segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Charles Spencer Chaplin, o mais famoso actor dos primeiros tempos do cinema, morreu em Vevey, na Suiça, no dia de Natal de 1977, vítima de derrame cerebral. Nascera em Walworth, perto de Londres, em 16 de Abril de 1889.
O seu principal personagem, que o marcaria para sempre, foi o conhecido vagabundo bem vestido, com bigodinho, cartola e bengala. Chaplin foi um dos mais criativos actores do cinema mudo e, além disso, ao longo da sua vida, foi também director, guionista, produtor e até financiador de alguns dos seus próprios filmes. Era mais conhecido em Portugal, como Charlot.
O seu quociente de inteligência era de 140, tendo sido também um ás do xadrez. Filho de pai alcoólico, que morreu quando ele tinha doze anos, a mãe tinha sérios problemas mentais, que levaram ao seu internamento num asilo até à data da morte, em 1928.
Representou pela primeira vez aos cinco anos. Em 1900, com 11 anos, conseguiu com a ajuda do irmão o papel cómico de gato numa peça infantil. Em 1903, participou noutra peça e, depois, assumiu o seu primeiro trabalho regular em Sherlock Holmes, num papel que representou até 1906. Nunca mais parou e, em 1912, chegou à América numa companhia de circo. O seu salário fala pelos êxitos que obteve, passando de 150 dólares semanais em 1914 para um milhão três anos depois.
Em 1919, fundou o estúdio United Artists. Embora os filmes falados se tivessem já popularizado em 1927, Charlot resistiu a utilizá-los até 1930. Em 1931, Luzes da Ribalta foi como que a ponte entre os seus filmes mudos e falados. Depois, o Grande Ditador foi uma afronta a Adolf Hitler e ao nazismo, que tentavam então partir à conquista sobretudo da Europa. As suas posições políticas sempre penderam para a esquerda e o seu filme Tempos Modernos foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral.
Foi a Inglaterra em 1952, visitou a família do Mahatma Gandhi e, no seu regresso, a CIA impediu a sua reentrada nos Estados Unidos. Permaneceu então na Europa, morando na Suíça. Recebeu o Prémio Internacional da Paz em 1954.
Só voltou aos Estados Unidos em 1972, para receber o seu segundo Óscar, o primeiro ganhara-o em 1929. O seu último filme foi a Condessa de Hong Kong, já a cores, em 1967.

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