Fez
a sua carreira como “embaixador” do fado no Brasil, onde se tornou
popular e foi chamado “o príncipe da canção portuguesa”.
Ele
primeiro visitou o Brasil em 1934/1935, voltou novamente para passar os anos de
guerra no Brasil, e lá se estabeleceu definitivamente em 1947.
Ao
completar 23 anos, em 1934, foi convidado pela companhia teatral Embaixada
do Fado para ser o galã e fadista do elenco. Faziam parte desta companhia
nomes consagrados do meio fadista como Maria do Carmo e Filipe Pinto. Essa
viagem determinaria, contudo, o futuro de Joaquim Pimentel.
No
ano de 1934, a cantora Carmen Miranda assistiu a revista da “Embaixada do
Fado” no Teatro República (Rio de Janeiro). Ficou impressionada com
a voz de Pimentel. Então, ela perguntou se ele gostaria de cantar na rádio,
rapidamente respondeu que sim. Carmen levou-o para a Rádio Mayrink Veiga,
da qual era contratada, e fez com que o seu patrício tomasse parte no programa
“Horas Portuguesas”. O agrado foi imediato. Depois de um breve retorno a
Portugal, Pimentel regressou ao Brasil e, em Setembro de 1936, foi contratado
para a Rádio Nacional, depois foi para a rádio Ipanema onde ficou
até 1940, e por fim, a Vera Cruz onde permaneceu mais de 30 anos.
O
seu sucesso foi rápido, passou a ser tão popular nos meios radiofónicos quanto
o fadista Manoel Monteiro. Anunciou a revista “Cinearte” (RJ) de Janeiro
de 1937: Joaquim Pimentel foi um dos autênticos representantes da música
popular portuguesa no rádio carioca. Tinha discrição, autoridade e sentimento,
possuía um meio certo de emocionar o seu público - seja no ritmo dolente do
Fado ou na cadência viva das canções lusa.
Cantou
a variação portuguesa da valsa que Gilda de Abreu compôs. Esta última
referência diz respeito à participação do artista luso no filme “Bonequinha
de Seda” (1936), produzido pela Cinédia e dirigido por Oduvaldo
Viana.
Entre
os seus fados está “Dá tempo ao tempo”, e “Voltaste” gravados por
Beatriz da Conceição, José António (viola) e José Manuel (guitarra) para Paul
Van Nevel, em 1996.
Joaquim
Pimentel faleceu em 1978 (dois dias antes do seu aniversário).
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