terça-feira, 27 de setembro de 2011




EFEMÉRIDE Lhasa de Sela, cantora americana de ascendência mexicana e americano-judaico-libanesa, nasceu em Big Indian, no Estado de Nova Iorque, em 27 de Setembro de 1972. Morreu em Montreal no dia 1 de Janeiro de 2010, vítima de cancro na mama.


Era filha de um escritor e professor mexicano, que percorria os Estados Unidos e o México em missões profissionais, e de uma fotógrafa americana. Passou a infância saltando de terra em terra, juntamente com os pais e os irmãos.


A sua obra musical mistura a tradição mexicana e cigana, o folk americano, a canção francesa, o soul e o rock, sendo cantada em três idiomas : espanhol, francês e inglês.


Apenas com 13 anos, começou a cantar jazz num café grego de São Francisco. Aos dezoito estudou no St. John's College de Santa Fé, onde esteve um ano. Foi depois para Montreal, com a finalidade de visitar os irmãos que estudavam na Escola Nacional de Circo. Ficou a morar com as irmãs, trabalhando de dia e cantando à noite. Foi então que conheceu Yves Desrosiers, um encontro que foi determinante para a sua carreira. Com ele gravou o seu primeiro álbum em 1997. Descobertos pelo director artístico da editora independente Audiogram, aqui produziu “La Llorona”, disco lançado em 1998 que foi um sucesso mundial, «evocando uma América Latina ao mesmo tempo real e imaginária, nascida da memória de uma infância itinerante».


Depois de tournées efectuadas em 1998 e 1999, juntou-se em França ao circo contemporâneo “Pocheros”, onde trabalhavam as suas irmãs Ayin, Sky e Miriam. Fixou-se em Marselha durante dois anos e meio. Voltou a Montreal em 2002, onde finalizou o álbum “The Living Road”. Enquanto “La Llorona” era cantado inteiramente em espanhol, este disco era interpretado em espanhol, francês e inglês. A capa foi desenhada por ela mesma e o álbum foi lançado em 2003.


Em 2004 e 2005 fez uma longa tournée, percorrendo a Europa, os Estados Unidos, o Canadá e o México. Deu mais de 180 espectáculos, todos com grande êxito.


As suas canções foram igualmente utilizadas nas bandas sonoras de vários filmes e séries de televisão, como por exemplo em “Os Sopranos”. Foi premiada com o título de A Melhor Artista das Américas, quando da gala dos World Music Awards da BBC em 2005.


Em 2009, lançou mais um álbum, ao qual deu o seu nome, todo cantado em inglês, a sua língua materna. Apresentou-o no Canadá e na Europa. Depois de dois concertos na Islândia, teve de anular o resto da tournée por razões de saúde. Soube-se então que lutava contra um cancro há mais de 21 meses. Morreu no primeiro dia de 2010, na sua residência em Montreal. Tinha 37 anos.

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