Era
irmão do director de cinema Carlos Saura e tio do produtor cinematográfico
Antonio Saura. É considerado um dos maiores artistas de Espanha no século XX.
Nascido
em Huesca, passou os anos 1936/1939 entre Barcelona, Valência e Madrid devido à
Guerra Civil Espanhola, após o que viveu mais um ano em Huesca antes de
regressar a Madrid.
Em
1943, contraiu tuberculose, doença que o obrigou a várias operações e a ficar
essencialmente imobilizado durante cinco anos. Neste período, começou a
aprender sozinho a pintar e a escrever e, superada a doença, realizou a sua
primeira exposição com as obras que estudou e pintou em Saragoça em 1950,
seguida de outra em Madrid em 1952; entretanto, publicou também a sua primeira
obra poética, “Programio”.
Entre
1954 e 1955, mudou-se para Paris, onde integrou o grupo surrealista e onde, em
1957, realizou uma exposição na Galérie Stadler.
De
regresso a Madrid, em 1957 foi um dos fundadores do grupo El Paso, do
qual se manteve à frente até 1960, conhecendo também neste período o crítico
Michel Tapié.
A
partir de 1960, deixou de pintar exclusivamente a preto e branco,
aproximando-se cada vez mais da cor e passando também a realizar algumas
esculturas. No mesmo ano, recebeu o Prémio Guggenheim em Nova Iorque e,
entretanto, as suas obras começam a ser expostas nos principais museus europeus
e americanos.
A
partir de 1966, fez várias viagens a Cuba, encontrando novas inspirações para
os seus trabalhos e onde, em 1968, participou no Congresso Cultural de
Havana. No mesmo ano, abandonou a técnica do óleo sobre tela para se
dedicar, durante cerca de dez anos, à pintura sobre papel, enquanto em 1969 o
editor Gustavo Gili, de Barcelona, publica a primeira monografia a ele
dedicada, com texto de José Ayllón.
Nas
últimas décadas da sua carreira, experimentou outras formas artísticas, da
escultura ao vitral (destaca-se uma “Crucificação” de 1965 na igreja
de San Tomaso em Amsterdão), do grafismo à pintura mural, esta última
técnica da qual se conserva em particular a obra “Senza centro” (1968),
no Museo de la revolución de Havana, e “Elegia” (1987), na Câmara
Municipal de Huesca.
Ele
faleceu em Cuenca, em 1998.
As
suas obras agora são exibidas em vários museus em todo o mundo, incluindo o Musée
Picasso em Antibes, o Centre Pompidou em Paris, o Städelsches
Kunstinstitut und Städtische Galerie em Frankfurt am Main, a National
Gallery e a Tate Modern em Londres, o Museo Nacional Centro de
Arte Reina Sofía em Madrid, o Museu Guggemheim e o Museu
Metropolitano em Nova Iorque.
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