segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


O renascer da esperança

"Colher de chá"...

EFEMÉRIDEPaulo Jorge dos Santos Futre, ex-jogador de futebol português, um dos melhores de todos os tempos, nasceu no Montijo em 28 de Fevereiro de 1966.
Foi formado no Sporting Clube de Portugal, jogando a sua primeira época como profissional aos dezassete anos. Após incompatibilidades com a direcção sportinguista, transferiu-se para o Futebol Clube do Porto onde, em três épocas, conquistou dois Campeonatos, duas Super Taças de Portugal e uma Taça dos Campeões Europeus.
Em 1987, foi para o Atlético de Madrid, naquela que foi para a época, a mais cara transferência do futebol português. Não alcançou o sucesso desportivo que se previa, mas em termos individuais tornou-se num dos grandes símbolos de sempre deste clube.
Cinco anos e meio depois de estar em Espanha, onde conquistou duas “Copas do Rei”, regressou ao futebol português, para representar o Sport Lisboa e Benfica, conquistando uma Taça de Portugal.
Problemas de ordem financeira levaram-no a sair prematuramente do clube, transferindo-se para o Olympique de Marselha. Gravíssimas lesões fizeram com que tivesse vários períodos de meses de inactividade. Ainda passou pelo futebol italiano (AC Reggiana e Milan) e inglês (West Ham), não voltando porém aos níveis exibicionais que o tinham notabilizado. Mesmo assim conquistou a Liga Italiana em 1995/1996 e ainda voltou ao Atlético de Madrid em 1997/1998, finalizando a sua carreira no Yokohama Flügels do Japão (1998/1999)
Foi o “Melhor Jogador do Campeonato Português” por duas vezes (1985/86 e 1986/87) e recebeu a “Bola de Prata” de 1987 como “2º Melhor Jogador Europeu” (o primeiro foi Ruud Gullit).
Tem dois filhos: Paulo Júnior, que estuda Design e tem a sua própria marca de roupa, e Fábio que segue as pisadas do pai no Atlético de Madrid, tendo sido chamado mais de uma vez à Selecção Portuguesa de Sub-17.
Paulo Futre foi internacional português 41 vezes (1983/1995), tendo participado nos Mundiais de 1986 no México.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE Aleksandr Porfirevich Borodin, compositor, médico e químico russo de origem georgiana, morreu em São Petersburgo no dia 27 de Fevereiro de 1887, vítima de um enfarte. Está enterrado no cemitério do Mosteiro Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo, sua terra natal. Nascera em 12 de Novembro de 1833.
Filho ilegítimo do príncipe georgiano Gedianov, teve a sua paternidade atribuída a um servo do nobre, Porfiry Borodin. Apesar de ter recebido lições de piano e violoncelo quando criança, a sua educação foi direccionada para as Ciências. Formado em Medicina e interessado pela Química, aperfeiçoou-se em Heidelberg, na Alemanha (1859-1862).
Em toda a sua vida, Borodin dedicou-se quase inteiramente à Química, escrevendo muitos tratados científicos e fazendo importantes descobertas. Também foi professor de Química Orgânica na Academia Militar de São Petersburgo (1864-1887). Considerava-se apenas «um compositor dos domingos».
Apesar de já possuir noções de música, tendo inclusivamente escrito um dueto para piano aos nove anos de idade, foi só depois de conhecer Balakirev, em 1862, que passou a fazer composições “mais a sério”. Balakirev convenceu-o a integrar o “Grupo dos Cinco”, com cujas ideias nacionalistas se identificava e de que faziam parte, além dele, Cui, Mussorgsky e Rimsky-Korsakov. Também o ajudou a compor a sua primeira sinfonia, a qual regeu na estreia em 1869.
No mesmo ano, Borodin começou a compor a sua segunda sinfonia, que não foi bem recebida na estreia em 1877. Após uma pequena re-orquestração, conduzida por Rimsky-Korsakov, foi elogiada pelo público. Em 1880, na Alemanha, Franz Liszt regeu esta mesma sinfonia, proporcionando-lhe fama no estrangeiro.
Em 1869, começara a compor a sua obra mais importante: a ópera “O Príncipe Igor”. Trabalhou nela durante 18 anos, até à sua morte, deixando-a incompleta. Foi terminada por Rimsky-Korsakov e Glazunov em 1890.
Escreveu igualmente numerosas peças para piano, várias melodias e música de câmara. Cientificamente, publicou importantes artigos sobre química, tendo descoberto - em 1861 - uma reacção química conhecida hoje sob o nome de “reacção Borodin-Hunsdiecker”. Em 1872, participou na fundação de uma Escola de Medicina para o ensino de mulheres.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDED. José da Cruz Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, nasceu em Alvorninha, Caldas da Rainha, no dia 26 de Fevereiro de 1936. É Patriarca de Lisboa desde 1998, tendo sido nomeado cardeal em 2001.
Estudou Filosofia e Teologia no Seminário dos Olivais em Lisboa, tendo feito o seu doutoramento em Teologia na Universidade Pontifical Gregoriana em Roma. Foi ordenado sacerdote em Agosto de 1961.
Foi nomeado bispo auxiliar de Lisboa em Maio de 1978, sendo a sua ordenação episcopal datada de Junho do mesmo ano. Foi um activo colaborador do Cardeal Patriarca D. António Ribeiro, tendo sido seu vigário-geral. Foi nomeado arcebispo coadjutor de Lisboa em Março de 1997.
Com o falecimento do Cardeal Patriarca D. António Ribeiro, D. José Policarpo sucedeu-lhe como 16º Patriarca de Lisboa. Este cargo detém o raríssimo privilégio perpétuo do prelado que o ocupar ser nomeado cardeal no consistório seguinte ao da sua investidura no mesmo.
Tem desenvolvido, ao longo dos tempos, uma intensa actividade pastoral. Foi director e reitor de um seminário e decano da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, da qual foi igualmente reitor de 1988 a 1996. Foi protagonista da renovação cultural da Igreja Católica em Portugal. Publicou cerca de 50 obras, incluindo as homílias quaresmais pronunciadas nos últimos anos. Presidiu à Conferência Episcopal Portuguesa de 1999 a 2005.
Em Janeiro de 2009, D. José Policarpo causou alguma controvérsia quando, num simpósio, pediu às jovens portuguesas que pensassem duas vezes antes de casarem com um muçulmano. Para D. José tais casamentos acarretariam um «monte de sarilhos que nem Alá sabe onde terminam». Disse ainda que o diálogo com a comunidade muçulmana seria difícil e que a mesma não seria aberta a críticas. A comunidade muçulmana em Portugal revelou-se magoada com as palavras do cardeal, enquanto que para a Igreja as declarações eram antes um convite a um diálogo mais aberto e um apelo ao conhecimento mútuo. A Amnistia Internacional considerou as afirmações “discriminatórias e separativas”.
Recentemente, D. José Policarpo revelou que já escrevera a sua carta de renúncia. Com efeito, ao completar 75 anos de idade, ele é, pelo direito canónico, obrigado a apresentar a sua resignação ao Papa, que depois decide se a aceita ou não.
Quanto à eventual nomeação de um sucessor, D. José Policarpo disse apenas que não terá qualquer influência nesse processo: «Não é quem sai que tem alguma influência no seu sucessor. É uma sucessão apostólica e por isso compete à Igreja designar. O esquema é conhecido: a nunciatura conduz o processo, mas é uma consulta muito ampla, a padres, a leigos, à estrutura da Igreja, até à decisão final, que é do Santo Padre».
No seio da cúria romana, ele é membro da Congregação para a Educação Católica, do Conselho Pontifical para os Laicos e do Conselho Pontifical para a Cultura.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEKarl Friedrich May, escritor alemão, nasceu em Hohenstein-Ernsthal no dia 25 de Fevereiro de 1842. Faleceu em Radebeul, em 30 de Março de 1912.
Era o quinto entre catorze filhos de um pobre tecelão, tendo conhecido a miséria e o sofrimento nos primeiros anos de vida. Chegou a estar quase cego devido a má nutrição. Recuperou a visão aos quatro anos, depois de uma operação cirúrgica e de tratamento médico.
Foi mestre de escola perto de Dresden. Encontrou depois a sua vocação, escrevendo livros de viagens e aventuras, no Oriente e nas Américas. Estudara diversas línguas orientais e dialectos dos índios americanos, o que, aliado aos seus amplos conhecimentos de geografia e ao abundante material colhido nas viagens que realizou, lhe permitiu dar um colorido próprio às peripécias e incidentes que a sua fértil imaginação elaborava.
Muita gente recusava-se a acreditar que Karl May não tivesse vivido realmente os acontecimentos que narrava com tanto vigor e verdade (muitas das vezes na primeira pessoa), daí a ideia de que o autor fosse afinal um salteador, bandoleiro e embusteiro.
Ao morrer, deixou instituída por testamento a “Fundação Karl May”, destinada a auxiliar escritores e jornalistas pobres ou doentes. Não esquecera a miséria e as privações que tinha sofrido na infância e juventude e, num gesto de altruísmo, quis que parte dos seus haveres fosse utilizada para livrar dos mesmos sofrimentos outros homens de letras.
Vendeu 75 milhões de livros somente na Alemanha, tendo sido traduzido em quase 100 países, onde foram vendidos mais de 200 milhões de exemplares.
Numerosos dos seus livros foram publicados sob diversos pseudónimos: capitão Ramon Diaz de la Escosura, M. Gisela, Hobble-Frank, Karl Hohenthal, D. Jam, Príncipe Muhamel Lautréamont, Ernst von Linden, P. van der Löwen, Emma Pollmer, Richard Plöhn e Franz Langer. Hoje, todas as suas obras são editadas com o seu verdadeiro nome.

