sartre.
O existencialismo na obra de Giacometti
traduz-se numa essencialidade e numa repetição dos
meios expressivos e dos gestos formais, que imprimem à figura humana uma
significação fundamental: uma linha vertical confrontando com a horizontalidade
do mundo.
A deformação dramática das proporções, o alongamento
das formas e a manipulação da superfície e da textura acentuam a materialidade
dos objectos e a capacidade expressiva e poética da obra de arte.
As personagens, isoladas ou em grupos, exprimem um
sentido de individualismo e de descontextualização, acentuado pela própria
escala das esculturas. Destacam-se, entre as inúmeras obras executadas durante
o final da década de 1940 e na década seguinte, as esculturas L’Homme
qui marche, representado, na nota de cem francos suíços. Também a escultura
mais cara do mundo em 3 de Fevereiro de 2010, quando foi leiloada por 74.2
milhões de euros (1949) e La Femme au Chariot (1950).
A obsessão pela representação da figura humana
revela-se também na sua produção pictórica e nos seus desenhos, onde a linha
assume uma grande expressividade e liberdade na caracterização das formas e dos
volumes.
Embora seja possível enquadrar as primeiras produções
artísticas em correntes como o impressionismo, o cubismo e o surrealismo,
torna-se difícil a classificação ou a inserção da obra tardia de Giacometti num
movimento artístico definido, de onde ressalta o carácter marcadamente pessoal
do seu percurso criativo.
A Fundação Alberto Giacometti tem uma exposição
permanente no Museu das Belas Artes de Zurique.
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