sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

EFEMÉRIDE - Flor Bela de Alma da Conceição, poetisa portuguesa, precursora do movimento feminista em Portugal, nasceu em Vila Viçosa, no dia 8 de Dezembro de 1894, tendo morrido em Matosinhos, no mesmo dia e mês de 1930.
Teve uma vida tumultuosa e inquieta, transformando os seus sofrimentos íntimos em poemas de alta qualidade, muitos dos quais com carácter erótico e feminista.
Em 1903, Florbela Espanca escreveu a primeira poesia de que há conhecimento, A Vida e a Morte. Casou-se no dia de seu aniversário, em 1913, concluindo o curso de Letras em 1917. Inscreveu-se seguidamente em Direito, sendo a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa. Colaborou em diversos jornais e revistas entre as quais a “Portugal Feminino
Sofreu um aborto involuntário em 1919, ano em que publicou o Livro de Mágoas. Foi por esta época que Florbela começou a apresentar sintomas sérios de desequilíbrio mental. Em 1922, depois de se ter separado do primeiro marido no ano anterior, casou-se pela segunda vez.
O Livro de Sóror Saudade é publicado em 1923. Entretanto, Florbela sofreu novo aborto e o seu marido pediu o divórcio. Em 1925, casou-se pela terceira vez. A morte do irmão, num acidente de aviação, abalou-a gravemente e inspirou-a para escrever As Máscaras do Destino.
Tentou o suicídio por duas vezes em 1930, antes de publicar a sua obra-prima, Charneca em Flor. Após o diagnóstico de um edema pulmonar, acabou por se suicidar no dia do seu 36º aniversário, ingerindo uma dose letal de um soporífero.
Alguns dos seus livros foram publicados postumamente. Florbela Espanca é, muito justamente, considerada uma das grandes figuras femininas do século XX.

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