Estugarda 0 - Benfica 2

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEAlain Marie Pascal Prost, ex piloto automobilista francês, considerado um dos mais bem sucedidos corredores de Fórmula 1 de todos os tempos, nasceu em Lorette (Loire) no dia 24 de Fevereiro de 1955. Durante a sua carreira na F1, entre 1980 e 1993, venceu 51 Grandes Prémios.
Sonhava vir a ser professor de ginástica, antes de descobrir o Karting, aos catorze anos, durante umas férias. Foi com um braço engessado que obteve esta sua primeira vitória. Ganhou depois os títulos de Campeão Júnior de França e da Europa em 1973. No ano seguinte sagrou-se Campeão Sénior de França. Seguiram-se mais tarde a “Fórmula Renault” e a “Fórmula 3”, igualmente com assinalável sucesso.
Estreou-se na Fórmula 1 no Grande Prémio da Argentina em 1980. A sua primeira vitória foi em solo francês, no Grande Prémio da França de 1981, com um Renault. Ainda na Renault, somou mais oito vitórias ao seu palmarés. Divergências com a equipa fizeram-no ingressar na McLaren, onde somaria mais de 30 vitórias e ganharia três Títulos Mundiais (1985, 1986 e 1989). Foi condecorado com a Legião de Honra Francesa em 1985.
Houve grande rivalidade entre Prost e Ayrton Senna nos anos 1988/1989, quando eram companheiros de equipa na McLaren. Prost passou depois para a Ferrari, onde a sua rivalidade com o brasileiro prosseguiu, mas então já em equipas diferentes. Foi vice campeão em 1990 e não competiu em 1992.
Voltou em 1993, sagrando-se mais uma vez Campeão, agora pela Williams Renault. Encerrou nesse mesmo ano a sua carreira na Fórmula 1.
Foi conselheiro técnico e piloto de ensaios da McLaren em 1995/1996, colaborando igualmente com o canal televisivo TF1 e com a rádio Antena 1.
De 1997 a 2001 foi proprietário e dirigiu a “Prost Grand Prix Racing Team”, uma experiência mal sucedida. A equipa faliu no começo de 2002.
Entre 2004 e 2008 fez algumas incursões em Corridas sobre o Gelo e de Grande Turismo.
Fora das corridas de automóveis, Prost é um entusiasta pelo ciclismo de estrada, tendo colaborado no design de bicicletas da fábrica francesa Cyfac.
Reside desde 1983 na Suíça. O célebre Circuito do Mans foi baptizado com o seu nome, bem assim como uma escola de pilotagem que forma crianças para a condução desportiva.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEPaul Louis Charles Claudel, diplomata, dramaturgo, ensaísta e poeta francês, membro da Academia Francesa de Letras e galardoado com a grã-cruz da Legião de Honra, morreu em Paris no dia 23 de Fevereiro de 1955. Nascera em Villeneuve-sur-Fère, em 6 de Agosto de 1868.
Em 1882, a família mudou-se para Paris, onde ficou durante dez anos. Em 1886, Paul Claudel, que tinha 18 anos e até então era ateu, converteu-se subitamente ao catolicismo, ao ouvir - no Natal - o coro da Catedral de Notre-Dame de Paris.
Apesar de ter pensado em dedicar-se à vida monástica, com os monges beneditinos, acabou por entrar para o corpo diplomático francês, onde prestou serviço de 1893 até 1936. Foi Cônsul de França em Nova Iorque, Boston, Praga, Frankfurt, Hamburgo e China, Ministro plenipotenciário no Rio de Janeiro e em Copenhaga e Embaixador em Tóquio, Washington e Bruxelas.
Reformou-se em 1936, vivendo os últimos anos de vida no seu castelo em Brangues (Isère). O trabalho literário, que ele efectuava até aí em paralelo com a carreira diplomática, passou a ocupar a maior parte da sua vida. Recebia em Brangues diversas personalidades: políticos como o Presidente Édouard Herriot e escritores como François Mauriac.
Durante uma parte da Segunda Grande Guerra Mundial, não escondeu a sua simpatia pelos Alemães e por Pétain, embora tivesse sofrido com o início da ocupação germânica.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDELuis Buñuel Portolés, realizador de cinema espanhol, naturalizado mexicano, nasceu em Calanda no dia 22 de Fevereiro de 1900. Morreu na Cidade do México em 29 de Julho de 1983. Trabalhou com Salvador Dalí, de quem recebeu fortes influências surrealistas
A sua obra cinematográfica, aclamada pela crítica mas sempre rodeada por uma aura de escândalo, tornou-o um dos mais controversos cineastas do mundo.
Com oito anos, assistiu pela primeira vez à projecção de um filme num cinema de Saragoça. Estudou num colégio de Jesuítas mas, com a adolescência, veio a perder a fé, tornando-se anti-clerical e ateu. Em 1915, foi expulso do colégio, tendo terminado os seus estudos secundários no Instituto de Saragoça.
Em 1917 foi estudar para Madrid, instalando-se na prestigiada e elitista Residencia de Estudiantes, onde permaneceria até 1925. Aí conheceu várias personalidades das letras, artes e ciências espanholas e internacionais, convivendo com muitos daqueles que fizeram parte da famosa “Geração de 27” e tomando conhecimento das vanguardas artísticas e literárias da época (cubismo, dadaísmo e surrealismo). Foi na “Residência”, que se tornou grande amigo de três companheiros de boémia que tiveram nele uma influência fundamental: Pepín Bello, Federico García Lorca e Salvador Dalí. Frequentava também os cafés de Madrid e as suas tertúlias, bem assim como os seus bordéis.
Em 1920 fundou o primeiro cineclube espanhol. Em 1921 participou na representação teatral de “Don Juan Tenório”, de Zorrilla, em Toledo. Em 1922 publicou os primeiros textos literários, influenciados por Ramón Gómez de la Serna. Em 1924, depois de ter frequentado sem grande convicção, vários cursos universitários, acabou por se licenciar em História.
Em 1925 foi viver para Paris, onde estudou cinema e trabalhou como assistente de vários realizadores, entre os quais Jean Epstein.
Em 1929, Buñuel e Dalí, utilizando o método surrealista, escreveram o guião do filme “Um cão andaluz”. Apesar dos desmentidos, o filme foi um subtil mas evidente ataque a García Lorca de quem se haviam afastado, em parte porque Buñuel (machista assumido) tinha aversão à homossexualidade do poeta. A dupla foi prontamente admitida no grupo surrealista de André Breton.
No Verão de 1929, Buñuel e Dalí estavam em Cadaqués a preparar um novo filme, quando a sua colaboração e amizade foram ensombradas pelo aparecimento de Gala Éluard, por quem Dalí se deixou totalmente enfeitiçar e influenciar. Por outro lado, a antipatia entre Buñuel e a ciumenta e intriguista Gala foi instantânea e mútua. Buñuel regressou então a Paris, onde acabou o guião e rodou o filme, fortemente anticlerical.
Nos primeiros filmes de Buñuel estavam patentes, de forma concentrada e intensíssima, todos os temas básicos que a sua obra posterior continuaria a reflectir, mais discretamente mas com igual poder: o amor louco, o anticlericalismo, a rebeldia e o inconformismo diante do estabelecido e do convencional, uma ânsia de transcendência, expressos em imagens oníricas e alucinantes, cheias de dureza, de corrosivo humor negro e de uma candura embriagante.
Em 1930 foi contratado pela Metro Goldwyn Mayer e viajou para Hollywood, como “observador”, com o objectivo de se familiarizar com o sistema de produção norte-americano. Conheceu Charles Chaplin e Serguei Eisenstein.
Voltou a Espanha após a proclamação da República e dirigiu, em 1933, o documentário “Las Hurdes, tierra sin pan”, que descrevia de modo cru a vida quotidiana e os costumes ancestrais de uma recôndita aldeia espanhola da Extremadura, profundamente miserável e em estado quase selvagem. As imagens e os factos descritos eram tão extraordinários e irreais, que acabariam por dar ao filme um cunho verdadeiramente surrealista. Foi um escândalo, desagradando ao governo de esquerda espanhol, que o proibiu por alegadamente dar uma imagem corrompida da Espanha.
No decurso da guerra civil espanhola, Luís Buñuel exilou-se na França, partindo em 1938 para os EUA e fixando-se em Los Angeles. Em 1941 foi trabalhar como conselheiro e chefe de montagem do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Contudo, a publicação em 1942 de “A vida secreta de Salvador Dali”, onde este falava das simpatias comunistas de Buñuel, fez com que este tivesse de se demitir. Em 1946, depois de ter estado em Hollywood, acabou por partir para o México.
No início da sua fase mexicana realizou filmes comerciais, que nada tinham a ver com os seus interesses mais profundos. Em 1950 recuperou a sua autenticidade com “Los Olvidados”, sobre a vida violenta e dura dos meninos de rua na Cidade do México, onde discretamente inseriu elementos surrealistas, sendo aplaudido pela crítica. Seguiram-se vários filmes, todos como muito êxito.
Em 1960, apesar das críticas de outros exilados republicanos, regressou à Espanha para realizar “Viridiana”. O filme, cuja rodagem o governo de Franco aceitou ingenuamente subsidiar e promover no Festival de Cannes, sem que algum dos responsáveis o tivesse visionado, acabou por se revelar uma paródia impiedosa dos conceitos habituais de caridade e virtude cristãs. Ganhou a “Palma de Ouro” do Festival de Cannes e depressa causou enorme escândalo em Espanha, onde foi proibido. Apesar do sucedido, Buñuel não foi perseguido pessoalmente em Espanha, onde tinha uma segunda residência.
O reconhecimento internacional de “Viridiana” fez com que os europeus se voltassem a interessar por Buñuel. Realizou então muitos filmes de sucesso, sobretudo em França.
Em 1972, filmou “O Discreto Charme da Burguesia”, onde a alienação, a arrogância, a falta de escrúpulos, a desonestidade e a amoralidade da burguesia foram objecto do seu humor negro. O filme ganharia o Oscar do Melhor Filme Estrangeiro.
Depois de ter filmado “Cet obscur object du désir”, retirou-se. Estava cada vez mais surdo e a saúde começava a faltar-lhe. Sempre fora um grande bebedor e fumador e, apesar da sua enorme resistência, começara a sofrer de diabetes e de doença grave no fígado.
Em 1983, já próximo da morte, ainda publicou a sua autobiografia - “O meu último suspiro”.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE José Osório de Antas Megre, engenheiro e piloto todo-o-terreno português, faleceu em Lisboa no dia 21 de Fevereiro de 2009, vítima de cancro num pulmão. Nascera, também na capital portuguesa, em 26 de Março de 1942.
Formou-se em Engenharia Mecânica em 1966, no Reino Unido. Partiu para Angola em 1967 (serviço militar em tempo de guerra), onde foi Alferes Comando até 1970.
Em 1970 ingressou no Grupo Entreposto, para exercer funções profissionais até 2002, como director técnico, administrador e consultor.
Co-fundador do Clube Todo-o-Terreno (1982) e do Clube Aventura (1984), organizou vários eventos desportivos de todo-o-terreno em Portugal: criou a “Baja Portalegre”, o “Rali de Fronteira”, o “Raid Transportugal”, as “24 horas de Todo-o-Terreno” e a “Baja Portugal”, prova que é hoje conhecida como “Rali Transibérico”, a mais importante competição europeia da modalidade, integrando mesmo a “Taça do Mundo de Todo-o-Terreno”.
Nos anos 1970 participou por três vezes no Campeonato do Mundo de Ralis. A partir de 1982 passou a dedicar-se exclusivamente à disciplina de todo-o-terreno, onde se destacam as participações pioneiras no Rali Paris - Dakar ao volante de “UMM” de construção portuguesa (1982, 1983 e 1984). Participou ainda no rali Paris - Cidade do Cabo e no Paris - Moscovo - Pequim.
Realizou várias expedições em automóvel pela Europa, África, Ásia e Américas, tendo visitado 193 dos 194 países reconhecidos do mundo, só não tendo ido ao Iraque. De notar que as suas viagens não eram feitas, de maneira nenhuma, apenas para conseguir o carimbo no passaporte. A sua norma era fazer vários quilómetros, em todas elas, para conhecer o melhor possível os países que visitava, tendo percorrido cerca de um milhão de quilómetros em automóvel fora de Portugal. Mesmo nas últimas viagens que fez a países fechados ao turismo, alguns dos quais bastante instáveis e com restrições à circulação, percorreu de automóvel várias centenas de quilómetros em cada um deles.
Nos últimos anos de vida visitou cerca de 20 países, entre os quais a Libéria, o Afeganistão, a Coreia do Norte, a Nigéria, o Zaire, a Somália, os minúsculos Nauru e Tuvalu no Pacífico, o Tajiquistão e a Arábia Saudita, onde se deslocou por três vezes, fazendo aí um total de 12.000km em automóvel, tendo sido esta a sua última e importante descoberta.
