Teve uma vida itinerante, o
que se reflecte na sua poesia, basicamente escritos em viagens. Visitou o
Brasil na década de 1920, influenciando diversos artistas e escritores
do modernismo brasileiro e sendo também influenciado por Oswald de Andrade,
cujos poemas da “Poesia Pau-Brasil”, de construção cubista, apresentam
forte semelhança formal e no gosto pelo primitivo. Nessa incursão, interessou-se
pela mente doentia do criminoso Febrónio Índio, do Brasil, sobre quem escreveu
artigos em jornais e um capítulo de livro.
Esteve também ligado ao
movimento modernista em Portugal, tendo colaborado na revista “Portugal
Futurista”, e traduziu para francês o romance “A Selva”, de Ferreira
de Castro.
Autor também de poemas mais
extensos que os do seu aparentado poeta brasileiro, como a “Prosa do
Transiberiano”, foi sempre fiel, em poesia, ao seu estilo «literatura de
viajantes», sendo este um longo poema realmente prosaico, feito a partir de
reminiscências, que lembra a posterior obra de Allen Ginsberg.
Mesmo sendo suíço de
nascimento, é considerado por Paul Éluard como um dos maiores poetas franceses
do século XX.
Sem comentários:
Enviar um comentário