sexta-feira, 13 de outubro de 2006

EFEMÉRIDE - Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho, poeta, escritor, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro, faleceu no Rio de Janeiro, em 13 de Outubro de 1968, com 82 anos. Nascera no Recife em 19 de Abril de 1886.
Abandonou cedo os seus estudos (1904) porque, segundo os médicos, tinha tuberculose e teria pouco tempo de vida. Passou muitos anos em sanatórios, até conseguir a cura. Em 1913 embarcou mesmo com destino à Europa para ser tratado no Sanatório de Clavadel, na Suíça. Neste sanatório conheceu Paul Éluard e Gala, que se casaria depois com Éluard e mais tarde com Salvador Dali.
Em virtude da eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, voltou ao Brasil.
Em 1916, publicou o seu primeiro livro A cinza das horas, numa edição de 200 exemplares custeada por si mesmo. Seguem-se várias obras. Em 1930 publica Libertinagem, em edição como sempre custeada pelo autor.
Grandes comemorações marcam os cinquenta anos do poeta, em 1936, entre as quais a publicação de Homenagem a Manuel Bandeira, livro com poemas, estudos críticos e comentários, de autoria dos principais escritores brasileiros.
Professor de literatura, foi eleito em 1940 para a Academia Brasileira de Letras.
É um dos poetas brasileiros mais admirados, com um estilo sóbrio, simples e directo de escrever.
Está incluído em muitas antologias de poesia brasileira e escreveu por vezes em co-autoria com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto, etc.
Traduziu vários autores, entre os quais Shakespeare, Jean Cocteau, Fréderic Mistral, Bertold Brecht, Morris West e John Ford.
Seleccionou e organizou : Sonetos Completos e Poemas Escolhidos de Antero de Quental e Cartas a Manuel Bandeira, de Mário de Andrade.
Comemorou 80 anos, em 1966, recebendo muitas homenagens. A conhecida Editora José Olympio realizou na sua sede uma festa, em que participaram mais de mil pessoas, e lançou os volumes Estrela da Vida Inteira (poesias completas e traduções de poesia) e Andorinha Andorinha (selecção de textos em prosa, organizada por Carlos Drummond de Andrade). Comprou uma casa em Teresópolis, a única de sua propriedade ao longo da vida.
Morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

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