Em 2007 fez a sua terceira viagem em automóvel desde Portugal até ao Sul de África, desta vez com destino a Maputo. Anteriormente já tinha atravessado 15 vezes o deserto do Sahara em seis itinerários diferentes.
No continente americano, atravessou por duas vezes os Estados Unidos e uma vez o Canadá, ambos de costa a costa.
Criou e apresentou o programa da RTP1, “Ida e Volta” (1976/1978), e publicou diversos livros sobre as suas viagens, entre eles “Como eu visitei todos os países do mundo (menos um)”, em 2009.
Foi distinguido com a Medalha da Cruz de Guerra (Angola), o “Prémio Alfredo César Torres”, os prémios “Personalidade do Século XX” e “Personalidade do Ano 2006” (Confederação de Desportos) e o “Troféu Rodas de Prata” (Associação do Comércio Automóvel de Portugal).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDESidney Poitier, actor e realizador norte-americano de origem haitiana, nasceu em Miami no dia 20 de Fevereiro de 1927.
Cresceu em Cat Island, nas Bahamas. O pai, um plantador agrícola haitiano, enviou-o para os Estados Unidos quando ele tinha quinze anos. Apaixonado pelo cinema, veio a ser aluno do prestigiado Actors Studio, pagando os estudos com o seu trabalho de porteiro.
Em 1963, fez história ao tornar-se o primeiro negro a receber o Oscar de Melhor Actor (filme “Lilies of the Field”). Em 2002 tornou-se igualmente o primeiro artista negro a receber um Oscar Honorário pelo conjunto da sua obra.
Foi galardoado por três vezes com o Urso de Prata do Festival de Berlim, também caso único. Ocupa o 22º lugar na classificação dos Melhores Actores de Sempre, segundo o American Film Institute.
Protagonizou cerca de cinquenta filmes e realizou uma dezena.
Foi feito Cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 1974, o que lhe confere o direito de usar o título de “Sir”.
Fez parte do grupo de dezasseis personalidades que, mais recentemente, em 2009, recebeu das mãos do Presidente Barack Obama a Medalha da Liberdade, a mais alta distinção civil americana.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDESócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, antigo jogador de futebol do Brasil, nasceu em Belém no dia 19 de Fevereiro de 1954.
Em 2006, num inquérito feito pela “Revista Placar”, foi escolhido unanimemente para fazer parte da “Melhor Equipa de Todos os Tempos” do Corinthians. Também por unanimidade, foi indicado numa sondagem junto de especialistas, como um dos dez “Maiores Ídolos da História do Corinthians”.
Escolhido pela FIFA, em 2004, como “Um dos 125 Melhores Jogadores Vivos da História do Futebol”, é considerado por muitas publicações especializadas, como a “CNN, World Soccer” e a “Revista Placar”, como um dos grandes jogadores de todos os tempos.
Futebolista de estilo elegante, completo, era perfeito nas assistências para os companheiros e usava com habilidade e inteligência o jogo de calcanhar.
Revelou-se em 1974 no Botafogo, de Ribeirão Preto, onde foi considerado um “fenómeno”, pois jogava bem e quase não treinava, em virtude de frequentar simultaneamente o Curso de Medicina.
Sócrates veio a afirmar-se no Corinthians em 1978 e estreou-se no ano seguinte na Selecção Brasileira.
Foi uma das estrelas de duas das melhores formações do futebol mundial: a Selecção “canarinha” nos Mundiais de 1982 e o Corinthians da década de 1980. Foi eleito em 1983 o “Melhor Jogador Sul-Americano do Ano”. Nos Mundiais de 1986 foi novamente chamado, mas já não estava na plenitude da sua forma.
Depois de uma rápida passagem pelo Fiorentina, em Itália, voltou ao Brasil para encerrar a sua carreira.
Fora do futebol, Sócrates sempre manteve uma participação política muito activa, tanto em assuntos relacionados com os direitos dos jogadores como em temas correntes do país. Participou na campanha “Directas Já”, em 1984, e foi um dos principais idealizadores do movimento “Democracia Corintiana”, que reivindicava para os jogadores mais liberdade e mais influência nas decisões administrativas do clube.
Foi internacional sessenta vezes, tendo marcado 22 golos (1979/1986). Capitão de equipa nos Mundiais de 1982 e 1986, não conseguiu porém nenhum título mundial, apesar da espectacularidade do jogo praticado pelo Brasil. Foi também seleccionado para a equipa da FIFA em 1982.
Actualmente exerce Medicina, além de ser articulista da revista “CartaCapital” e comentarista do programa “Cartão Verde” da TV Cultura.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Benfica 2 - Estugarda 1
EFEMÉRIDEJohn Joseph Travolta, actor, cantor, dançarino e produtor norte-americano, nasceu em Englewood no dia 18 de Fevereiro de 1954.
Abandonou os estudos aos dezasseis anos, para se dedicar a comédias musicais. Em 1975 participou na série de televisão “Welcome Back, Kotter”. Foi também dançarino, tendo como parceira Olivia Newton John. Subiu ao estrelato mundial no cinema, ao protagonizar os filmes “Saturday Night Fever” (1977) e “Grease” (1978). Estas duas películas constituíram grandes sucessos.
Em 1975 convertera-se à igreja da Cientologia, na qual participam igualmente vários astros de Hollywood, como Tom Cruise.
As filmagens de “Saturday Night Fever” foram interrompidas brevemente para que John Travolta pudesse comparecer ao enterro da actriz Diana Hyland, falecida vítima de cancro e que era sua namorada na época. A morte de Diana, dezoito anos mais velha do que ele, constituiu um profundo drama pessoal para Travolta, pois ela morreu-lhe nos braços.
Teve depois vários relacionamentos inconstantes, entre os quais um com a francesa Catherine Deneuve, até que conheceu, apaixonou-se e casou com a actriz Kelly Preston (1991), com quem vive até hoje. Tiveram 3 filhos, tendo o mais velho morrido em 2009, vítima de crise cardíaca, nas Bahamas, onde a família passava as férias.
Enfrentou um período de certo ostracismo na sua carreira até ao fim dos anos 1980, sem actuar em filmes importantes. Em 1994 voltou aos êxitos com “Pulp Fiction”, de Quentin Tarantino. Só a partir daí conseguiu ter uma actividade contínua e retomar a sua carreira em Hollywood, onde foi um dos actores mais bem pagos, com 20 milhões de dólares por filme. Travolta é tido como uma lenda de Hollywood e o galã dos anos 1970.
Tem recebido vários prémios ao longo da sua carreira e possui uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood.
Vive actualmente em Ocala na Florida, onde possui uma villa idealizada como um aeroporto dos anos 1960, com pistas privadas. Tem o brevet de piloto profissional, possuindo um Boeing 707 e um Jet Gulfstream G500 que é pilotado por ele próprio. Em Janeiro de 2010 desembarcou no Haiti, com o seu próprio jacto carregado com ajuda humanitária e com uma equipa de socorro composta por médicos e voluntários da igreja da Cientologia. Possui igualmente residências em Santa Barbara (Califórnia), em Islesboro (Maine) e no Havai.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE Paris Whitney Miller Hilton, uma das herdeiras do fundador da cadeia de hotéis Hilton, figura do jet set internacional, actriz, cantora, empresária, estilista de moda, modelo, compositora e produtora americana, nasceu em Nova Iorque no dia 17 de Fevereiro de 1981. A fortuna da família está calculada em 350 milhões de dólares.
Estudou na Escola Marywood-Palm Valley em Rancho Mirage, na Dwight School em Nova Iorque e alguns meses na Escola Canterbury em New Milford, antes de finalizar os seus estudos.
Começou a desfilar ainda em criança, fazendo aparições em eventos de caridade. Aos 19 anos, assinou contrato com a agência de Donald Trump, T Management. Trabalhou igualmente com a Ford Models em Nova Iorque, a Models 1 Agency em Londres, a Nous Model Management em Los Angeles e a Premier Model Management em Londres.
Começando por ser mais conhecida através do reality showThe Simple Life” (2003), Hilton também protagonizou pequenos papéis em várias películas, sendo o mais notável no filme de terror “A Casa de Cera” (2005). É também estilista de moda.
Em 2004 fundou a sua própria gravadora discográfica e, em Agosto de 2006, lançou o álbum “Paris”. O álbum ganhou notoriedade graças à canção “Stars Are Blind” e vendeu mais de 2,3 milhões de cópias em todo o mundo. Teve uma breve participação como compositora no seu primeiro single, intitulado “Turn It Up”.
Em 2004 esteve envolvida na criação da sua própria linha de perfumes pela Parlux Fragrances. O lançamento de “Paris Hilton” resultou num aumento de 47% das vendas de produtos da Parlux Fragrances. Após o sucesso do primeiro perfume, lançou outras fragrâncias, incluindo as suas versões masculinas “Just Me”, “Heiress” e “Can Can”.
Em 2004 lançou um livro autobiográfico, “Confessions of an Heiress: A Tongue-in-Chic Peek behind the Pose”. Co-escrito por Rogério Alves, o livro contém várias páginas inteiras com fotos coloridas e dá conselhos às jovens que querem ser como ela. Hilton ganhou 100 000 dólares com as vendas do livro. O livro entrou na lista de bestsellers do “The New York Times”. Em 2005, editou um diário personalizado, em parceria com Ginsberg, “Your Heiress Diary: Confess It All to Me”.
Paris Hilton é presidente de duas empresas: Paris Hilton Entertainment e Paris Hilton Enterprises. De acordo com a revista “Forbes”, tinha uma renda de 2 milhões de dólares em 2003/2004, US$6,5 milhões em 2004/2005 e US$7 milhões em 2005/2006.
Em 2006 e 2007, como resultado de vários incidentes, entre os quais a condução em excesso de velocidade e sob o efeito de álcool, foi sentenciada a 45 dias de prisão em Los Angeles.
Hilton ajudou a criar uma colecção de malas para a marca japonesa “Samantha Thavasa”, assim como uma colecção de jóias e relógios para a loja Amazon.com. Em 2006 lançou, em parceria com Gameloft, o jogo de celular oficial “Paris Hilton's Diamond Quest”. Em Agosto de 2007 lançou, com a Hair Tech International, uma linha de extensões para cabelos chamada “DreamCatchers”; ainda em Agosto, lançou a sua própria linha de roupas. Em Dezembro de 2007, Hilton foi à Alemanha para fazer o lançamento do champanhe “Rich Prosecco”, que é embalado em latas ao invés de garrafas; Hilton chamou a atenção da imprensa por estar nua na publicidade a esta bebida. Em 2008, lançou uma linha de sapatos.
Em Julho de 2010, quando dos Mundiais de Futebol, foi interpelada pela polícia sul-africana por ter fumado cannabis durante o jogo Brasil - Holanda. Alguns dias depois deslocou-se a França para passar as férias. Ficou pouco tempo em Paris e partiu para a Córsega num jacto privado. Na alfândega, à chegada, os cães especializados detectaram a presença de droga. Revistada, foi-lhe encontrada uma quantidade insignificante e não chegou a ser detida.
Em Agosto foi presa em Las Vegas por posse de cocaína, mas beneficiou de uma libertação condicional em virtude de ter reconhecido os factos.
Em Dezembro, anunciou a sua participação em 2011 no Grande Prémio de Moto 125cc.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEMarie Noël, de seu verdadeiro nome Marie Rouget, poetisa francesa, nasceu em Auxerre no dia 16 de Fevereiro de 1883. Faleceu em 23 de Dezembro de 1967. Foi condecorada pelo Governo Francês com o grau de Oficial da Legião de Honra.
Tinha por origem uma família culta e pouco religiosa. Ficou solteira toda a vida e afastou-se pouco da sua terra natal.
A sua vida, porém, não foi tão simples como se poderia imaginar: um amor de juventude decepcionante, assim como a espera de um grande amor que nunca surgiu; a morte do seu jovem irmão no dia seguinte a um Natal (daí o seu pseudónimo); as suas crises de fé… Tudo isto faz subentender uma poesia com ares de canção tradicional.
Marie Noël legou a sua obra à Sociedade das Ciências Históricas e Naturais de Yonne. Esta sociedade de sábios, fundada em 1847, gere e estuda a sua obra através de numerosas publicações.
Mulher apaixonada e atormentada, ela é conhecida frequentemente apenas pelas suas obras de “canção tradicional”, em detrimento dos seus escritos mais sombrios, cujo valor literário e alcance emotivo são, no entanto, bem mais fortes. Cite-se a título de exemplo o “Poema para uma criança morta”, verdadeiro grito blasfémico de uma mãe, dividida entre o seu sofrimento quase animal e a sua fé em Deus.
Marie Noël obteve em 1962 o Grande Prémio de Poesia da Academia Francesa.

