terça-feira, 22 de julho de 2025

22 DE JULHO - ANTONIO SAURA

EFEMÉRIDE - Antonio Saura, artista plástico espanhol, morreu em Cuenca no dia 22 de Julho de 1998. Nascera em Huesca, em 22 de Setembro de 1930.

Era irmão do director de cinema Carlos Saura e tio do produtor cinematográfico Antonio Saura. É considerado um dos maiores artistas de Espanha no século XX.

Nascido em Huesca, passou os anos 1936/1939 entre Barcelona, Valência e Madrid devido à Guerra Civil Espanhola, após o que viveu mais um ano em Huesca antes de regressar a Madrid.

Em 1943, contraiu tuberculose, doença que o obrigou a várias operações e a ficar essencialmente imobilizado durante cinco anos. Neste período, começou a aprender sozinho a pintar e a escrever e, superada a doença, realizou a sua primeira exposição com as obras que estudou e pintou em Saragoça em 1950, seguida de outra em Madrid em 1952; entretanto, publicou também a sua primeira obra poética, “Programio”.

Entre 1954 e 1955, mudou-se para Paris, onde integrou o grupo surrealista e onde, em 1957, realizou uma exposição na Galérie Stadler.

De regresso a Madrid, em 1957 foi um dos fundadores do grupo El Paso, do qual se manteve à frente até 1960, conhecendo também neste período o crítico Michel Tapié.

A partir de 1960, deixou de pintar exclusivamente a preto e branco, aproximando-se cada vez mais da cor e passando também a realizar algumas esculturas. No mesmo ano, recebeu o Prémio Guggenheim em Nova Iorque e, entretanto, as suas obras começam a ser expostas nos principais museus europeus e americanos.

A partir de 1966, fez várias viagens a Cuba, encontrando novas inspirações para os seus trabalhos e onde, em 1968, participou no Congresso Cultural de Havana. No mesmo ano, abandonou a técnica do óleo sobre tela para se dedicar, durante cerca de dez anos, à pintura sobre papel, enquanto em 1969 o editor Gustavo Gili, de Barcelona, publica a primeira monografia a ele dedicada, com texto de José Ayllón.

Nas últimas décadas da sua carreira, experimentou outras formas artísticas, da escultura ao vitral (destaca-se uma “Crucificação” de 1965 na igreja de San Tomaso em Amsterdão), do grafismo à pintura mural, esta última técnica da qual se conserva em particular a obra “Senza centro” (1968), no Museo de la revolución de Havana, e “Elegia” (1987), na Câmara Municipal de Huesca.

Ele faleceu em Cuenca, em 1998.

As suas obras agora são exibidas em vários museus em todo o mundo, incluindo o Musée Picasso em Antibes, o Centre Pompidou em Paris, o Städelsches Kunstinstitut und Städtische Galerie em Frankfurt am Main, a National Gallery e a Tate Modern em Londres, o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía em Madrid, o Museu Guggemheim e o Museu Metropolitano em Nova Iorque.

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