Começou a sua carreira aos 18
anos, cantando fado, depois de frequentar com empenho aulas de canto que lhe
prognosticavam uma carreira no canto lírico. A sua primeira aparição em TV
foi no Brasil, onde também actua ao vivo.
Teve aulas de canto com Maria
Amélia Duarte D’Almeida e prosseguiu os seus estudos académicos na Escola de
Hotelaria e Turismo.
Foi professora de música no Instituto
Vaz Serra, em Cernache do Bonjardim (Sertã), nas décadas de 1950 e 1960,
tendo em 1965 partido para o Brasil para participar na Expo Portugal de Hoje,
no Rio de Janeiro.
De regresso a Portugal, o
fadista João Ferreira-Rosa (1937/2007) convidou-a para fazer parte do elenco da
casa de fados Taverna do Embuçado, no bairro lisboeta de Alfama, onde se
manteve durante vários anos.
O primeiro disco gravou-o
para a Tecla em 1969, onde ainda gravou um segundo disco, mas depois
passou para a Valentim de Carvalho.
Em 1972, colaborou no disco
de José Afonso “Eu vou ser como a toupeira”. Com Paulo de Carvalho e
Tonicha, participou na 14ª edição da Taça da Europa de Cantares de Knokke.
Lançou o álbum “Fados”
em 1976 e são lançados vários EP com as canções do disco.
Participa no Festival RTP
da Canção de 1977, com a canção “Canção sem grades”, com letra de
Rita Olivaes e música de Manuel José Soares. No Lado B, aparece “Ícaro”
com um poema de José Régio e música de José Luís Tinoco.
Em 1977, edita o seu mais
reconhecido álbum, “Ó rama, ó que linda rama”, com produção de Vitorino.
O disco inclui temas populares e várias versões de José Afonso, bem como a
canção “Verdes São os Campos” com poema de Luís de Camões.
Em 1979, participou no Festival
RTP da Canção com os temas “Cantemos até Ser Dia” de Pedro Osório,
que ficou em 9º lugar na final, e “Maria, Maria”, que ficou em 6º lugar
na 3ª semifinal.
Participou no programa “E
o resto são cantigas” (1981) dedicado ao maestro Frederico Valério.
Teresa Silva Carvalho e
Carlos do Carmo actuaram juntos em vários espectáculos. Em 14 de Outubro de
1985 actua, com ele, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste
Gulbenkian, num concerto dedicado aos Fados e Canções de Lisboa.
Em 31 de Janeiro de 1986,
participou num concerto de homenagem a Jacques Brel realizado no Instituto
Franco-Português. Este espectáculo integraria ainda as actuações de Janita
Salomé, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Carlos do Carmo, Vitorino e a
participação especial de Juliette Gréco.
Em 1988, participou no 7º
episódio do programa “Humor de Perdição”, de Herman José, num episódio
dedicado a Florbela Espanca.
Após este período de sucesso
e reconhecimento artístico, Teresa Silva Carvalho opta pela sua vida privada e
afasta-se do mundo do espectáculo.
Teresa Silva Carvalho gravou
poetas como António Botto, Mário de Sá-Carneiro, Ary dos Santos, Almeida
Garrett e Fernando Pessoa.
Teresa Silva Carvalho faleceu
em 2023, vítima de doença prolongada.
Recebeu o Prémio de
Imprensa na categoria Revelação (fado), atribuído em 1970 pelo Sindicato
dos Jornalistas.
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