Embora com atraso, vale a pena recordar (FCP O - SLB 2 nas 1/2 finais da Taça)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE – Rabah Mustapha Madjer, ex futebolista argelino que jogou no Futebol Clube do Porto, nasceu em Alger no dia 15 de Fevereiro de 1958.
Chegou nos anos 1980 ao Porto, sendo determinante na conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987, contra o Bayern de Munique, com um golo de calcanhar que ficará para sempre na história e uma assistência para o brasileiro Juary. De modo semelhante, fez o passe para o primeiro golo e marcou o segundo no jogo contra o Peñarol na Taça Intercontinental do mesmo ano, que o Porto também venceu. Tinha uma técnica fantástica e uma alegria contagiante.
Foi autor de um golo, na vitória da Argélia sobre a Alemanha Ocidental (2x1), nos Mundiais de 1982 em Espanha. Foi igualmente titular nos Mundiais de 1986.
Entre os seus títulos, salientam-se além dos já mencionados: a Taça das Nações Africanas de 1990 (foi capitão da equipa); os Campeonatos de Portugal (1986, 1988 e 1991); as Taças de Portugal de 1988 e 1991; e as Super Taças de Portugal de 1986 e 1991.
Em 1987 recebeu a Bola de Ouro Africana. É dos melhores jogadores argelinos de sempre, tendo sido eleito 5º Futebolista Africano do Século XX, logo a seguir a George Weah, Roger Milla, Abedi Pelé e Lakhdar Belloumi.
Começou a sua carreira no Hussein Dey, que ganhou a Taça da Argélia em 1978/1979, atingindo ainda a final da Taça de África dos Vencedores de Taças.
Em 1983 prosseguiu a sua carreira na Europa, recrutado pelo R. C. de Paris. Transferiu-se depois para o F. C. Tours e, em 1986, para o Porto, onde jogou 108 jogos e marcou 50 golos.
Fez seguidamente uma breve passagem pelo futebol espanhol, em representação do Valência. Regressou ao Porto de onde, mais tarde, se dirigiu ao Quatar para assinar pelo Al-Rayyan Club (1991/1992), clube onde acabou a sua carreira de jogador.
Madjer representou 87 vezes a Selecção Argelina, tendo marcado 31 golos e vencido os Jogos Panafricanos de 1978 e a Taça Afro-Asiática de 1991.
Em 1994 foi nomeado seleccionador do seu país, mas a Argélia falhou a qualificação para os Mundiais e para a Taça de África das Nações. Em conflito com a Federação, regressou a Portugal para treinar as equipas juvenis do Porto. Depois de uma passagem pelo Quatar, onde treinou o Al-Wakrahm, veio a ocupar novamente o cargo de seleccionador nacional da Argélia entre 2001 e 2002. Voltou ao Quatar em 2005 para treinar o Al Rayyan, mas ficou pouco tempo.
Rabah Madjer foi ainda consultor do canal “Al Jazeera Sport”, passando depois para o “al arabiya”.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEJosé Francisco Correia, primeiro e único visconde de Sande e conde de Agrolongo, industrial, filantropo, mecenas e fotógrafo luso-brasileiro, nasceu em São Lourenço de Sande no dia 14 de Fevereiro de 1853. Faleceu em Lisboa, em 15 de Abril de 1929.
Ainda criança, foi com a família para o Brasil, onde viria a estabelecer-se em Niterói. Com dezoito anos criou a sua própria indústria, no ramo de tabacos, a Fábrica de Fumos Veado, que viria a ser absorvida, já no início do século XX, pela Companhia Souza Cruz.
O seu sucesso foi imediato. Foi a riqueza, a fama e o reconhecimento público pelo impulso que dava à economia brasileira, o que lhe valeu a visita à fábrica do então Presidente Brasileiro Campos Sales.
O industrial financiou a construção de várias escolas e asilos para a velhice no Estado do Rio de Janeiro.
Dedicou-se também à fotografia, tornando-se um dos pioneiros da fotografia amadora no país e um dos raros autores oitocentistas a realizar fotografias de nus no Brasil. Tornou-se o grande responsável pela difusão em massa de imagens fotográficas, ao oferecer como brinde dos produtos da sua empresa, uma colecção de fotografias estereoscópicas com o respectivo aparelho visor.
Quando se retirou para Portugal em 1903, o seu palacete foi comprado pelo Presidente do Estado do Rio de Janeiro Nilo Peçanha e transformado na sede do governo, mantendo essa função durante 71 anos. Passou a chamar-se Palácio do Ingá. Hoje, este palacete alberga o Museu de História e Arte do Rio de Janeiro.
Em Portugal apoiou e fundou de raiz muitas escolas, igrejas e asilos, concedendo ainda outras ajudas beneficentes. Em Braga fundou também o Asilo Conde de Agrolongo.
Recebeu várias condecorações, como a Cruz de Mérito Industrial que lhe foi atribuída pelo rei D. Carlos e o grau de Cavaleiro de São Gregório Magno atribuído pelo Papa Leão XIII. Em Dezembro de 1900, foi agraciado com o título de visconde de Sande e, em Janeiro de 1904, com o de conde de Agrolongo.
Está sepultado no Convento do Salvador em Braga.

Nota máxima!!... (Benfica 3 - Guimarães 0)

domingo, 13 de fevereiro de 2011


Modernidades...
EFEMÉRIDELuisão, de seu verdadeiro nome Ânderson Luís da Silva, futebolista brasileiro que joga como defesa central no Sport Lisboa e Benfica, nasceu no Amparo em 13 de Fevereiro de 1981. Diga-se por curiosidade que é irmão do defesa central do São Paulo Alex Silva e do defesa central dos juniores do Benfica Andrei Silva.
Começou a carreira profissional em 1999 no Juventus de São Paulo, onde não chegou a jogar nenhum jogo. Em 2000 transferiu-se para o Cruzeiro, onde jogou até 2003, ingressando depois no Benfica pela soma de dois milhões de euros.
Luisão foi chamado à Selecção Brasileira em 2001, contando mais de quarenta internacionalizações. Foi Campeão da Copa América em 2004 e da Copa das Confederações de 2005 e 2009, tendo sido convocado para a Campeonato do Mundo de 2006.
Em 2005 renovou o contrato com o Benfica até 2009. É, pela sua classe e pelo seu carácter, um dos jogadores mais apreciados pelos adeptos benfiquistas, sendo um dos capitães da equipa. É considerado um dos melhores defesas centrais a actuar nas competições portuguesas.
Ao longo da sua carreira tem conquistado vários títulos: assim, pelo Cruzeiro venceu a Copa do Brasil em 2000 e 2003, a Copa Sul Minas em 2001 e 2002, o Super Campeonato Mineiro 2002, o Campeonato Mineiro 2003 e o Campeonato Brasileiro 2003; pelo Benfica ganhou a Taça de Portugal 2003/2004, a Primeira Liga 2004/2005 e 2009/10, a Super Taça de Portugal 2005 e a Taça da Liga de 2008/2009 e 2009/2010.
Tem sido assediado por vários clubes europeus, como o Roma, o Fiorentina e o Manchester City, mas prorrogou o contrato com o Benfica, continuando portanto a jogar em Portugal.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE Konstantinos Gavras, conhecido como Costa-Gavras, realizador grego naturalizado francês, que se notabilizou pelos seus filmes de denúncia política e, mais recentemente, de ficção social, nasceu em Lutra Iréas no dia 12 de Fevereiro de 1933.
Completou os seus estudos secundários em Atenas. Depois da guerra civil grega, deixou a Grécia para estudar Literatura na Sorbonne, em Paris.
Interrompeu os seus estudos em 1956, para se inscrever no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos, iniciando assim a sua carreira no cinema. Actuou como assistente de realizadores como René Clair, Yves Allegret e René Clément, entre muitos outros.
Ganhou destaque no plano internacional com o filme “Z”, em 1969, que denuncia abusos da ditadura militar na Grécia, nos anos 1960. Esta película venceu o Oscar do Melhor Filme Estrangeiro.
Foi nomeado presidente da Cinemateca Francesa em 1981 e, novamente, em 2007.
Costa-Gavras é adepto de um cinema de cariz político, tendo feito muitos filmes sobre ditaduras, dentre os quais um dos seus mais famosos foi “Missing” (“Desaparecidos, Um Grande Mistério”), de 1982, que aborda a ditadura de Pinochet no Chile.
No final dos anos 1980 mudou-se para os Estados Unidos, onde voltou a fazer bons filmes. “Amém”, de 2002, causou polémica ao retratar a relação da Igreja Católica com o Nazismo. O seu último filme, de 2005, foi “O Corte”, cuja temática é o desemprego e a concorrência no mercado de trabalho.
Entre os prémios que conquistou salientam-se: uma Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1982; o Prémio de Melhor Realizador no mesmo Festival em 1975; o Prémio do Júri ainda em Cannes (1969); e um Urso de Ouro no Festival de Berlim em 1989.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEJoselito, de seu verdadeiro nome José Jiménez Fernández, actor e cantor espanhol, que teve o seu apogeu em criança, sendo uma das mais famosas vozes infantis do século XX, nasceu em Beas de Segura, Jaen, na Andaluzia, no dia 11 de Fevereiro de 1943.
Descoberto por Luis Mariano, começou a sua carreira com 13 anos. Protagonizou catorze filmes musicais (1956/1968), bastante populares nas décadas de 1950/1960. Gravou vários discos a solo e um com Libertad Lamarque. Era uma das grandes vedetas da editora RCA, ao lado de Elvis Presley.
Quando adulto, ainda cantou baladas românticas mas, devido à mudança lógica na voz e a sucessivos fracassos, acabou por enveredar pela carreira de empresário artístico.
Teve depois uma vida atribulada, servindo como mercenário em África. Foi detido pela polícia angolana por tráfico de armas e drogas em 1990. Declarou-se sempre inocente, pois seria apenas um caçador e coleccionador de armas. Libertado, regressou a Espanha onde se radicou como viticultor em Valência. Fez algumas aparições públicas, sendo a mais importante em 2008 no reality showEl Sobreviviente”, onde permaneceu durante duas semanas. Antes, em 2006, aparecera no programa da TVECine de Barrio”.
O público contemporâneo dos seus filmes não o esqueceu e as novas gerações descobrem-no graças a vários DVD e à Internet.
José Jiménez Fernández guarda da sua infância diversos momentos inesquecíveis. Cantou em privado no rancho do Presidente dos Estados Unidos Lyndon Johnson, conheceu Che Guevara e Fidel Castro em plena Revolução Cubana, foi recebido pelo Papa João XXIII, almoçou com o Rei Beaudoin e a Rainha Fabiola da Bélgica e efectuou várias tournées pela América Latina e outros países do mundo inteiro, dando um recital no Olympia de Paris, onde foi aclamado em delírio pelo público. Actuou por três vezes no Ed Sullivan Show.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEFernando Albino de Sousa Chalana, ex-futebolista e treinador português, nasceu no Barreiro em 10 de Fevereiro de 1959. Jogou no Sport Lisboa e Benfica entre 1975 e 1984 e, novamente, entre 1987 e 1990.
O seu pé esquerdo fez furor nos Europeus de 1984 em França. Nesse ano, o “pequeno genial”, como também era conhecido, foi transferido para o Bordéus por um montante recorde de 18 milhões de francos franceses. O dinheiro da transferência permitiu que o Benfica concluísse o fecho do seu estádio, com o acabamento do “3º anel”. A sorte não o bafejou porém em França (1984/1987), pois sofreu contínuas e arreliadoras lesões. Mesmo assim, foi Campeão Francês em 1985.
Começara a jogar no Barreirense, clube que formou grandes jogadores na década de 1970 e princípios de 1980. Alinhou também no Belenenses (1990/1991) e no Estrela da Amadora (1991/1992), tendo seguidamente posto um ponto final na sua carreira de jogador.
Em 2002 entrou para a equipa técnica do Benfica como treinador adjunto de Jesualdo Ferreira, mas os maus resultados levaram à saída de Jesualdo em Novembro desse ano. Como forma de transição, até encontrar um novo técnico, Chalana assumiu por um jogo o cargo de treinador principal. Para além do bom resultado obtido na partida que dirigiu (Benfica 3 - Braga 0), teve também o mérito de apostar no jogador Miguel (agora atleta do Valência) como lateral direito, lugar que ele passou a desempenhar com brilhantismo. Após esta partida, o espanhol José António Camacho foi apresentado como novo treinador.
Na época de 2008 regressou ao cargo de treinador principal, quando Camacho se demitiu do Benfica. Em Maio voltaria a adjunto, sendo técnico principal o espanhol Quique Flores. Em 2009 foi nomeado treinador dos sub-19 do Benfica.
Cerca de 30 vezes internacional pela Selecção Portuguesa (1976/1988), Fernando Chalana conquistou vários títulos durante a sua carreira em Portugal, todos pelo Benfica: 6 de Campeão Nacional, 3 Taças de Portugal e 2 Super Taças de Portugal. Foi eleito Melhor Jogador do Ano em 1976 e 1984.
Em 2005, a banda punk portuguesa “The Clockwork Boys” decidiu prestar tributo ao jogador, gravando o tema “Fernando Chalana era Rock'n'Roll ”.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011


Aquarela Brasileira - Walt Disney 1950
EFEMÉRIDE – Josef Masopust, ex-futebolista e treinador checoslovaco, nasceu em Střimice no dia 9 de Fevereiro de 1931. Ganhou a Bola de Oiro em 1962.
Em 1945 integrou o Banik Most, clube da mina onde trabalhava o seu pai, impondo-se rapidamente na equipa de cadetes, passando seguidamente por todos os escalões até 1950. Transferiu-se então para o Vodotechna Teplice e, dois anos depois, ao alistar-se no serviço militar, passou a representar o Dukla de Praga, o clube do exército. Obteve o seu primeiro título de Campeão da Checoslováquia em 1953.
Na época seguinte foi escolhido pela primeira vez para a selecção do seu país, num jogo contra a Hungria. Viria a ser 63 vezes internacional.
Jogou durante 17 anos no mesmo clube, antes de se transferir para o Crossing Molenbeek da Bélgica, em 1968. O Dukla autorizou a sua saída para o estrangeiro, como recompensa pelos numerosos serviços prestados ao clube. Encerrou a carreira de futebolista em 1971.
Tornou-se treinador do Dukla em 1973, cargo que desempenhou durante três anos. Foi então treinar o F. C. Brno, com o qual conquistaria o título de Campeão Checoslovaco em 1978.
Em 1980 regressou à Bélgica para treinar o Hasselt, onde ficou quatro anos. Em 1984 passou a ser o seleccionador nacional da Checoslováquia, mas não conseguiu classificar a equipa para os Mundiais de 1986 no México. Em 1987, falhou também a classificação para os Europeus de 1988, deixando o cargo.
Esteve três anos em Jacarta, como treinador da equipa olímpica da Indonésia. Voltou a Praga, onde tinha muitas solicitações. Treinou o Brno e o Diecin, reformando-se aos 65 anos.
Como jogador, foi oito vezes Campeão Checo e ganhou três Taças da Checoslováquia, em representação do Dukla de Praga.
Em 2004, Masopust foi eleito como o Melhor Jogador Checo dos 50 anos da UEFA (Prémio do Jubileu).

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEJack Lemmon, de seu verdadeiro nome John Uhler Lemmon, actor e realizador norte-americano, nasceu em Newton no dia 8 de Fevereiro de 1925. Morreu em Los Angeles, em 27 de Junho de 2001.
Oriundo de uma família rica, estudou num colégio particular de Massachusetts. Teve o primeiro contacto com o mundo do espectáculo ainda na escola, quando teve que substituir um colega de classe que interpretaria uma peça de teatro estudantil. Foi um fiasco completo, pois Jack esquecia-se sempre do que tinha para dizer e tinha que voltar aos bastidores, o que gerava gargalhadas gerais na plateia. Não se intimidou com isso e, daí em diante, passou a integrar todas as peças teatrais levadas à cena na escola.
Frequentou a Phillips Academy, antes de se formar em Ciências Políticas na Universidade de Harvard. Alistou-se na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial e veio, mais tarde, a seguir a carreira de actor, iniciando-se numa série televisiva em 1949/1950.
No cinema, estreou-se com o filme “Demónio de mulher” em 1954. A sua interpretação em “Mister Roberts” (1956), deu-lhe o seu primeiro prémio - o Oscar de Melhor Actor Secundário.
Protagonizou inúmeros filmes, sobretudo comédias, com vários realizadores. Contracenou com outras celebridades do cinema como, por exemplo, Tony Curtis, Marilyn Monroe, Shirley MacLaine e Marcello Mastroianni. Sempre foi avesso à badalação a que são submetidas as grandes estrelas e preferia ficar em casa compondo ao piano. Chegou a gravar um disco em 1959. Não se considerava uma estrela, mas sim «um operário da arte cinematográfica, que se esforçava para dizer algo».
Possui uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood. Foi nomeado 7 vezes para o Óscar de Melhor Actor Principal, tendo vencido em 1974.
Ganhou o Prémio Cecil B. DeMille concedido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, pelo conjunto da sua carreira (1991). Foi por duas vezes o “Melhor Actor” no Festival de Cannes (1979 e 1982). Recebeu um Urso de Prata no Festival de Berlim de 1981 e um Urso de Ouro Honorário em 1996, em homenagem à sua carreira no cinema. No Festival de Veneza de 1992, ganhou o Prémio Volpi na categoria de Melhor Actor. Em San Sebastian recebeu o Prémio Melhor Actor em 1962, o que aconteceria de novo, trinta anos mais tarde, em Valladolid. Ganhou por quatro vezes o Globo de Ouro de Melhor Actor (1960/1961/1973/2000). Faleceu com 76 anos, vítima de cancro na bexiga.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011


Lembrando Juliette Gréco no dia do seu 84º aniversário. Como o tempo passa depressa!
EFEMÉRIDE – Marie-Juliette Gréco, cantora e actriz francesa, nasceu em Montpellier no dia 7 de Fevereiro de 1927.
Passou os primeiros anos de vida com os avós maternos, em Bordéus. Criança muito tímida e reservada, partiu depois, juntamente com a irmã e a mãe, para Paris, repartindo o seu tempo entre a cidade, o colégio de freiras onde estudava e as férias na Dordogne, numa propriedade da família. Após o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a mãe foi presa pelos nazis devido à sua actividade na Resistência. Algum tempo depois foi a vez de Juliette, com apenas 16 anos, e a irmã serem também presas pela Gestapo. Ao ser libertada devido à idade, ficou alojada em casa de uma antiga professora que habitava uma pensão perto do bairro de Saint-Germain-des-Prés, associado à intelectualidade parisiense.
Foi naquele bairro que viveu o ambiente de descompressão da pós-guerra, integrando-se rapidamente no grupo de intelectuais e artistas que frequentavam os bares e cabarés do local. Em 1946 (com 19 anos) estreou-se como actriz na peça de teatro “Victor ou les enfants au pouvoir” e trabalhou num programa de rádio consagrado à poesia.
Presença assídua em “Le Tabou”, inaugurado em 1947 mas rapidamente transformado num dos cabarés da moda, aí conheceria nomes famosos como Albert Camus, Boris Vian e Jean Cocteau.
Foi neste ambiente que conheceu igualmente Jean-Paul Sartre, que lhe ofereceu uma canção de uma das suas peças de teatro. Esta canção seria apenas uma das muitas cedidas por amigos e admiradores, e que ela cantaria na sua primeira apresentação pública em Junho de 1949, na reabertura do cabaré “L’œil de Bœuf “. Desde logo teve grande sucesso junto dos frequentadores da vida nocturna parisiense, pela combinação da sua forma de cantar sentida com o seu toque sensual, realçado pelo vestuário e pelos longos cabelos escuros.
No ano seguinte, Juliette Gréco conquistou o “Grande Prémio da Associação Francesa de Cantores e Compositores”, com a sua interpretação de “Odeio os domingos” (letra de Charles Aznavour). Apesar de todos estes êxitos junto de sectores mais intelectuais, Juliette só viria a ser reconhecida pelo grande público quando da participação no filme “Orphée” de Jean Cocteau.
Em 1951 gravou o seu primeiro single, com a canção “Eu sou como sou” escrita por Jacques Prévert, que se tornaria um clássico do seu reportório. Em 1952 fez uma digressão pelo Brasil e pelos Estados Unidos com a revista “Abril em Paris” e, após o regresso, fez uma tournée por França, onde a sua forma de cantar e a sua presença em palco atraíram muito público.
O Olympia viu a sua consagração em 1954 e, dois anos depois, conheceu Georges Brassens, de quem cantou “Chanson pour l'auvergnat”, e Jacques Brel, do qual interpretou “Le Diable”.
O regresso aos Estados Unidos, e a Nova Iorque em particular, granjeou-lhe uma notoriedade no meio artístico que lhe abriu as portas de Hollywood, onde conheceu o produtor Darryl Zanuck. Nesta passagem pela “meca do cinema”, conviveu com nomes como John Huston e Orson Welles, com quem contracenou no filme “Drame dans un miroir” (1960).
De volta ao seu país, descobriu e divulgou novos talentos, que convidou para escreverem algumas das suas canções. Foi assim que ficaram conhecidos nomes como Serge Gainsbourg (“La Javanaise”) e Léo Ferré (“Jolie Môme”).
Em 1965 alcançou o auge da sua fama ao desempenhar papéis de primeiro plano nas séries televisivas “Belphégor” e “O Fantasma do Louvre”. Apesar disso, entrou numa profunda depressão e efectuou uma tentativa de suicídio. Recuperada, retomou a carreira em pleno e, em 1966, actuou no TNP (Théâtre National de Paris).
Em 1967 gravou “La chanson des vieux amants” de Jacques Brel. Em 1968 inaugurou as sessões das 18:30 no Théâtre de la Ville em Paris, cantando uma das suas mais famosas canções, “Déshabillez-moi”, com uma interpretação em que se salientava o seu lado mais sensual.
Foi agraciada com o grau de “Cavaleiro da Legião de Honra” em 1984. Prosseguiu as suas digressões por França e pelo estrangeiro, nomeadamente pela Itália e Alemanha, pelo Canadá e Japão, sempre com grandes sucessos, reforçados por uma notável presença em palco. Em 1993 gravou um álbum em que cantou músicas de outros cantores, entre os quais Caetano Veloso.
Em 1999 o governo francês atribuiu-lhe as insígnias de “Oficial da Ordem Nacional de Mérito”.
Continuando a actuar num ritmo intenso, veio a Lisboa cantar em Janeiro de 2001, mas em Maio teve um problema cardíaco durante um concerto em Montpellier. Recuperada, retomou as digressões.
Em Fevereiro de 2004, já com 77 anos, obteve novo êxito no “Olympia”, onde reencontrou uma vez mais o seu público fiel.
Em 2006 foi a Nova Iorque gravar um álbum com músicos de jazz. Imparável, editou em Dezembro desse ano um novo disco intitulado “Le temps d'une chanson”, onde incluiu várias canções cantadas ao longo da sua carreira.
No fim de 2008, princípio de 2009, editou ainda um álbum com textos de Olivia Ruiz e Abd Al Malik.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Casal de Ohio (USA) com os seus seis gémeos

EFEMÉRIDE Zsa Zsa Gabor, de seu verdadeiro nome Sári Gábor, famosa actriz norte-americana de origem austro-húngara, nasceu em Budapeste no dia 6 de Fevereiro de 1917.
Em 1936, depois de ter ganho o título de Miss Hungria, foi tentar a sua sorte no cinema, em Hollywood. Protagonizou muitos filmes, entre os quais “Moulin Rouge” (1952), com John Huston, e “Lili” (1953). Fez igualmente teatro e, também, séries televisivas: “Batman” (1968) e “The Fresh Prince of Bel-Air” (1991), entre outras
A sua vida pessoal, alguns escândalos financeiros, o gosto pelas jóias e pelo luxo, deram-lhe mais espaço na imprensa do que a sua carreira profissional. Teve nove maridos, sete divórcios e uma anulação. Foi casada com Conrad Hilton, fundador da cadeia de hotéis Hilton (1942/1947); com Jack Ryan, que participou na concepção da boneca Barbie (1975/1976); com Felipe de Alba, apenas durante 24 horas (1983); finalmente, com Frédéric Prinz von Anhalt, aristocrata alemão, desde 1986 até hoje.
Entre os factos escandalosos da sua vida conta-se uma condenação a três dias de prisão por agredir um polícia em Beverly Hills e outra a 120 horas de trabalho comunitário num abrigo para mulheres.
Os anos 2000 não têm sido nada felizes para ela. Em 2002 sofreu um grave acidente de automóvel em Los Angeles, ficando parcialmente paralisada. Em 2005 fez uma cirurgia para desobstrução de uma artéria, depois de ter sido vítima de um AVC. Passou a utilizar uma cadeira de rodas para as suas deslocações. Em Julho de 2010 fracturou a anca, ao cair da cama, e foi sujeita a uma cirurgia reconstrutiva da qual teve alta hospitalar um mês depois. Ainda em Agosto, voltou a ser hospitalizada com hemorragias e dores fortes, sintomas de que alegadamente teriam surgido complicações da primeira cirurgia. Chegou a pedir a presença de um padre e a extrema-unção. Posteriormente recusou ser operada ao fígado.
Em Janeiro de 2011 os médicos que analisaram a sua lesão acharam melhor amputar-lhe a perna direita antes que a gangrena aumentasse. No ano anterior, já lhe tinham anunciado que a perna tinha de ser amputada, mas Zsa Zsa Gabor preferiu esperar o fim das festas de fim de ano...
Muito recentemente, no dia 1 de Fevereiro, foi internada novamente, em estado grave, devido a uma infecção pulmonar.

sábado, 5 de fevereiro de 2011


O Facebook

"25 de Abril" egípcio?
EFEMÉRIDEQuique Flores, de seu nome completo Enrique Sánchez Flores, antigo jogador e actual treinador de futebol espanhol, nasceu em Madrid no dia 5 de Fevereiro de 1965. Oriundo de uma família ligada à música popular espanhola, é sobrinho da célebre cantora de flamengo Lola Flores e afilhado de Alfredo Di Stefano.
Como jogador, após dez anos ao serviço do Valência, transferiu-se para o Real Madrid em 1994, onde ficou duas épocas, tendo ganho a Liga Espanhola em 1995. Teve ainda uma breve passagem pelo Saragoça, antes de optar pela carreira de treinador.
Foi internacional quinze vezes pela Selecção Espanhola (1987/1991), tendo estado nos Mundiais de 1990.
Como treinador, foi o responsável pelas equipas juvenis do Real Madrid, indo depois para o Getafe. Foi convidado então para treinar o seu primeiro clube, o Valência, obtendo na primeira época o 3º lugar na Liga. Na época 2006/2007, alcançou os quartos de final da Liga dos Campeões Europeus. Deixou o clube nos finais de 2007.
Veio para o Sport Lisboa e Benfica em Maio de 2008, onde ficou apenas uma época, passando depois a treinar o Atlético de Madrid. Pelo Benfica ganhou a Taça da Liga 2008/2009. Pelo Atlético de Madrid conquistou até agora a Liga da Europa e a Super Taça da UEFA, ambas em 2010.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDEMaria João Pinto da Cunha de Avillez, jornalista portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 4 de Fevereiro de 1945.
Começou a fazer jornalismo com dezassete anos, colaborando no “Programa Juvenil” da Radiotelevisão Portuguesa. Posteriormente, fundou com um grupo de amigos, o “Companheiros” e o “AZ”, dois jornais que acabaram por falta de financiamento.
Manteve-se na televisão e ingressou na Rádio Renascença, como locutora de programas juvenis e de poesia. Aos vinte e oito anos passou a redactora estagiária de “A Capital”. Em 1974, já redactora efectiva, foi para o “Expresso”, onde se notabilizou no jornalismo político.
Em 1981 ganhou o Prémio EFE, entre 350 candidaturas, para a “Melhor Reportagem do Ano”, com uma peça intitulada “Sá Carneiro - o último retrato”, publicada em Dezembro de 1980.
Em 1982 biografou Francisco Sá Carneiro, em “Solidão e Poder”. Lançou “Entre Palavras”, em 1984, que reúne uma série de entrevistas por si realizadas, entre 1974 e 1984. Seguiu-se uma biografia autorizada de Mário Soares, intitulada “Soares - o Presidente”, em 1996.
No livro “Portugal - as sete partidas do mundo”, de 2000, recorreu a ilustrações de Rui Ochôa, seu colega do “Expresso”. Estendeu ainda a sua colaboração à revista “Sábado” e, em 2005, voltou às entrevistas políticas, com o programa “Outras Conversas”, na SIC Notícias.
Entre os restantes livros que publicou, constam: “Conversas com Álvaro Cunhal e outras lembranças” (2004), “Crónicas do Benim... e da alma” (2002) e “O liberal” (1989).
É irmã de Maria José Nogueira Pinto e esposa de Francisco van Zeller, que foi presidente da Direcção da Confederação da Indústria Portuguesa, entre 2002 e 2010.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE – Carlos Filipe Ximenes Belo, bispo católico timorense, agraciado com o Nobel da Paz, em 1996, pelo seu trabalho em prol de uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor-Leste, nasceu em Uailacama, Baucau, no dia 3 de Fevereiro de 1948.
O pai, professor primário, faleceu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Os anos de infância foram passados nas escolas católicas de Baucau e Ossu, antes de ingressar no Seminário de Daré, nos arredores de Díli, formando-se em 1968. Exceptuando um pequeno período (entre 1974 e 1976) em que esteve em Timor e em Macau, de 1969 a 1981 repartiu o seu tempo entre Portugal e Roma, onde se tornou membro da Congregação dos Salesianos e estudou filosofia e teologia antes de ser ordenado padre em 1980.
De regresso a Timor-Leste em Julho de 1981, esteve ligado ao Colégio Salesiano de Fatumaca, onde foi professor e director. Em 1983 foi nomeado administrador apostólico da diocese de Díli, tornando-se chefe da igreja em Timor-Leste, respondendo exclusivamente perante o papa. Em 1988, em Lorium, Itália, foi consagrado como bispo.
A nomeação de Ximenes Belo foi do agrado do núncio apostólico em Jacarta e dos próprios líderes indonésios pela sua aparente submissão. No entanto, cinco meses bastaram para que, num sermão na sé catedral, Ximenes Belo tecesse veementes protestos contra as brutalidades do massacre de Craras em 1983, perpetrado pela Indonésia. Durante a ocupação, a igreja era a única instituição capaz de comunicar com o mundo exterior, o que levou Ximenes Belo a enviar sucessivas cartas a personalidades em todo o mundo, tentando vencer o isolamento imposto pelos indonésios e o desinteresse de grande parte da comunidade internacional.
Em Fevereiro de 1989, Ximenes Belo escreveu ao Presidente de Portugal, ao Papa e ao Secretário-geral das Nações Unidas, reclamando um referendo sob os auspícios da ONU sobre o futuro de Timor-Leste e ajuda internacional ao povo timorense, que estava «a morrer como povo e como nação». Quando a carta dirigida à ONU se tornou pública em Abril, Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais, quando o bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massacre de Santa Cruz (1991) e denunciou o número das vítimas mortais.
A sua obra corajosa em defesa dos timorenses e em busca da paz e da reconciliação foi internacionalmente reconhecida quando, em conjunto com José Ramos-Horta, lhe foi entregue o Nobel da Paz. Na sequência deste reconhecimento, Ximenes Belo teve oportunidade de se reunir com Bill Clinton dos Estados Unidos e Nelson Mandela da África do Sul.
Após a independência de Timor-Leste, em Maio de 2002, a sua saúde começou a deteriorar-se devido à pressão dos acontecimentos por que tinha passado. O Papa João Paulo II aceitou a sua demissão como administrador apostólico de Díli. Após se ter retirado, Ximenes Belo viajou para Portugal para receber tratamento médico. No início de 2004, houve numerosos pedidos para que se candidatasse à Presidência da República de Timor-Leste. No entanto, em Maio de 2004, declarou à RTP que não autorizaria sequer que o seu nome fosse considerado para nomeação. «Decidi deixar a política para os políticos» - afirmou.
Com a saúde restabelecida, em meados de 2004, Ximenes Belo aceitou a ordem da Santa Sé para fazer trabalho missionário na diocese de Maputo, como membro da Congregação dos Salesianos em Moçambique.
D. Ximenes Belo recebeu o doutoramento “Honoris Causa” pela Universidade do Porto (2000), juntamente com Xanana Gusmão e José Ramos-Horta.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE Giovanni Pierluigi da Palestrina, compositor italiano da Renascença, morreu em Roma no dia 2 de Fevereiro de 1594. Nascera em Palestrina, nos arredores de Roma, em 3 de Fevereiro de 1525. Foi o mais famoso compositor católico do século XVI, representante do Renascimento. Palestrina teve grande influência no desenvolvimento da música sacra na Igreja Católica Romana.
O seu talento musical manifestou-se no final da infância, vindo por isso a estudar música em 1537 como pequeno cantor na escola da Basílica de Santa Maria Maior. Voltou à sua terra natal em 1544 como organista.
Em 1551, o papa Júlio III convidou-o para mestre da Capela Giulia e cantor da Capela Sistina.
Abandonou as suas funções no papado de Paulo IV, deixando o Vaticano para assumir a direcção musical da Basílica de São João de Latrão em 1555 e, depois, da Basílica de Santa Maria Maior em 1561.
Em 1580, após a morte da esposa, vítima da peste, teve um período de crise mística e resolveu consagrar-se inteiramente à igreja. A sua vocação terminaria em breve, casando-se com uma rica viúva romana.
A sua fama foi reconhecida universalmente e os seus serviços foram requisitados por diversas autoridades da Europa. Não houve compositor anterior a Bach tão prestigiado como Palestrina, nem outro cuja técnica de composição tivesse sido estruturada com maior minuciosidade. Ele foi denominado como “O Príncipe da Música” e as suas obras foram classificadas como a “perfeição absoluta” do estilo eclesiástico. Consciente das suas capacidades e da forte popularidade obtida através das composições de que era autor, ele nunca foi forçado a aceitar encomendas a contra-gosto para sobreviver. Pelo contrário, soube fazer-se recompensar generosamente por todos os seus protectores e o Vaticano viu-se constrangido a aumentar continuamente o seu salário anual, para o manter em Roma.
Foi um homem com fortes impulsos, que o levaram a súbitas e surpreendentes escolhas, tais como o segundo casamento, celebrado após já ter recebido ordenações religiosas menores.
Após a sua morte em 1594, foi sepultado na Basílica de São Pedro durante uma cerimónia fúnebre que teve a participação de grande número de músicos e de pessoas da comunidade religiosa.
Compositor prolífero, publicou muito em vida e as suas obras não caíram no esquecimento, continuando a ser apreciadas como obras-primas da polifonia. Victor Hugo considerou-o como pai de toda a música cristã.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EFEMÉRIDE – Henrique Vaz de Canto e Castro, actor português, morreu em Almada no dia 1 de Fevereiro de 2005. Nascera em Lisboa, em 24 de Abril de 1930.
Estreou-se (ainda aluno do Conservatório Nacional de Teatro) na histórica Companhia dos Comediantes de Lisboa, em 1946, ao lado de João Villaret, Assis Pacheco, António Silva e Ribeirinho. Distinguido pelo Conservatório Nacional com o “Prémio Eduardo Brazão” (1947), ingressou no Teatro Apolo, com Laura Alves e Assis Pacheco. De seguida integrou o elenco fixo do Teatro Nacional, onde conquistou o “Prémio da Crítica” em 1964.
Depois de estar no Teatro Monumental, fixou-se numa companhia sediada no Teatro Villaret, constituída por Eunice Muñoz, José de Castro e Fernando Gusmão. No Teatro Aberto (sob a direcção de João Lourenço), conquistou mais um “Prémio da Crítica”, após ter ganho também o “Prémio de Melhor Actor” da Associação Portuguesa de Críticos com “A Excepção e a Regra”, de Brecht, na Companhia de Teatro de Almada. Em 1999, interpretou o papel de bobo em “Rei Lear”, de Shakespeare.
Contou ainda com numerosas participações no teatro radiofónico da Emissora Nacional, onde ingressou aos doze anos.
No cinema, com estreia em 1957, participou em quase cinquenta filmes sobretudo de realizadores portugueses: Henrique Campos, Augusto Fraga, Rogério Ceitil, Lauro António, Luís Galvão Teles, António de Macedo, Joaquim Leitão, João César Monteiro, João Botelho, João Mário Grilo, Fernando Matos Silva, José Fonseca e Costa, António Pedro Vasconcelos, Leonel Vieira, Maria de Medeiros e Manoel de Oliveira, entre outros. Protagonizou também várias series de televisão e telenovelas.
Lavado em Lágrimas”, de Rosa Coutinho Cabral, foi o seu último filme. “A Rainha do Ferro Velho”, com encenação de Filipe La Féria (Teatro Politeama), foi o seu último trabalho em teatro. A sua brilhante carreira durou mais de sessenta anos.

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